A Federação das Organizações indigenas do Rio Negro esta representada pelo diretor presidente, Marivelton Barroso, do povo Baré, onde terá a oportunidade de apresentar suas perspectivas e propostas para enfrentar os desafios do clima.

Hoje dia 04/12 o mesmo participou do painel: Abordagens alternativas para compensações de carbono baseadas na floresta amazônica.

“Em nossa área se tem baixo índice de desmatamento, pois toda a recuperação é feita e manejada por nós povos indígenas do rio negro há mais de 2.000 anos. Por isso temos áreas de conservação, inclusive muitos interesses, sobretudo pessoas de fora com interesse em projeto de carbono.
Estamos passando pelo processo de retomada de diálogo com o governo federal, a reconstrução da política indigenista no país, depois de 6 anos de muita desconstrução, muita perseguição aos direitos dos povos indígenas.
Agora, com o governo atual, estamos conseguindo novamente construir os espaços de diálogo, pensar e buscar alternativas não apenas econômicas mais sustentáveis, mas também fazer valer os seus protocolos de consulta, respeitado pelo governo e por outros, seja do governo ou não, que queiram adentrar em nosso território.
Ainda assim, há uma fragilidade muito grande por conta da pressão dentro de nossos territórios, com contratos ilegais de carbono através de empresas que chegam da Argentina, Colômbia e de outros países que se assolam em uma invasão dentro do nosso território.
Nós, a FOIRN, temos nos posicionado contrário a isso, da forma que vem sendo feita, mas ao mesmo tempo nós temos participado também das discussões pelo clima com a GCF, força tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta.
Com a nossa participação e nosso protagonismo temos que garantir que os processos de demarcação das terras indígenas sejam demarcados e o governo brasileiro precisa garantir isso. Só podemos permitir em outras discussões os avanços quando houver essa garantia nas questões culturais, onde elas serão respeitadas e, acima de tudo, o nosso protagonismo.
Com esse trabalho que se tem feito de cooperação com a Aliança pelo clima, em especial austríaca, que tem dado uma condição para esse trabalho, onde também eles têm o compromisso em poder trabalhar uma política de combater e reduzir a poluição e o desmatamento com a preservação ambiental, cultural e da própria governança territorial do Rio Negro.” Disse: Marivelton Baré.

A Josimara Melgueiro, Coodenadora do projeto Fundo Indigena do Rio Negro (FIRN) participou da discussão sobre o tema de Financiamento direto aos povos indígenas, compartilhando a experiência do Fundo, uma inciativa da FOIRN, que apoia diretamente as associações de base a implementar seus planos de Gestão Territorial e ambiental no Rio Negro (PGTA).
Muitos os avanços e conquista do projeto na segurança alimentar, economia sustentavel, geração de renda, valorização cultural e fortalecimento das associações.


Desde 30 de novembro, representantes de quase 200 países se reúnem para coordenar ações globais climáticas — um evento chamado de COP28, a 28ª Conferência do Clima da ONU.
A COP do Clima acontece em cidades diferentes a cada ano para demonstrar a importância da colaboração dos países de todo o mundo. Esse ano, a conferência acontecerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Embora o objetivo geral de todas as reuniões seja aumentar a cooperação para enfrentar as mudanças climáticas, os tópicos específicos podem variar a cada ano.
A COP 28 também será uma oportunidade para revisar o progresso do Acordo de Paris, estabelecido durante a COP 21 em 2015. Durante o evento, os países também discutirão maneiras de financiar ações climáticas, transferir tecnologia e capacitar os países em desenvolvimento para lidar com os impactos das mudanças climáticas.
Além disso, a COP 28 pode servir como um fórum para discussões sobre questões emergentes relacionadas às alterações climáticas, como adaptação, perda e dano, agricultura, desmatamento e transição para uma energia mais limpa.
A COP 28 será um evento crucial para garantir que os esforços globais de combate às mudanças climáticas estejam alinhados com o objetivo de limitar o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais. Os resultados e as decisões tomadas durante a conferência terão impacto na forma como os países enfrentam as mudanças climáticas e implementam políticas de mitigação e adaptação nos próximos anos.
Na COP28, espera-se que os líderes discutam e tomem decisões sobre questões como a redução das emissões de gases de efeito estufa, a adaptação às mudanças climáticas, a transferência de tecnologia e financiamento para países em desenvolvimento, entre outros temas relacionados ao clima.
Além disso, a conferência também servirá como um espaço para que os países apresentem suas metas e compromissos em relação às mudanças climáticas. Durante o evento, espera-se que alguns países e organizações anunciem novas iniciativas e medidas para combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A COP28 também contará com a participação de representantes da sociedade civil, empresas e organizações não governamentais, que terão a oportunidade de apresentar suas perspectivas e propostas para enfrentar os desafios do clima.
Em resumo, a COP28 será uma importante oportunidade para os líderes e atores globais discutirem e coordenarem ações para enfrentar as mudanças climáticas e fazer progressos rumo a um futuro mais sustentável.


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