Mais de 200 pessoas, incluindo delegados com poder de voz e voto e representantes de instituições parceiras, a assembleia tem como objetivo avaliar os trabalhos dos últimos 4 anos e planejar as próximas ações.

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), é uma representação legítima dos 24 povos indígenas que abrange os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, é organizada por cinco Coordenadorias regionais e mais de 91 associações de base filiadas.

Com um território imenso de 10 Terras indígenas reconhecidas oficialmente pelo Governo Federal e duas em processo ainda de identificação para demarcação, no qual isso é um direito constitucional, assegurado na carta magna do país, no seu artigo 231 e 232.
As realizações das Assembleias Eletivas Regionais da Foirn estão baseadas de acordo com o seu estatuto social e regimento interno das coordenadorias regionais.
Nessa assembleia ordinária eletiva da Coordenadoria Nadzoeri, as lideranças indígenas e representantes de organizações filantrópicas de base tiveram a oportunidade de discutir e tomar decisões importantes para a região.
“Estamos aqui hoje, na comunidade de Matapi Cachoeira, para mais um trabalho do nosso movimento indígena. Vamos realizar a assembleia Eletiva da região da coordenadoria Nadzoeri. A nossa expectativa é receber cerca de 200 pessoas para esse momento tão importante. Um momento histórico para o movimento indígena e de poder realizar essa assembleia aqui na região do povo Koripaco no alto Içana. O principal objetivo desse momento é de mobilização social para o fortalecimento da nossa governança, e do nosso território. Então, aqui nós vamos eleger os principais representantes no âmbito da organização Nadzoeri, o nosso representante diretor de referência que estará na diretoria da FOIRN e os demais representantes e articuladores regionais dos departamentos políticos da Federação. Desejarmos às nossas delegações, uma boa estadia na comunidade uma boa discussão durante a Assembleia.” Juvêncio Cardoso Baniwa – Coordenador Regional da Nadzoeri.
Grupo de Trabalho (GT) para avaliação da atuação da coordenadoria regional e diretor de referencia nos últimos quatro anos.
A Assembleia já começou com as apresentações das Delegações das microrregionais da NADZOERI (Médio Içana I, Médio Içana II, Baixa Içana, Alto Içana e Rio Ayarí.





Foi um momento ímpar de avaliar o trabalho realizado nos últimos anos, planejar futuras ações e eleger os representantes que irão conduzir os próximos passos.
É fundamental que as lideranças estejam unidas nesse processo democrático, garantindo a participação ativa dos povos indígenas na definição dos rumos da região. Através dessa assembleia, será possível fortalecer a voz dos povos indígenas, reafirmando seus direitos e demandas.

É importante ressaltar que o trabalho conjunto entre as organizações indígenas e filantrópicas é fundamental para alcançar resultados significativos em prol do desenvolvimento sustentável das associações indígenas. A troca de conhecimentos e experiências é essencial para promover soluções adequadas às necessidades locais.
Portanto, essa assembleia ordinária eletiva é uma oportunidade valiosa para fortalecer a participação indígena na tomada de decisões, garantindo que as vozes dos povos tradicionais sejam ouvidas e consideradas nas políticas públicas e iniciativas voltadas ao bem-estar das comunidades.
Durante o evento, foram eleitos (as) os (as) representantes da região que estarão na diretoria da FOIRN, bem como os membros da coordenadoria regional, 10 Conselheiros e seus suplentes do Conselho Diretor e os representantes das áreas de articulação de jovens, educação e mulheres.





Além disso, foi eleito um membro da comissão fiscal e no final da assembleia, foram escolhidos 30 delegados para representar a região Nadzoeri na Assembleia Geral Eletiva em junho. Nessa assembleia, será eleito o novo presidente (a) e vice-presidente(a) da FOIRN, assim como seus suplentes, para um mandato de quatro anos.

A Foirn tem um ciclo que a cada 4 anos termina, e que também que se renova e tem suas eleições internas. Onde todas as lideranças indígenas ficam nessa expectativa acompanhando as eleições dos futuros representantes legítimos através da FOIRN, seja pelas demarcações no território, direitos humanos, seja ambiental, socioculturais, mas também de muitas realizações e muitas provocações de implementação de políticas públicas que são de interesse e responsabilidade dos entes federados, seja no município ou o estado.

“Essa é uma ocasião importante para fortalecer a representatividade indígena na busca por demarcações territoriais, direitos humanos e implementação de políticas públicas voltadas aos povos indígenas. A FOIRN continuará lutando pelo direito coletivo dos povos indígenas e trabalhando em parceria com outras instituições para alcançar esses objetivos.” Marivelton Baré – Diretor Presidente da Foirn.
A união através do governo federal, que devem ser cobradas de efetivamente assumir e exercer o seu papel, não cabe nem compete a FOIRN, quanto organização indígena, que é como uma associação, de ter o poder para implementar ou se responsabilizar por isso.
É definido na LEI Nº 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014, é crucial e importante ao trabalho das organizações, cooperativas e outros, para a implementação das políticas públicas.
Essa lei estabelece diretrizes para a celebração de parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, incluindo as organizações indígenas.
Ao trabalhar em parceria, é importante que todas as partes envolvidas assumam suas responsabilidades e competências, garantindo uma cooperação efetiva para alcançar os objetivos comuns. Nesse contexto, a FOIRN desempenha um papel fundamental ao promover os princípios e objetivos do movimento indígena na luta pelos direitos coletivos.
“Basta querer trabalhar em parceria e saber ser parceiro, assumindo suas responsabilidades e competência. A FOIRN tem os seus princípios, ela tem os seus objetivos e a gente vai seguir sempre lutando. Por esse direito coletivo.” Marivelton Baré – Diretor Presidente da Foirn.
Assim, a Federação contribui para promover uma maior participação dos povos tradicionais na formulação de políticas públicas que respeitem suas necessidades e demandas específicas conforme estabelecido no Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), que é um dos resultados de um longo processo de construção coletiva em que participaram lideranças, jovens, homens e mulheres das diferentes sub-regiões, comunidades e Terras Indígenas. Trata-se de uma iniciativa liderada pela FOIRN, em cooperação com as cinco Coordenadorias Regionais, o Conselho Diretor e a rede de associações indígenas de base.
Na agenda de elaboração dos PGTAs das Terras Indígenas de atuação da FOIRN, a Federação mobilizou mais de duas mil pessoas, entre lideranças e representantes das comunidades indígenas. Entre 2015 e 2018, foram realizadas mais de 50 encontros, oficinas inaugurais, oficinas do Grupo de Trabalho PGTA, consultas nas comunidades e validações em assembleias regionais, Assembleia Geral e Conselho Diretor da FOIRN.


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