Categoria: ACIR

  • Agenda de Transição da CAIMBRN em Santa Isabel do Rio Negro – AM

    Agenda de Transição da CAIMBRN em Santa Isabel do Rio Negro – AM

    Equipe técnica da FOIRN e lideranças participam da Agenda de Transição da CAIMBRN em Santa Isabel do Rio Negro – AM.

    No período de 19 a 21 de junho de 2024, no município de Santa Isabel do Rio Negro, foi realizado os  trabalhos da Agenda de Transição da Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro (CAIMBRN), o objetivo principal foi discutir, planejar e organizar a equipe eleita para a nova gestão de 2024 a 2028.

    Gicely Baré – Coordenadora do Departamento de Comunicação da FOIRN. Foto: Joelson Felix DECOM/FOIRN

    Trabalho inédito de transição da diretoria da coordenadoria e diretor de referência da CAIMBRN, uma das cinco coordenadorias regionais da Federação das Organizações Indígena do Rio Negro (FOIRN), com a finalidade de assegurar uma passagem de responsabilidade eficiente, garantindo a continuidade e o desenvolvimento das atividades e projetos em andamento, além de promover a integração e colaboração entre a equipe atual e os recém-eleitos que vão atuar desde uma parte do Município de São Gabriel da Cachoeira, nas áreas de Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos.

    Destacamos que o coordenador regional recém-eleito, Marcos Zedan Catarine indígena do povo Baré, é o segundo mais novo na história CAIMBRN, com apenas 20 anos de idade, natural do município de São Gabriel da Cachoeira, atualmente reside no município de Santa Isabel do Rio Negro, no qual vai assumir essa responsabilidade. A sua trajetória iniciou em 2021 como serviços gerais e atualmente como assistente administrativo na coordenadoria, essa nova função representa uma nova era de liderança jovem na região, trazendo consigo energia, entusiasmo e uma perspectiva aprazível.

    O compromisso e o empenho de Marivelton Baré, liderança que começou a sua trajetória no movimento indígena no médio Rio Negro, na associação de base ACIMRN, são evidentes em todas as suas ações em prol do movimento indígena. Sua liderança inspiradora e dedicada tem sido fundamental para promover a conscientização e a defesa dos direitos das comunidades indígenas ao longo dos anos.

    Como diretor presidente e figura de referência na região, Marivelton Baré tem implementado projetos inovadores e desempenhado um papel fundamental na busca por maior inclusão e equidade para os povos indígenas. Sua trajetória é um verdadeiro exemplo de perseverança e comprometimento, servindo de inspiração para as gerações presentes e futuras.

    Esta transição é uma etapa valiosa para a sustentabilidade e o crescimento contínuo da organização, e envolve a transferência de conhecimento, responsabilidades e planos estratégicos, em um processo cuidadosamente planejado e executado para manter a estabilidade e excelência da gestão.

    Durante este período, foram abordados aspectos importantes para o sucesso da gestão, incluindo a definição de táticas, a distribuição de responsabilidades entre os membros da equipe e a implementação de um plano de ação abrangente que promova a eficiência e a inovação.

    A atividade foi encerrada com a comemoração oficial dos 20 anos da CAIMBRN e a posse da Coordenação Regional. A cerimônia de posse da Coordenação Regional simboliza não apenas a transição de liderança, mas também o compromisso renovado de cada membro com os valores e princípios fundamentais que norteiam a CAIMBRN.

    Importante destacar a participação das seguintes pessoas:

    Marivelton Rodrigues Barroso – Diretor Presidente atual da FOIRN e de referencia da CAIMBRN (2021-2024).

    Carlos Neri – Coordenador regional atual da CAIMBRN (2021-2024) e Novo Eleito como diretor da FOIRN e de referência da coordenadoria;

    Articuladoras de Mulheres, Jovens e Educação;

    Membros da Comissão Fiscal da Coordenadoria;

    Membros que fazem parte do Conselho Diretor da FOIRN. (Eles vão garantir a eficácia e transparência das atividades administrativas, assegurando o cumprimento das responsabilidades financeiras e a conformidade com as normas estatutárias da coordenadoria e da FOIRN.)

    Coordenadores e membros dos Departamentos de Comunicação, Financeiro, Negócios Socioambiental, Jurídico e Educação Escolar Indígena.

    Realização: CAIMBRN e FOIRN.

    Apoio: ALIANÇA PELO CLIMA – APC, BEZOS EARTH FUND AMAZON, NIA TERO, EMBAIXADA REAL DA NORUEGA – ERN E RAINFOREST FOUNDATION NORWAY – RFN.

  • REITOR DA UFAM NA COLAÇÃO DE GRAU EM SANTA ISABEL DO RIO NEGRO

    REITOR DA UFAM NA COLAÇÃO DE GRAU EM SANTA ISABEL DO RIO NEGRO

    A colação de Grau foi realizada no ginásio coberto da escola Padre José Schneider, após sete anos de espera, os formandos tiveram a oportunidade de realizar a mais sonhada colação de grau no dia 16 de julho de 2022. 

    Marivelton Barroso Baré – Diretor Presidente da FOIRN, Vamberto Rodrigues – Formando e Presidente da ACIR e Carlos Neri – Coordenador da CAIMBRN. Foto: Reprodução

    Contou com o apoio da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e Prefeitura Municipal de Santa Isabel do Rio Negro. 

    Em Janeiro de 2015, na comunidade Cartucho, foi iniciado o curso, porém por vários empecilhos, foi transferido para a sede do município de Santa Isabel, mas os trabalhos de pesquisas de campo continuaram nas bases (comunidade indígena), porque esta Formação de ensino Superior é uma formação de currículo pós-feito, a qual os acadêmicos constroem a sua própria grade Curricular.

    Foto: Reprodução

    Foi finalizado o último módulo em Abril de 2019, e realizado todo o processo de defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em julho de 2021. A turma inicial estava composta por 40 acadêmicos, apenas 28 se formaram.

    Segundo os acadêmicos, escrever e entender a língua Yegantu foram a maior dificuldade dos licenciados, porém conseguiram aprimorar os conhecimentos já adquiridos no cotidiano com os parentes dentro da comunidade.

    Cleocimara Reis Gomes do povo Baré, oradora da turma, em seu discurso começou agradecendo as autoridades presentes e também contou um pouco da trajetória dos formandos neste período de formação.

    “Em nome desta turma, inicio agradecendo primeiramente a Deus por esta Formatura no Ensino Superior da Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E agradecer a presença de todos que se fazem presente nesse momento tão especial em nossas vidas. Quero também registrar e agradecer o quanto esse curso se tornou importante para nós indígenas da região do médio rio negro, as lutas sempre foram intensas e fazer um curso superior em nossa língua geral, foi e continuará sempre muito importante.” Afirmou Cleocimara

    “Ilustríssimo sr. Marivelton Rodrigues Barroso – Presidente da FOIRN, em nome de todos os formandos, agradecemos por todo apoio recebido, primeiramente por lutar sempre junto ao movimento indígena pela formação de tantos parentes e conquistas dos nossos direitos ao território e na defesa da vida e do meio ambiente.  E hoje por promover a realização desse grande feito em nossa formação. Muito obrigada.”

    A mesma continuou agradecendo toda administração superior da UFAM, por ser essa presença transformadora, pelo apoio, pelo respeito para com jeito de ser e viver  e por ter desenvolvido um importante e competente trabalho. 

    “…Magnifico Reitor, professor Sylvio Mario Puga Ferreira, pela disponibilidade e atender o nosso grande anseio em concretizar essa etapa iniciada há um tempo. E por sempre apoiar e oferecer através da Universidade Cursos voltados a realidade de nossa região.”

    “…A Prefeitura Municipal, na pessoa do Prefeito Senhor José Ribamar Fontes Beleza, pelo importante apoio e parceria, que se fez presente por meio da Secretaria Municipal de Educação.”

    “Nossa trajetória acadêmica não foi fácil. Em Janeiro de 2015 na Comunidade Cartucho iniciamos o curso. Mas por vários empecilhos, entre eles a comunicação, logística, energia,  o curso foi transferido à sede do Município, mas os trabalhos de pesquisas de campo, continuaram em nossas bases, porque esta Formação de ensino Superior é uma formação de currículo pós-feito, a qual nós acadêmicos construímos nossa própria grade Curricular. Apesar dos julgamentos por ser uma licenciatura indígena, não desistimos e com isso aprendemos a Importância da valorização da cultura na sociedade. Buscamos conhecimentos através de fontes dos antepassados Primários e Secundários. Ressaltando a importância de diversos assuntos que a turma quis abordar. Finalizamos o VIII e o último módulo em Abril de 2019, realizamos todo o processo de defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em julho de 2021 e hoje dia 16 de julho 2022, estamos celebrando a Nossa Vitória com a Graça Divina De Deus. Éramos uma turma de 40 acadêmicos, e hoje somos apenas 28, muitos ficaram pelo caminho, um longo caminho. Muitas vezes tropeçamos, caímos, nos machucamos, mas também fomos levantados, cuidados e protegidos por pessoas que nos ajudaram a chegar até aqui . Quantas vezes passamos por lutas e enfermidades, com a nossa família e também conosco, enfrentamos tão destemido desastrosas das nações e outros.   Obtivemos muitas perdas como: filhos, esposas, esposos, mãe, pai e avós e professores. A Pandemia covid 19 também nos mostrou essa diferença negativa no mundo todo, a ponto de nos adaptar a ela. Conhecemos e convivemos com muitas pessoas, professores e colegas que vieram e se foram deste mundo para outro por conta da covid19 e deles levaremos apenas boas lembranças como os nossos saudosos mestres: Luis Fernando, Fran Tomé e Higino Tenório. A eles nossa eterna gratidão. Aprendemos entre muitas coisas que, a pesquisa precisa ser fomentada e praticada em nossas escolas, pois só assim conheceremos cada vez mais sobre as nossas ancestralidades, nossas línguas, danças e costumes, e assim a nossa cultura será mais valorizada.” Completou.

    O evento contou com a presença de Marivelton Barroso – Diretor Presidente da Foirn, professor Sylvio Mário Puga Ferreira – reitor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e sua comitiva, José Ribamar Fontes Beleza – prefeito de Santa Isabel do Rio Negro.

    No uso da palavra, o Diretor Presidente da Foirn lembrou a luta do movimento indígena do Rio Negro para com a educação escolar indígena do Rio Negro entre tantas pessoas que foram lembranças, in memoriam se deu destaque a Higino Pimentel Tenório, pela sua incansável luta na educação escolar indígena do Rio Negro, destacou a formação política e qualidade da educação e formação cultural e acadêmica aos povos indígenas e que ela deve ser respeitada, os direitos indígenas pela sociedade como um todo. Destaca a demarcação das terras indígenas o direito originário e também a luta e resistência contra o marco temporal, PL 191 que vem a ameaçar os nossos territórios. Dá destaque ao termo de cooperação técnica com a prefeitura e também o trabalho em parceria com a Ufam que irá dar continuidade aos cursos de formação que em Santa Isabel do Rio Negro o Polo Yegantu continue sendo em cartucho e também a continuidade de outros polos no Rio Negro. Ao fim parabenizou a todos os formandos pela resistência e hoje, para eles o evento único e importante desta colação de grau que agora os certifica esses formandos.

  • Serras Guerreiras de Tapuruquara em destaque no jornal O Globo, do RJ

    Serras Guerreiras de Tapuruquara em destaque no jornal O Globo, do RJ

    Neste domingo, dia 13 de outubro, um dos principais jornais do país deu destaque de capa sobre o projeto de turismo em terra indígena realizado pela ACIR – Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinha em parceria com a Garupa. Esse trabalho inovador é apoiado pela FOIRN e tem assessoria do Instituto Socioambiental (ISA). O turismo de base comunitária em terra indígena é autorizado por instrução normativa da Funai e se mostra como uma das principais atividades econômicas que podem trazer benefícios às comunidades do rio Negro, conciliando geração de renda, preservação da cultura e do meio ambiente.

    Visite o site da Expedição: http://www.serrasdetapuruquara.org/

    Veja a matéria do jornal O Globo, escrita pela jornalista Cristina Fibe: https://oglobo.globo.com/sociedade/projeto-turistico-busca-resgatar-cultura-gerar-renda-para-indigenas-no-amazonas-24013143

  • Ecoturismo nas Serras Guerreiras é destaque na Assembleia da Acir no Médio Rio Negro II

    Ecoturismo nas Serras Guerreiras é destaque na Assembleia da Acir no Médio Rio Negro II

    Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas – ACIR realizou  Assembleia Eletiva nos dias 24 a 26 de janeiro na comunidade Boa Vista, localizado no município de Santa Isabel do Rio Negro.  A assembleia avaliou atividades e elegeu nova diretoria para o período 2018-2021.

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    A Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas (Acir) realizou sua 8ª Assembleia Geral e Eletiva na comunidade Boa Vista. A Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas (Acir) realizou a 8ª Assembleia Geral e Eletiva na comunidade Bela Vista.

    Ecoturismo – Serras Guerreiras de Tapuruquara

    Além da avaliação das ações da diretoria eleita em 2014, o encontro teve como pautas: Projetos e Iniciativas desenvolvidas na área de atuação da associação, em especial a mais recente, o Ecoturismo nas Serras Guerreiras de Tapuruquara, desenvolvida com apoio e parceria da Foirn, Funai, Isa, Garupa e Prefeitura de Santa Isabel do Rio Negro.

    Em 2017, no primeiro ano de realização, o projeto gerou 49,8 mil reais (incluindo a renda extra obtida com a venda de artesanatos. Impactou diretamente aproximadamente 500 pessoas de 8 etnias diferentes.

    Para as lideranças locais, o resultado do primeiro ano foi positivo, deixou as comunidades envolvidas no projeto, animadas para esse ano. Só para se ter uma idéia do sucesso da iniciativa, cerca de 135 pessoas, já se inscreveram e estão na lista de espera para as viagens de 2018.

    Acir deve continuar buscando novas alternativas diz assembleia A Acir não pode focar apenas em um projeto. Precisa continuar buscando novas alternativas e não esquecer da missão principal: a luta e defesa dos direitos indígenas.  Essa foi a recomendação das comunidades que fazem parte da associação. Foi com essa expectativa que a nova diretoria foi eleita ao final da assembleia.

    Leia também: Rio Negro inicia turismo comunitário em Terras Indígenas

    Conheça o projeto: www.serrasdetapuruquara.org/

    Nova diretoria é eleita para a gestão 2018-2021
    Como sempre foi no passado, a nova diretoria da Acir, eleita na assembleia tem vários desafios pela frente. Uma delas é o fortalecimento de suas comunidades para enfrentar e resistir contra constantes invasões no território.

    Ampliar e fortalecer outras iniciativas que já são desenvolvidas na região (Cadeia de Valor, Monitoramento Ambiental e Climático, e principalmente a finalização da construção do Plano de Gestão Territorial (PGTA) do Território.

    A Foirn foi representada pelos dois coordenadores de departamentos, Janete Alves (Mulheres) e Lucas Matos (Juventude). Teve também a presença da coordenadoria e Faunai, através de Vamberto Placido (Coordenador da Caimbrn) e Guilherme Veloso (Coordenador da CTL Massarabi/Funai

    Colaboraram: Janete Alves e Lucas Matos

  • Comunidades indígenas através da associação e parceiros iniciam a construção de um projeto de Ecoturismo no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM).

    Comunidades indígenas através da associação e parceiros iniciam a construção de um projeto de Ecoturismo no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM).

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    Projetos e experiências já implantados inspirando novos projetos na região do Médio Rio Negro. Após a implantação do Projeto de Pesca Esportiva no Rio Marié em 2014, através da Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (Acibrn), dessa vez, a Foirn, e seus parceiros (Instituto Socioambiental – ISA e Fundação Nacional do Índio (CR Rio Negro), estão iniciando trabalho junto com a Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas (Acir) de levantamento de atrativos turísticos na área de abrangência, que congrega as comunidades: Aruti, São João II, Castanheiro, Cartucho, Uabada II e Boa Vista.

    O objetivo é a construção do Projeto de Ecoturismo ( visitação). Uma reposta a reivindicação dessas comunidades para organizar e desenvolver atividades de geração de renda e ao mesmo tempo contribua na gestão do território dos povos indígenas que vivem nessa região (ver o mapa abaixo).

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    A região de abrangência da Acir por estar situado próximo à cidade de Santa Isabel do Rio Negro tem sido constantemente invadido por barcos de turistas que realizam a atividade de forma desorganizada. (Saiba mais:Operação da FUNAI apreendeu turistas realizando atividades de pesca esportiva sem autorização em Terra Indígena Médio Rio Negro II).

    Em abril de 2014 a Acir com apoio da Foirn e Funai (CR Rio Negro) realizou uma consulta ampliada nas comunidades de abrangência para a discussão sobre atividades produtivas, dentre elas a possibilidade de realização do turismo de Pesca Esportiva, haja vista que já havia o assédio por empresas de pesca na região.

    Tomando como base as experiências prévias onde os empresários prometiam benefícios mas que, ao final, não cumpriam com o acordado, as comunidades se posicionaram contra a atividade em seu território tradicional.

    As lideranças enfatizaram que não havia garantia de preservação das áreas e que isso colocava em risco a sustentabilidade de seus descendentes.

    Em 2015 durante oficina sobre o Turismo nas Terras Indígenas realizada pela Funai em parceria com a Foirn e Instituto Socioambiental,  a qual várias associações indígenas participaram, representantes da Acir presentes na oficina, apontaram a existência de atrativos turísticos nas comunidades de abrangência da associação.

    A expedição experimental já tem data: 10 a 20 de Novembro. 

    São 5 serras, trilhas e mais atrativos culturais (como a Maníaka Murasí – dança da mandioca, foto acima) mapeadas no levantamento realizado (que ocorreu de 04 a 09 de setembro).

    “As comunidades estão animadas para começar a atividade”, disse,  Marivelton Rodriguês Barro, diretor de referência à região, que participou do trabalho de levantamento realizado.

    A primeira expedição será avaliativa, e contará com a participação do  grupo Garupa (saiba mais sobre a ONG Garupa),  que dedica a fazer do turismo sustentável uma ferramenta para a preservação dos patrimônios culturais e naturais do Brasil e para o desenvolvimento socioeconômico de rincões esquecidos – e fascinantes.

    A viagem para o médio Rio Negro teve como integrantes do grupo de trabalho a diretoria da Acir,  diretor da FOIRN – Marivelton Rodriguês, Camila Barra – Antropóloga do Instituto Socioambiental e Guilherme Veloso da FUNAI – CR Rio Negro.

  • Seminário de 21 anos da ACIR foi realizado em Cartucho – Médio Rio Negro

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    Oficinas, palestras e depoimentos de lideranças históricas do Movimento Indígena do Rio Negro marcaram o Seminário de Comemoração de 21 anos da Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas (ACIR), em Cartucho – Médio Rio Negro entre 31 de agosto a 02 de setembro.

    Mais de 130 pessoas de 13 comunidades indígenas do médio Rio Negro se reuniram para ouvir e conhecer a história de luta do movimento indígena no Rio Negro e especificamente da região do Médio Rio Negro.

    Libório Diniz e Braz França, foram os palestrantes sobre o histórico do movimento. Dificuldades, ameaças, e desafios na época foram os principais destaques dos relatos.”Na época, os políticos diziam que estávamos invadindo território deles, e que devíamos voltar para São Gabriel da Cachoeira, por que aqui (Santa Isabel do Rio Negro), não existia mais índios”-lembra Libório.

    O Braz em sua palestra disse que no início do Movimento Indígena no Médio Rio Negro as dificuldades eram grandes. “Tínhamos que enfrentar os garimpeiros que estavam invadindo a região. Por causa disso, éramos ameaçados. Levamos informações sobre os direitos que nós povos indígenas já tínhamos conquistados na Constituição Federal de 1988. Tudo era novo, ninguém sabia. Para fortalecer a nossa luta pensamos que seria muito importante criar uma associação na região, assim, criamos a CACIR (Conselho de Articulação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas), que mais tarde, se tornou a ACIR.

    “Na época, os políticos daqui (Santa Isabel do Rio Negro), diziam que estávamos invadindo município de- les, e que deveríamos voltar para São Gabriel da Cacho- eira, por que aqui, não existia mais índios”- lembra o Libório. “É muito importante aos mais jovens conhecerem o histórico de luta e conhecer as conquistas, pois, assim, continuaremos nos fortalecendo”- comentou Marivelton Rodriguês Barroso, Diretor da FOIRN mediador das palestras.

    Houve também uma oficina sobre o entendimento sobre os “termos” usados na Política Nacional de Gestão Territorial  e Ambiental  de Terras Indígenas (PNGATI). Os trabalhos foram coordenadas pelo cursista Vamberto Plácido, de Cartucho. O trabalho realizado faz parte de atividades de campo dos participantes do Curso Básico em PNGATI, realizado pela FOIRN em parceria com ISA e apoio do PDPI. Os resultados dos grupos de trabalhos organizados na oficina, serão apresentando pelo cursista no terceiro módulo do curso, previsto para novembro.

    O evento encerrou com a festa de comemoração de 21 anos, que teve como atração principal o II Festival da Dança da Mandioca (Maniaka Murasy).