Categoria: Assembleia Geral

  • Dário Baniwa é eleito Diretor presidente da Foirn na XVII Assembleia Geral Ordinária Eletiva

    Dário Baniwa é eleito Diretor presidente da Foirn na XVII Assembleia Geral Ordinária Eletiva

    Lideranças se reuniram para fazer valer a democracia no movimento indígena, elegendo o diretor presidente para a gestão de 2024 a 2028.

    Nesta sexta-feira, 28/06, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) reuniu lideranças representantes de diferentes associações para avaliar, discutir e eleger o diretor presidente durante a XVII Assembleia Geral Ordinária Eletiva da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), realizada no auditório do Instituto Federal do Amazonas, Campus São Gabriel – AM.

    Os cinco diretores eleitos, reeleitos e reconduzidos durante as assembleias eleitorais nas coordenadorias regionais colocaram-se à disposição para concorrer ao cargo de presidência da FOIRN na gestão de 2024 a 2028.

    Comissão Eleitoral formada pela Assessoria Jurídica da FOIRN, as instituições parceiras: COIAB, FAS e Diocese de São Gabriel da Cachoeira.

    Cada candidato teve a oportunidade de apresentar suas propostas e convencer as delegações no tempo de cinco minutos, mostrando seus objetivos, metas e anseios para dar continuidade e lutar para melhorar a representatividade do movimento indígena do Rio Negro através desta tão renomada organização e suas associações de base.

    Foto: José Paulo – Comunicador indígena da rede Wayuri.

    “Quero antes de tudo pedir aos senhores que estão aqui presentes, vamos respeitar essa nossa maior organização que temos aqui. Disponho o meu nome para que vocês decidam. Todos nós somos diretores desta instituição, seja qual for a posição em que vou ficar, portanto temos um instrumento a seguir nesta gestão com apoio de cada um de vocês”. Edison Gomes Baré – Diretor de referência da CAIBARNX.

    “Tenho uma militância no movimento indígena desde 1994. Tenho participado na militância da minha associação de base e da CAIMBRN. A minha história no movimento indígena não está somente no médio rio negro, mas sim em toda a região do Rio Negro, pois participei de todos os níveis das instâncias de decisão da FOIRN. Com essa experiência e vivência, coloco-me à disposição como candidato à presidência da FOIRN, valorizando sempre a classe da juventude. Tenho sempre incentivado a juventude na coordenadoria: são todas mulheres jovens prontas a contribuir. Não tenho dúvidas de que vocês, mulheres e jovens, terão o meu apoio. Quem quer ser presidente precisa assumir toda a FOIRN, não apenas a sua coordenadoria. Quero manter o patamar em que a FOIRN se encontra hoje e as parcerias e apoiadores que a FOIRN tem”. Carlos Neri Piratapuya – Diretor de Referência da CAIMBRN.

    Foto: José Paulo – Comunicador indígena da rede Wayuri.

    “Eu faço parte do movimento indígena iniciado pela minha associação de base, fui 2º secretário da AMIRT e articulador da juventude no departamento DAJIRN. Quero cumprir o estatuto e precisamos fortalecer as mulheres e a juventude. Desejo dialogar bastante com as coordenadorias, para que na próxima eleição possamos trazer mais jovens para a plenária. O sangue que carrego é de grandes lideranças ancestrais”. Hélio Gessem Tukano – Diretor de Referência da DIAWI’Í.

    Foto: Kamikia Kisedje.

    “A minha coordenadoria me disponibilizou para seguir com a FOIRN junto à diretoria sendo reconduzido para essa gestão, para representar o movimento indígena do Rio Negro como um todo nacionalmente e internacionalmente. Para isso, precisamos manter essa estrutura, valorizando a cultura, junto com as lideranças. Quero convidar os jovens e mulheres para fortalecer, junto ao nosso movimento, com parcerias institucionais e também contando com os financiadores que são apoiadores desta causa. Que as nossas associações possam ser potencializadas, que possamos garantir a autonomia e fortalecer o controle social, serei um diretor presidente aberto para diálogo. Na prática, precisamos mostrar que a FOIRN vai continuar sendo essa representação importante”. Dario Baniwa – Diretor de referência da Nadzoeri.

    Foto: José Paulo – Comunicador indígena da rede Wayuri.

    “Sou diretora reeleita na minha coordenadoria, me apresento como candidata à presidência da FOIRN, e me coloco à disposição. Ser uma mulher indígena não é fácil, conto com o voto de jovens, mulheres e homens. Estou preparada para dar continuidade à FOIRN e lutar pela melhoria desta instituição, tendo em vista a minha experiência representando a instituição nacional e internacionalmente durante a gestão atual”. Janete Alves Dessana – Diretoria de referência da CODI.

    Os delegados votaram seguindo a ordem da Comissão eleitoral, e o resultado ficou da seguinte maneira:

    Diretor Presidente: Dario Baniwa

    Diretora Vice Presidente: Janete Alves Dessana

    Diretor 1º Suplente: Carlos Neri Piratapuya

    Diretor 2º Suplente: Hélio Gessem Tukano

    Diretor 3º Suplente: Edison Gomes Baré

  • XVII ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ELETIVA| Movimento Indígena, Gestão e Sustentabilidade do Rio Negro

    XVII ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ELETIVA| Movimento Indígena, Gestão e Sustentabilidade do Rio Negro

    Mais de 220 lideranças se reúnem para fortalecer as Associações Indígenas, união de líderes para avaliar e buscar soluções conjuntas para desafios e oportunidades que se apresentam no cenário atual.

    Nos dias 27 e 28 de junho a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) reuniu lideranças representantes de diferentes associações para discutir questões de extrema importância durante a XVII Assembleia Geral Ordinária Eletiva da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), realizada no auditório do Instituto Federal do Amazona, Campus São Gabriel – AM.

    Foi muito importante a presença ativa dos delegados, participantes, apoiadores e colaboradores no evento que foi um espaço de reflexão, troca de experiências e definição de estratégias para promover a sustentabilidade ambiental, cultural e econômica das populações indígenas do Rio Negro.

    Foram apresentados os desafios e avanços dos trabalhos dos departamentos Técnicos e políticos, como a Educação Escolar indígena, Mulheres indígenas do Rio Negro, Adolescentes e Jovens indígenas do Rio Negro, Negócios socioambientais, Fundo Indígena do Rio Negro, Departamento de Comunicação e o Conselho Diretor. Após isso, os delegados e lideranças avaliaram em seus grupos de trabalho – GT, com apresentações por cada cinco coordenadorias regionais.

    Além disso, as discussões abordaram questões fundamentais para as comunidades indígenas, tais como a preservação da cultura, a valorização das tradições ancestrais, a sustentabilidade ambiental e as relações com as instituições governamentais. Os representantes também destacaram a importância de fortalecer parcerias estratégicas com organizações não governamentais e setor privado para promover o desenvolvimento econômico e social das populações indígenas.

    As instituições parceiras da Federação também tiveram a oportunidade de apresentar a atuação no território conforme o acordo de Cooperação Técnica. O Instituto Socioambiental, Fundação Nacional dos Povos Indígenas CR RNG, ICMBio, Fundação da Amazônia Sustentável – FAS, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB, Conselho Indígena de Roraima – CIR, Fundo Podáali, Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (APIAM) e  Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas (FOREIA).

    Para mais detalhes dessas apresentações, assista a live no canal oficial da FOIRN através do Youtube.

  • LIDERANÇAS INDÍGENAS DO GT POVOS ORIGINÁRIOS PARTICIPAM DA ASSEMBLEIA GERAL ELETIVA DA ORGANIZAÇÃO INDÍGENA DO AMAZONAS EM MANAUS

    Lideranças que compõem o GT Povos Originário da equipe de transição do presidente eleito Lula, participaram da Assembleia Geral Eletiva dos Povos Indígenas do Estado do Amazonas, no Centro de Formação Xare do CIMI, no dia 14 de dezembro de 2022.

     A equipe estava composta por Marivelton Baré – diretor presidente da FOIRN, Kleber Karipuna – coordenador executivo da APIB pela COIAB, Sônia Guajajara ex-coordenadora executiva da APIB, Deputada Federal eleita pelo estado de São Paulo e Yssô Truká da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme).

    Foi apresentado o resultado dos trabalhos do GT, na configuração e a construção da estrutura do Ministério dos povos dos indígenas do Brasil: “Terá três secretarias, com toda a estrutura da FUNAI funcionando dentro dela, com a responsabilidade no procedimento de demarcação. Também foi apresentado que terá um fundo de biomas indígenas sobre as terras indígenas a serem homologadas, declaradas, feitas demarcações físicas e a retomada de todos os procedimentos novamente.” Disse Marivelton Baré.

     Foi reafirmada pelo diretor presidente da Foirn a permanência da SESAI no Ministério da Saúde e também a criação de uma Secretaria de Educação escolar indígena para os povos indígenas no âmbito do MEC, e que esses espaços e cargos têm que ser assumido por lideranças indígenas.

     “Esses espaços e cargos tem que ser assumido por lideranças indígenas que estão dialogando, que fazem parte do movimento indígena, e não por aqueles oportunistas que não fizeram parte, que não ajudaram a construir essas políticas e, também não ajudaram a conquistar. Então tem ser um diálogo com o movimento indígena organizada, através de suas organizações locais, regionais e a nível nacional que é a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).”

     Na oportunidade, foi esclarecido  sobre a lista tríplice  que foi apresentado pela APIB ao presidente Lula, com o nome da Joênia Wapichana, Sônia Guajajara e do Weiber Tapeba, que foram indicados pelas regionais e assim ter  uma garantia de quem fosse escolhido pessoas que estão ativamente na causa e que vieram do movimento Indígena.

    A Assembleia também fez uma análise e colocações das lideranças sobre a importância do retorno, e ainda ressalta a importância dessa apresentação do GT para o estado do Amazonas e bases da região e demais áreas do País para também compreender o processo de construção dos trabalhos da equipe de transição, por exemplo, como as proposta foram apresentada, construção de proposta para melhoria de qualidade de vida, e participação social dos povos indígenas do Brasil.

  • Povos indígenas do Rio Negro validam Planos de Gestão Ambiental e Territorial das TIs

    Povos indígenas do Rio Negro validam Planos de Gestão Ambiental e Territorial das TIs

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    Em Assembleia Geral da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) realizada entre 26 de novembro a 01 de dezembro, lideranças validam PGTAs das Terras Indígenas do Rio Negro que fortalecem o protagonismo indígena, desenvolvimento sustentável, gestão e proteção desses territórios.

    Encerrou neste sábado, 01/012, a Assembleia dos Povos Indígenas do Rio Negro em Santa Isabel do Rio Negro, iniciada na segunda-feira semana. O evento reuniu aproximadamente  200 participantes, do baixo, médio e alto Rio Negro. Os representantes da base foram indicados nas cinco assembleias regionais, que ocorreram entre agosto e outubro desse ano. Participaram também ex diretores da FOIRN e lideranças dos municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.

    Ao longo dos cinco dias, foram realizados intensos debates sobre as ameaças e ataques aos direitos dos povos indígenas e também sobre as perspectivas para os povos indígenas através de suas organizações representativas e o movimento indígena. Na primeira mesa de debate, lideranças indígenas e representantes de organizações indigenistas parceiras presentes na assembleia, destacaram o histórico de luta pelos direitos e o contexto político atual do país. Foi acordada a importância de articulação com movimentos sociais, outros povos tradicionais e união e constante diálogo com o movimento indígena do âmbito comunitário ao internacional. Como resumiu Braz França

    “Vamos ter uma nova política, precisamos agir com muita inteligência.  Nós como organizações indígenas não somos separatistas, o que reivindicamos é um lugar de diálogo com poder público, municipal, estadual e federal. O que fazemos é promover o cenário indígena a partir da realidade da comunidade. ”.

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    Ex-diretores da Foirn participam da Assembleia em Santa Isabel do Rio Negro

    PGTA – WASU VALIDADO

    O processo de construção dos Planos e Gestão Ambiental e Território e principais apontamentos dos planos de todas as regionais foram apresentados pelas coordenadorias regionais. Mais uma vez foi considerada a grande importância desses planos para a gestão e proteção desses territórios, garantindo um futuro para a geração dos povos indígenas do Rio Negro.

    Parte da assembleia foi voltada à apresentação, análise, discussão e validação do PGTA  WASU que reúne as prioridades de todas as regionais de abrangência da Foirn em capítulos temáticos. Parte das proposta e demandas levantadas no processo de elaboração dos PGTAs farão parte de um projeto de implementação. A estratégia para condução e elaboração desse projeto foi apresentada e validada pela assembleia.

    Nos dias seguintes, foram apresentados e discutidos temas de interesse dos povos indígenas do Rio Negro, como a produção comunitária e o projeto de cadeia de valores e turismo de base comunitária nas Terras Indígenas. Houve também uma sensibilização sobre a importância do processo de elaboração do Protocolo de Consulta Prévia Livre e Informada dos Povos Indígenas do Rio Negro.

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    GTS de análise e validação do PGTA ASU em Santa Isabel do Rio Negro 

    Uma comissão formada por lideranças e ex diretores da FOIRN levantou o histórico das assembleias ordinárias e extraordinárias da história da Federação. Concluiu-se então que essa é a décima quarta assembleia ordinária e que nesses 30 anos ocorreram apenas duas assembleias extraordinária. Recomendando que a próxima, prevista para 2020, seja organizada a partir desse levantamento, sendo a XV Assembleia Ordinária da FOIRN.

    Iniciada com a dança da mandioca, feita pela escola da comunidade de Cartucho, municipio de Santa Isabel do Rio Nego e finalizada com carricu a assembleia geral demonstrou a força do movimento e preparou as lideranças para os desafios na resistência e luta pelos direitos dos povos indígenas.

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    Grupo Maniaka Murasi (Dança da Mandioca) da comunidade Cartucho faz apresentação na abertura oficial da assembleia em Santa Isabel do Rio Negro.

    Colaboraram: Renato Martelli e Carla Dias/ISA