Categoria: Comemoração

  • Rede de radiofonia indígena do Rio Negro continua crescendo, nove estações foram instaladas no mês de fevereiro

    Rede de radiofonia indígena do Rio Negro continua crescendo, nove estações foram instaladas no mês de fevereiro

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    Comunidade Vista Alegre – Rio Cuyarí

    Mais 9 comunidades indígenas da região do Médio, Alto Rio Negro e Rio Içana passaram a se conectar à rede de radiofonia indígena, saindo do isolamento em que se encontravam. Essas comunidades receberam  instalação de estações de radiofonia através do projeto de Fortalecimento de Comunicação das comunidades indígenas do Rio Negro desenvolvido  pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) com apoio da Aliança pelo Clima e H3000.

    As comunidades contempladas  estão localizadas nos municípios de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.  Cada estação estação inclui um aparelho de rádio e alguns acessórios, uma antena, uma placa solar e uma bateria.

    Para chegar até essas comunidades a  FOIRN através da diretoria e as coordenadorias regionais organizaram logística e transporte, já que são comunidades que ficam distante de São Gabriel, com mais de um dia de viagem. A primeira viagem de instalação ocorreu nos dias 11 a 12 de fevereiro para a região do Médio Rio Negro. A segunda foi nos dias 22 a 23 para a região do Alto Rio Negro e a última viagem aconteceu nos dias 27/02 a 01//03 para a região do Içana.

    Sediada em São Gabriel da Cachoeira, a central da Rede de radiofonia indígena  da FOIRN, o 790,  reúne mais de 170 estações de radiofonia, o principal meio de comunicação usada pelas mais de 750 comunidades e sítios  localizadas em todo o Rio Negro (a área de atuação da Foirn inclui municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos – ver o mapa abaixo).

    Com a  instalação dessas estações, a rede continua crescendo, garantindo que  Agentes Indígenas de Saúde, professores indígena, estudantes, pesquisadores indígenas e outros usuários tenham acesso a informações importantes para a realização de suas atividades e projetos, fortalecendo assim  as associações de base, comunidades indígenas e o movimento indígena do Rio Negro.

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    Comunidade Pirayawara – Rio Içana

    E ainda,  facilitar a participação indígena na luta pelos seus direitos, na gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas  e no acesso aos serviços de atendimento de saúde e educação e outros.

    Nas comunidades contempladas pelo projeto vivem indígenas das etnias Tukano, Baniwa, Dessano, Tariano, Arapaço, Baré, Piratapuia e outras, que são os principais beneficiados pelo projeto. A demanda pela instalação de mais estações de radiofonia continua, e a FOIRN através de parceiros e apoiadores continuará buscando recursos financeiros para a aquisição de mais radiofonias para atender as demandas das comunidades.

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    Comunidade Tawá – Rio Negro

    As novas comunidades da rede de radiofonia da Foirn

    Em Santa Isabel do Rio Negro

    :: Uabada II – rio Negro

    :: Massarabi – rio Negro

    :: Aruti – rio Negro

    :: Itaiaçu (Placa Solar) – rio Negro

    São Gabriel da Cachoeira

    :: Tawá – Alto Rio Negro

    :: Tabocal – Alto Rio Negro

    :: Acabuco – Alto Rio Negro

    :: Vista Alegre – Rio Cuyarí

    :: Pirayawara – Rio Içana

    :: Nazaré – Rio Cubate

    – Ainda serão realizadas viagens de instalação nas comunidades do Baixo Uaupés -Tiquié e Alto Uaupés- Papuri.

  • Povos Indígenas do Rio Negro inauguram Wariró em São Gabriel da Cachoeira

    Povos Indígenas do Rio Negro inauguram Wariró em São Gabriel da Cachoeira

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    “Neste momento de alegria e de festa para a FOIRN e para os 23 povos indígenas do Rio Negro, é com muita satisfação e orgulho que cumprimento as autoridades – representantes de instituições locais e parceiras, lideranças indígenas, artesãs e artesãos, por fim, todos os presentes aqui.

    Em primeiro lugar quero dizer que é uma grande honra e satisfação tê-los presentes nesta cerimônia solene de inauguração da Wariró. Hoje, 27 de maio de 2016, é uma data especial e simbólica para todos nós indígenas que vivem aqui no Rio Negro. Especial porque depois de muitas dificuldades e persistência, conseguimos ter novamente o novo espaço físico para a Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro. Simbólico porque representa mais uma conquista depois do incidente ocorrido em junho de 2014, quando o nosso Centro de Referência – onde funcionava a loja Wariró foi incendiado de forma criminosa, um momento de muita tristeza para todos nós.

    Mas, não desistimos. Após essa perda dolorosa, continuamos a luta. Recebemos incentivos de várias pessoas, de parceiros, apoiadores e, principalmente, das mulheres e homens que contribuíram na construção desta no Casa, incentivos que nos fortaleceram na busca por meios de reconstruir a nossa Wariró.

    A Wariró é uma conquista da FOIRN nestes 29 anos de existência.

    Quando foi fundada em 30 de abril de 1987, a FOIRN tinha como a principal bandeira de luta a demarcação das terras indígenas no Rio Negro. Essa etapa foi conquistada e após isso veio o desafio de criar meios e formas de desenvolver as a gestão territorial das terras demarcadas e apoiar as comunidades indígenas em suas iniciativas, bem como garantir-lhes o acesso aos serviços públicos que são seus por direito. Foram realizados vários projetos em campos diferentes, como na educação escolar, comunicação, saúde indígena, resgate e valorização cultural, alternativas econômicas e geração de renda, entre outros.

    Diante da necessidade de contribuir na geração de renda para as comunidades, através da valorização dos artesanatos produzidos pelos diferentes povos indígenas na região, bem como fortalecer a economia indígena, foi iniciado a discussão de implantação de um centro de comercialização, que resultou na construção da loja Wariró, inaugurada em 2005.

    Para nós, indígenas do Rio Negro, os artesanatos são mais que simples artefatos que usamos nos nossos afazeres no dia a dia, como na pesca, na caça, na agricultura e nas cerimônias. Os artesanatos são formas de representar a nossa identidade cultural, contar a nossa história, são instrumentos que guardam nossa rica história e cultura milenar, e que é transmitido de geração para geração.

    Por isso, a Wariró representa para nós, além da comercialização de artesanatos,  um espaço de encontro e reafirmação da diversidade de culturas e conhecimentos indígenas do Rio Negro.

    Hoje, temos de volta a Wariró,  aonde iremos continuar fazendo a comercialização de artesanatos feitos às mãos e promover o desenvolvimento sustentável dos povos indígenas no rio Negro. Através da Wariró promovemos a valorização do conhecimento tradicional, contribuímos na geração de renda para as famílias, e na  preservação e incentivo às práticas ancestrais através da venda de produtos indígenas.

    Almerinda_PublicarEssa reconstrução só foi possível através do apoio de instituições e pessoas que reconhecem a importância desse espaço para os povos indígenas do Rio Negro. Queremos agradecer imensamente a Horizont3000 e Aliança pelo Clima pelo apoio dado para a construção do novo espaço da Wariró – que estamos inaugurando hoje. E também nossos parceiros como o Instituto Socioambiental, Fundação Nacional do Índio – Coordenação Regional Rio Negro, Rainforest da Noruega e Embaixada Real da Noruega quem vem colaborando conosco permanentemente.

    Não poderia deixar de agradecer também a diretoria atual da FOIRN pela dedicação e esforço feito para que esta casa fosse construída e inaugurada nesta data.

    E termino, não sem antes deixar daqui agradecimento especial para as artesãs e artesãos, lideranças e diretores que passaram na FOIRN, pois, se temos hoje a Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro, foi, porque lutaram por isso e conseguiram. E a nossa luta continua!” – Almerinda Ramos de Lima – Presidente da FOIRN.

  • Um motivo a mais para comemorar 19 de abril: É publicado no Diário Oficial o Relatório de Identificação da TI Jurubaxí-Téa, Baixo Rio Negro, depois de 22 anos de luta

    Um motivo a mais para comemorar 19 de abril: É publicado no Diário Oficial o Relatório de Identificação da TI Jurubaxí-Téa, Baixo Rio Negro, depois de 22 anos de luta

    “Sensação de conquista e satisfação pelo dever cumprido, um orgulho para o movimento” – Carlos Nery, Presidente de Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro – ACIMRN.
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    GT de Trabalho. Foto: ACIMBRN
    Após 22 anos de reivindicação de demarcação das Terras Indígenas, dos povos indígenas dessa região e após 13 anos anos do início dos GT’s de Identificação, afim sai a Publicação do Resumo do Relatório de Identificação da TI Jurubaxí-Téa, anterormente denominado Baixo Rio Negro II e Jurubaxí.
    A terra indígena Jurubaxí- Téa é ocupado pelos povos indígenas Baré, Tukano, Baniwa, Nadeb, Piratapuia, Arapasso, Tariana, Coripaco e Desana. Em 2013, o levantamento indicou que 904 pessoas habitavam a área. Os grupos indígenas da referida terra habitam todas área compreendida entre os Téa e Mabahá. A população indígena atualmente se distribui em 8 comunidades e 55 sítios.
    Os povos indígenas engajam-se em um esquema produtivo caracterizado pela agricultura, a caça, a pesca e o extrativismo. Em 2010 o IPHAN reconheceu o Sistema Agrícola, Tradicional do Rio Negro como Patrimônio Imaterial do Brasil. A área ocupada em caráter permanente pelos indígenas consiste em aproximadamente de 1.206.000 hectares.
    A Terra indígena citada tem importância crucial do ponto de vista de seu bem estar e de suas necessidades de reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições, atendendo, portanto, os requisitos presentes no artigo 231 da constituição vigente. Agora resta continuar a luta para concretização do processo até sua conclusão, também paralelo a esta luta vamos construir o processo de gestão do nosso território, mostrar para sociedade que os índios com seus direitos garantidos, podemos cuidar e desenvolver nosso um lugar sem prejuízo a ninguém.
    Parabéns, as lideranças das comunidades, aos profissionais pela dedicação, a coordenação regional da FUNAI, a FOIRN a todos os parentes indígenas e LUTA CONTINUA PARENTES, um grande abraço a todos.
    Carlos Nery Piratapuia – Presidente da ACIMRN.
  • 30 de abril de 2015: 28 anos da FOIRN

    Noite dia 30 de abril na maloca da FOIRN, em São Gabriel da Cachoeira. Foto: SETCOM/FOIRN
    Noite dia 30 de abril na maloca da FOIRN, em São Gabriel da Cachoeira. Foto: SETCOM/FOIRN

    Leia abaixo a carta lida pelo Diretor Renato Matos na noite de comemoração de 28 anos da FOIRN, na Casa dos Saberes, em São Gabriel da Cachoeira.

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    No dia 30 de abril de 1987 o ginásio da Diocese de São Gabriel da Cachoeira foi o palco onde se reuniram mais de 400 lideranças indígenas que vinham desde os anos 1970 se organizando e discutindo os direitos dos povos indígenas da região do Rio Negro. Neste evento que juntou diferentes etnias, povos, línguas, tradições e trajetórias históricas foi fundada a FOIRN. Nessa reunião estavam presentes não somente nossos parentes, mas também autoridades do Estado Brasileiro. Não que a presença de pessoas de contextos diferentes aos nossos fosse novidade. Nós indígenas do Rio Negro temos uma história de resistência à colonização desde a chegada de portugueses e espanhóis e mantemos nossa identidade indígena até hoje, somos sobreviventes. A fundação da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN marca mais uma dessas fases de resistência e foi com os motes de Terra e Cultura que fomos buscar nossos direitos.

    A FOIRN foi criada para que nós tenhamos nosso próprio meio de expressão e reivindicação. Em prol dos povos que são negados seus direitos, do indígena com excelentes disposições de espírito e coração, um recurso humano capaz de desenvolver-se, fica fragilizado pelas brutalidades desta moderna cultura de desenvolvimento econômico. Aqui nós falamos por nós mesmos, evitando intermediários ou atravessadores.

    Desde 1987 muitas ações foram concretizadas. Temos hoje Terras Indígenas demarcadas e com processo demarcação, a educação escolar indígena tem exemplos positivos, as línguas indígenas os costumes e tradições continuam a ser praticadas e, principalmente, hoje mostramos que ser indígena é motivo de orgulho, pois nossa história marca a diversidade, a pluralidade, a ampliação dos conhecimentos e caminha em conjunto com um enorme patrimônio social e natural. Afinal, a história dos povos indígenas do Rio Negro não separa o ser humano do seu ambiente, das águas, das florestas, das montanhas e dos animais. Criamos desta forma riquezas que vão além de cifrões, de números. Nossa riqueza é maior que o PIB, ela é todo esse território da qual o mundo precisa para que seu clima mantenha as condições de vida do ser humano, ela traz concepções filosóficas, mitológicas e ecológicas sobre uma das regiões com a mais rica biodiversidade do mundo, a Floresta Amazônica. Produzimos e conservamos um sistema agrícola de ampla diversidade, resistente a pragas e que não carece de venenos. Temos, portanto, enormes contribuições ao nosso mundo e lutamos para que estas sejam reconhecidas.

    Este reconhecimento é o que guia os trabalhos da FOIRN, reconhecimento de que os povos indígenas habitam esta região há milênios e que contribuem enormemente ao nosso país e ao mundo. No entanto, isso somente acontece através de grandes esforços, é por isso que a luta faz parte do nosso cotidiano. Lutamos pois há interesses que prefeririam destruir nossos territórios para dar lucro para quem já está soterrado de dinheiro. Temos que lutar pois somos ameaçados com ideias que menosprezam e querem uniformizar nossos conhecimentos milenares. Lutar porque aqui já queimaram malocas e demonizaram nossos costumes. Lutar, pois há ameaças constantes sobre capítulos da Constituição que garantem os direitos indígenas para facilitar expansão do agronegócio, exploração mineral e madeira.

    A FOIRN dialoga com o poder público, propondo o uso sustentável de recursos naturais para o bem viver das comunidades e também lutar pela nossa cultura e território.

    Esta luta tem mais de 28 anos, mas há 28 anos trabalhamos com essa ferramenta garantida pela Constituição Federal de 1988, que é a associação indígena. Aqui na FOIRN propomos e acompanhamos as políticas públicas governamentais. Assim, construímos no dia a dia uma ponte entre a comunidade mais distante e o Estado Brasileiro. Fazemos as reivindicações de nossos parentes ecoarem nos Palácios do governo e chegarem a quem pode tomar decisões que garantam nossos direitos.

    Apesar de toda esta trajetória nos últimos 28 anos, ainda recebemos críticas sem fundamentos de que as terras indígenas trazem atraso e impedem o progresso. Lembramos para estas críticas que é em nome desse progresso brutal que causa impacto ambiental predatória é responsável para acontecer à fúria da natureza ocasionando inundações, nevascas, desertificações em várias partes do planeta, é nessa hora que não vale nada o orgulho e poder dos países e homens mais ricos do mundo nesse bojo estamos nós indígenas. Diante da reação da natureza não existe protocolo nem todo dinheiro do mundo para acordar uma trégua.

    Vale que os parentes no Mato Grosso do Sul são mortos por proprietários de grandes fazendas. É este progresso que polui nosso mundo e faz com os que mais ricos fiquem mais ricos e os mais pobres mais pobres. As Terras Indígenas são, ao contrário disso, reais exemplos de progresso. Nelas ainda se encontra ar puro, água, espaço, liberdade e reciprocidade. Nelas se pode viver sem nos submetermos a patrões e donos de negócios que querem só nossa força de trabalho e pagar o mínimo possível para que possam lucrar o máximo.

    Convidamos assim vocês para refletirem sobre o nosso mundo de hoje, pensarem como podemos melhorá-lo e que estratégias podemos traçar em conjunto, pois essa história de 28 anos traz uma marca importante dos nossos ancestrais, a coletividade. Nossa instituição sempre foi e continuará de portas abertas para que nossos trabalhos sejam conhecidos, analisados e melhorados.

    Assim como não deixamos de sermos indígenas por usarmos novas tecnologias ou falarmos português, não deixaremos que novas táticas de colonização acabem com nossos saberes e práticas milenares. Saibam suas histórias, procurem saber a versão não somente dos dominantes, mas também a versão daqueles que resistem que lutam para que injustiças não sejam perpetuadas. Uma grande parte dessa história de resistência está aqui, ela é incorporada pela FOIRN, está na nossa maloca, nas nossas lideranças, nas nossas comunidades, roças, em danças de cariçu, em rodas de caxiri e também em nossos livros, arquivos e vídeos. Conheçam esta história.

    Os parabéns a FOIRN e a todos que contribuíram para sua existência no passado e no presente, é na verdade um parabéns à diversidade, à pluralidade e à tudo que nossos povos indígenas do Rio Negro representam.

    Diretor Renato Matos lendo a carta de comemoração de 28 anos da FOIRN. Foto: SETCOM/FOIRN
    Diretor Renato Matos lendo a carta de comemoração de 28 anos da FOIRN. Foto: SETCOM/FOIRN

                               São Gabriel da Cachoeira – AM, 30 de abril de 2015

  • Semana dos Povos Indígenas 2014

    Palestrante Higino Tenório Tuyuka, entrega publicações da FOIRN/ISA ao jovem indígena participante do evento.
    Palestrante Higino Tenório Tuyuka, entrega publicações da FOIRN/ISA ao jovem indígena participante do evento.

    A Semana dos Povos Indígena deste ano, foi realizado no final de abril na Casa dos Saberes em São Gabriel da Cachoeira, que encerrou no dia 30 de abril, como a comemoração de 27 anos de criação da FOIRN. Foram registrados cerca de 400 pessoas, sendo maior parte destes, jovens.

    Os primeiros dois dias teve como tema das palestras a Identidade Cultural, alunos e professores das escolas estaduais e municipais da sede, interagiram através de perguntas e brincadeiras com os palestrantes convidados: André Baniwa, Pe. Justino Resende Tuyuka, Gilliarde Henrique, Rosilvaldo Teles, Higino Tenório Tuyuka e Ednéia Teles.

    “A nossa língua é a nossa identidade cultural e  importante instrumento de luta pelos direitos”, afirmou André Baniwa, um dos palestrantes, ao falar da importância da valorização das línguas indígenas, não apenas dentro de casa, mas, como também na escola e outros espaços e lembrou ainda que na região do Rio Negro existem 18 línguas faladas e que a melhor forma de preservar e valorizar essa riqueza e identidade é cada um continuar falando sua língua.

    Exposição de publicações da FOIRN e seus parceiros, culinária e artesanato indígena, exibição de vídeos e imagens também fizeram parte da programação do evento.

    Na noite do dia 30, Casa dos Saberes (maloca) lotada de participantes , a programação iniciou-se com a exibição de vídeo institucional que mostrou o histórico momento da fundação da FOIRN em 1987 na II Assembleia Geral dos Povos Indígenas e as lideranças que estiveram na frente do movimento indígena e da instituição desde o início até aos dias atuais.

    Após o uso de palavras dos representantes de instituições parceiras e locais, como o Instituto Socioambiental, FUNAI, Câmara Municipal e da Diretoria da FOIRN, foi lido pelo diretor Renato Matos, a Carta de Comemoração de 27 anos, que lembrou os motivos de luta e de existência da instituição, da importância de apoio de parceiros e financiadores que apoiaram e apoiam para a realização e concretização dos objetivos, como também reafirmou o compromisso de continuar a luta em defesa dos direitos dos povos indígenas diante dos desafios atuais.

    Grupo de dança Tuyuka na apresentação de danças tradicionais na noite do dia 30 de abril.Foto: José Miguel Nieto Olivar/PAGU-UNICAMP
    Grupo de dança Tuyuka na apresentação de danças tradicionais na noite do dia 30 de abril.Foto: José Miguel Nieto Olivar/PAGU-UNICAMP

    A programação cultural foi iniciada com a apresentação do grupo Carriçu da FOIRN, formado por funcionários e alguns conhecedores indígenas e participantes. E continuou com a apresentação de grupos de danças tradicionais de jovens indígenas das etnias Tukano, Baniwa e outros. E encerrou com a apresentação de danças pelo grupo Tuyuka.

    A luta pelo respeito à diferança e a diversidade e o cumprimento dos direitos conquistados pelos Povos Indígenas e garantidos pela Constituição Federal de 1988 continua! Que venham os mais 27 anos!

     

  • XVII – ASSEMBLEIA ELETIVA DA FOIRN

    Federação das Organizações indígenas do Rio Negro – FOIRN, comemora seus 25 anos, reunindo lideranças que participam desde o seu surgimento,conta com conhecimento técnico de parceiros para que trabalho continua em prol dos povos indígenas do Rio Negro e jovens obtendo conhecimento com os mais experiente como

    Mesa de autoridade

    que se defende  povo para determinado resultado e objetivos coletivos, hoje inicia a XVII – Assembleia Eletiva da FOIRN e encerra dia 08 de Novembro com eleição de novo presidente que estára na frente dos trabalho pelo movimento indigena do rio negro para proximos 4 anos, juntamente com demais 4 diretores que vão compor a diretoria executiva, ja se encontra os 15 candidatos que estão concorrendo, 3 pessoas de 05 coordenadorias regionais sendo 05 mulheres guerreiras, escrevendo suas história no movimento indígena!

    Entrada da Maloca
  • Relembrando os 20 anos da FOIRN

    Preparamos um album  especial para lembrar a comemoração de 20 anos da Foirn, que teve participação das 05 regionais. Todos apresentaram danças tradicionais, músicas tradicionais e adaptadas e ainda tivemos participação especial do Grupo indígena Caxiri na Cuia de Roraima. A comemoração aconteceu de 08 a 12 de outubro de 2007. Lembramos que esse ano a Foirn completa 25 anos e a comemoração  será realizado no mês de novembro, aguardem! Click na foto para visualizar o álbum.