Categoria: Mulheres Indigenas

  • A VII Assembleia Regional Ordinária Eletiva da CAIBARNX é realizada na comunidade Jurutí sede da Coordenadoria

    A VII Assembleia Regional Ordinária Eletiva da CAIBARNX é realizada na comunidade Jurutí sede da Coordenadoria

    No primeiro dia da Assembleia, os delegados destacaram a avaliação e prestações de contas do diretor de referência e da coordenadoria regional durante a gestão de 2021 a 2024.

    Os dias 28, 29 e 30 de abril serão marcados por um evento de extrema importância para a comunidade indígena do Rio Negro. A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro estará completamente focada na realização da VII Assembleia Regional Ordinária Eletiva da Coordenadoria das Associações Indígenas do Balaio, Alto Rio Negro e Xié (CAIBARNX).

    Este evento de grande relevância acontece na comunidade de Juruti, que é a sede da coordenadoria, e tem como tema central “Movimento Indígena, Gestão e Sustentabilidade”.

    Durante esses três dias, líderes e representantes indígenas se reunirão para discutir questões fundamentais relacionadas à gestão e sustentabilidade do movimento indígena, buscando fortalecer e promover a preservação da cultura e dos direitos indígenas na região do Rio Negro e também a escolha por meio de eleição de novos lideres que representarão a região na gestão da Foirn a partir de julho/2024 a Junho de 2028.

    Com a chegada do diretor presidente da FOIRN, Marivelton Baré, em sua fala inicial, apresentou a sua comitiva de viagem que estiveram presentes no 20º Acampamento Terra Livre (ATL) em Brasília no período de 22 a 26 de abril e também esclareceu as dúvidas e polêmicas geradas na parte da manhã, no início da assembleia, em relação aos trabalhos em geral da federação e suas parcerias, tornando assim um grande avanço, limpando o CNPJ da instituição, que a partir de agora está pronta para receber recursos através de projetos.

    Além disso, a sua presença marcante no evento reforçou a importância da união entre instituições e a necessidade de fortalecer os laços de cooperação técnica para alcançar um desenvolvimento sustentável. Sua atuação proativa e transparente inspirou confiança entre os demais participantes, abrindo caminho para um futuro promissor para a Foirn e todos os envolvidos.

    Com essa postura firme e visionária, o diretor presidente colocou a federação em um novo patamar, preparando o terreno para conquistas significativas e duradouras. A trajetória de liderança e comprometimento demonstrada durante o evento certamente deixará um legado positivo, impulsionando o progresso e a valorização da região, beneficiando inúmeras associações filiadas à instituição. Este momento histórico reflete a capacidade de superação e determinação da Foirn, fortalecendo sua missão de promover o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente, garantindo um futuro próspero e equitativo para todos.

    Na oportunidade o presidente informa a entrega de kits de energia solar e de internet, no qual incluirá sete conjuntos completos de energia solar, cada um composto por uma placa solar, uma bateria de 150amp, um inversor e um controlador. Além disso, também serão disponibilizados três conjuntos completos de internet via satélite Starlink. Este conjunto de equipamentos proporcionará uma solução abrangente e eficaz para atender às necessidades de energia e conectividade, garantindo uma operação confiável e eficiente na comunicação.

    A troca de experiências e a reflexão sobre os desafios e oportunidades que se apresentam serão elementos essenciais deste encontro, que visa contribuir para o avanço e fortalecimento das comunidades indígenas do Rio Negro.

    No primeiro dia da Assembleia, os delegados destacaram a avaliação e prestações de contas do diretor de referência e da coordenadoria regional durante a gestão de 2021 a 2024. Durante este evento significativo, os representantes enfatizaram a importância da transparência e responsabilidade na gestão, ressaltando o papel fundamental do diretor de referência e da coordenadoria regional.

    A prestação de contas minuciosa e a avaliação criteriosa da gestão proporcionam uma base sólida para o planejamento e progresso contínuo da organização. Estas discussões colocam em evidência o compromisso com a excelência e a eficácia administrativa, fundamentais para o avanço e desenvolvimento sustentável.

    É crucial reconhecer a importância da herança deixada pelas lideranças anteriores na implementação bem-sucedida dos projetos atuais. O legado de suas lutas e esforços não deve ser subestimado, pois moldou positivamente as bases sobre as quais a diretoria atual está construindo. A continuidade e o aprimoramento do trabalho iniciado por aqueles que estiveram à frente anteriormente são fundamentais para o progresso constante e a evolução das iniciativas em andamento.

    Representantes de Instituições presentes: ISA, FUNAI/CRNG e SEPROR/IDAM.

  • FOIRN PARTICIPA DA REUNIÃO DO CONSELHO DA KURIKAMA NO RIO MARAUIÁ

    FOIRN PARTICIPA DA REUNIÃO DO CONSELHO DA KURIKAMA NO RIO MARAUIÁ

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), representado por seu diretor presidente e de referencia da região da Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro (CAIMBRN), Marivelton Barroso do povo Baré, participa da reunião do Conselho da Associação Kurikama Yanomami, no rio Marauiá, na aldeia Bicho Açú, sede da associação.

     Durante a reunião que deu inicio desde o dia 26/06, foi tratado sobre a Situação da conjuntura do movimento indígena. Através da Mirian Brito do povo Baré, teve a exposição sobre o Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN) e o fortalecimento das associações de base com o projeto da associação Kurikama.

    As pautas que serão discutidas hoje dia (27) será sobre a Educação, a atuação da Seduc e Semed na aérea de formação continuada, PSS, Construção de Escolas, etc. Também será discutida sobre atuação da FUNAI, CTL, troca de coordenador técnico que atua no Município de Santa Isabel do Rio Negro.

    A equipe Foirn esta composta por Marivelton Barroso – Diretor Presidente da Foirn; Miriam Pereira – Assistente administrativo financeiro do Projeto FIRN; Belmira Melgueiro – Coordenadora do Departamento de Educação e Patrimônio Cultural da Foirn;  Glória Rabelo – Coordenadora do departamento das Mulheres Indígenas do Rio Negro (DMIRN);  Adilson Joanico – Presidente da Acimrn; Deivison Murilo – CAIMBRN,   Gilce França – Articuladora de Educação do Médio e Baixo Rio Negro e Guilherme Costa Veloso – CTL Funai  Santa Isabel.

  • Feira reúne mulheres indígenas para homenagear o Dia Internacional da Mulher  na maloca da FOIRN em São Gabriel da Cachoeira

    Feira reúne mulheres indígenas para homenagear o Dia Internacional da Mulher na maloca da FOIRN em São Gabriel da Cachoeira

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    Mais de 50 mulheres participaram da Feira da Mulher organizado pelo Departamento de Mulheres Indígena da FOIRN na manhã deste domingo, 12/03, na maloca, em São Gabriel da Cachoeira.

    O evento foi dedicado à mulher indígena do Rio Negro para homenagear o Dia Internacional da Mulher, comemorado oficialmente no dia 8 de março. Na abertura do evento, o diretor Nildo Miguel Fontes, falou da importância do evento para as mulheres indígenas, e da comemoração do dia Internacional da Mulher, destacou também a importância do papel da mulher, especialmente a mulher indígena na sociedade, e também na luta pelos direitos.

    A coordenadora do Departamento de mulheres, uma das responsáveis pela organização do evento, lembrou o motivo da data, emocionada, disse, que historicamente as mulheres vem sofrendo discriminação e vários tipos de  violência. E afirmou que o objetivo do evento é reafirmar a luta pelos direitos, comemorar as conquistas, e afirmou que as mulheres nunca vão deixar de lutar pelos direitos, de conquistar o espaço que é delas por direito.

    As participantes assistiram palestras sobre a Saúde da Mulher Indígena com médica do DSEI – Alto Rio Negro e Empoderamento da Mulher com a produtora Cultural Danielle Nazareno. Nos dois assuntos, as mulheres presentes no evento, tiraram suas dúvidas e fizeram comentários sobre os assuntos.

    Teve exibição de vídeos e fotos do acervo da FOIRN de mulheres que participaram do movimento indígena, algumas delas, que foram funcionárias e diretoras da instituição.  Foram realizados sorteios de brindes e brincadeiras.

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    A FOIRN contou com a parceria do Instituto Socioambiental, CR Rio Negro/Funai e DSEI-ARNpara a realização do evento.

    Veja mais fotos no perfil do Ray Baniwa (comunicação FOIRN) no facebook nos link abaixo:

    Fotos: Post 1

    Fotos: Post 2

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  • Mulheres Indígenas do Rio Negro elegem nova coordenação para Departamento de Mulheres da FOIRN para gestão 2017-2019

    Mulheres Indígenas do Rio Negro elegem nova coordenação para Departamento de Mulheres da FOIRN para gestão 2017-2019

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    Verônica Ramos Pena da etnia Hupdah da Comunidade Nossa Senhora de Fátima da região de Iauaretê particiou pela primeira vez uma assembleia das mulheres indígenas do Rio Negro.

    Encerrou na tarde desta sexta-feira, 21/10, na maloca Casa dos Saberes da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – Foirn, a VII Assembleia do Departamento de Mulheres Indígenas que reuniu mais de 100 mulheres indígenas das diversas etnias do Rio Negro para discutir temas de interesse relacionados aos direitos dos povos indígenas e em especial da mulher indígena.

    No primeiro dia, a atual coordenadora da União das Mulheres Indígenas da Amazônia (Umiab) fez uma  apresentação do panorama atual da luta dos povos indígenas pelos direitos e a participação das mulheres nessa luta. “Vivemos atualmente num momento muito difícil para nós povos indígenas, muitas PECs ( Propostas de Emendas Constitucionais) tramitam no Congresso Nacional que querem tirar nossos direitos garantidos, como por exemplo a “PEC da Morte” (PEC 215/00). Por isso, precisamos nos fortalecer e continuar lutando”, diz.

    No segundo dia, Renato Matos,  Diretor da FOIRN fez um resumo da luta dos povos indígenas do Rio Negro pelos direitos através da FOIRN, destacou as conquistas como a Demarcação das Terras Indígenas e outras experiências exitosas como a Educação Escolar Indígena, Valorização Cultura e outros.

    O diretor lembrou que as mulheres indígenas sempre estiveram presentes no movimento indígena desde quando começou ainda nos anos de 1970, porém, só em 2002, resultados de reivindicações das mulheres foi criado na estrutura da Foirn o Departamento de Mulheres Indígenas. Lembrou ainda que o movimento é um só e que tanto homens e mulheres fazem parte do movimento indígena, por isso, não é um movimento separado.

    As atuais coordenadoras do departamento apresentaram o relatório de atividades, onde destacaram as realizações e as metas alcançadas. A Rosilda Cordeiro disse que na medida do possível as atividades de articulação, elaboração de pequenos projetos voltados para a exposição de artesanatos e encontro de mulheres foram realizadas ao longo dos anos em que estiveram na coordenação do departamento. “Podemos afirmar que conseguimos fazer alguns trabalhos dentro das nossas capacidades e condições para fortalecer as associações das mulheres. Um exemplo disso é a criação da Komirayõma a primeira associação de mulheres Yanomami”, disse.

    A Francinéia Fontes destacou que vários desafios  e projetos precisam ser feitos para que as mulheres através de suas associações se fortaleçam nas suas regiões para contribuir em várias áreas como na saúde, valorização cultural entre outros. Lembrou que o Projeto Telesaúde Indígena do Rio Negro desenvolvido pela FOIRN através do Departamento de Mulheres deve ser fortalecido nos próximos anos.

    Após cada apresentação foram feitos grupos de trabalhos e abertos momentos de discussões e debates em plenária, que resultaram em propostas que serão incluídas no plano de trabalho para a próxima gestão.

    Na tarde do segundo e último dia as candidatas à coordenação foram apresentadas, onde tiveram momento de discurso de apresentação de propostas caso eleitas. Após este momento, foi organizada a votação, onde cada associação presente através de suas delegadas participou da eleição.

    O resultado da eleição ficou:

    • Janete Figueireido Dessana – 18 votos (eleita);
    • Elizângela da Silva Baré – 18 votos (eleita);
    • Sônia Bitencourt – 15 votos;
    • Bernadete Artesã – 6 votos.

    Após a apuração dos votos as eleitas tiveram o uso da palavra pra reafirmar o compromisso de trabalho para os próximos anos no departamento e no movimento indígena do Rio Negro. Após isso, a  atual coordenação agradeceu todas as participantes mulheres e homens que contribuíram durante os dois de assembleia.

    Lembrou que só foi possível a realização do evento graças ao apoio da Fundação Nacional do Índio através da Coordenação Regional Rio Negro e parcerias com o Instituto Socioambiental – ISA e apoio institucional da Rainforest da Noruega, Horizont3000, Embaixada Real da Noruega e Aliança Pelo Clima.

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    Algumas imagens da assembleia:

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    Mulheres durante a eleição da nova coordenação. Foto: Ray Baiwa/Foirn

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    Francinéia Fontes e Rosilda Cordeiro – atuais coordenadoras do Departamento de Mulheres da Foirn. Foto: Ray Baniwa/Foirn

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    Elizângela da Silva e Janete Figueiredo são as coordenadoras eleitas para 2017-2019 do Departamento de Mulheres Indígenas. Foto: Ray Baniwa/Foirn

     

  • Agricultura Tradicional é tema do Encontro que reúne cerca de 80 mulheres de 6 estados da Amazônia no Amapá até 21/10

    Agricultura Tradicional é tema do Encontro que reúne cerca de 80 mulheres de 6 estados da Amazônia no Amapá até 21/10

    “Está sendo muito bom participar do encontro, conhecer e compartilhar com outras mulheres conhecimentos e saberes sobre alimentação e agricultura tradicional dos povos indígenas presentes no encontro”, disse Adelina de Assis da etnia Dessana, representante do alto Rio Negro.

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    É a primeira vez que a RCA – Rede de Cooperação Amazônica (saiba mais sobre a Rede aqui) que congrega organizações indígenas e indigenista da Amazônia realiza um evento dedicado às mulheres indígenas para discutir temas de interesse e compartilhar conhecimentos e saberes.

    O primeiro encontro acontece nesta semana (18 a 21/10) na chácara Natuplay no estado do Amapá que reúne mais de 80 mulheres indígenas dos estados Amapá,  Amazonas,  Acre, Roraima,  Mato Grosso e  Pará.

    Conhecimentos e saberes sobre a alimentação, agricultura tradicional e da roça são temas de trabalho e apresentações nos primeiros dias do evento que vai até sexta-feira, 21, desta semana.

    Almerinda Ramos de Lima – Tariana (Presidente da FOIRN) e Adelina de Assis Sampaio – Dessana (Coord. Departamento de Jovens Indígenas/FOIRN) participam do evento.

    Mais informações em breve.

  • Associação das Mulheres Yanomami  realiza a primeira assembleia em Maturacá

    Associação das Mulheres Yanomami realiza a primeira assembleia em Maturacá

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    Foi histórico. Foi pela primeira vez que as Mulheres Yanomami tiveram um espaço exclusivamente delas para debater problemas, dificuldades e elaborar seus planos de trabalho em uma assembleia. A I Assembleia das Mulheres Yanonamis Kumirãyõma, aconteceu nos dias 21 a 23 de junho de 2016,realizou-se a Maturacá da região de Cauburis. Cerca de 60 participantes, entre estes lideranças locais, jovens, crianças e especialmente as mulheres Yanomamis das comunidades Nazaré, Ayarí e da comunidade local, debateram temas de interesse como o fortalecimento da participação das mulheres Yanomamis no movimento indígena do Rio Negro, a inclusão dos conhecimentos relacionados a confecção de artesanatos no espaço escolar e principalmente a contribuição delas nas ações de sustentabilidade e geração de renda para as comunidades.

    Outro tema importante discutido foi o manejo dos recursos utilizados para a produção dos artesanatos, que aos poucos vem se fortalecendo desde que a associação deles foi criado há quase um ano (que foi criado justamente com esse objetivo – fortalecer e organizar a produção das mulheres Yanomamis).

    Oficinas de artesãos e intercâmbios com outras experiências no âmbito do Rio Negro também foi considerado fundamental para fortalecer a iniciativa de comercialização de artesanatos. 

    “Esse trabalho (a realização da primeira assembleia) é resultado de uma luta e trabalho incansável que as mulheres tem feito”, disse cacique Júlio Góes Yanomami, que participou do evento e incentivou as mulheres Yanomami continuarem firmes no trabalho.

    A FOIRN marcou presença através da vice-coordenadora do Departamento de Mulheres, Francinéia Fontes e Leonéia Nogueira – gerente da Loja Wariró.

    “É muito bom ver as mulheres Yanomami se organizando através de organização e o interesse delas em fortalecer e valorizar a cultura deles, participar e ser protagonistas de ações que contribuem na sustentabilidade e geração de renda de suas comunidades. E o melhor nisso tudo é que elas  usam sua arte como identidade para se  apresentar ao mundo e conquistar seu espaço. E elas tem muita vontade em querer conhecer mais e participar da luta pelos direitos indígenas”, afirma Francinéia.

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    Para a realização da assembleia, a associação das mulheres Yanomami contou com parceria e apoio da CR Rio Negro da Fundação Nacional do Indio (Funai), Embaixada Real da Noruega (no âmbito do projeto Fortalecimento da FOIRN) e Rainforest Foundation (no âmbito do Projeto Direitos Indígenas).

    A FOIRN através da CAIMBRN ( Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro), representado pelo vice -coordenador Andrônico Benjamim, fez parte diretamente na organização e realização da primeira assembleia da  Kumirãyõma, associação das mulheres Yanomami, da região de Cauburis, Terra Indígena Yanomami.

    A assembleia contou com algumas colaboradoras: Luciana/ICMBIO, Maryelle/UFAM, Mariane/UFPE, Beatriz/IFAM.

    Fotos: Francinéia Fontes/FOIRN

  • Mulheres Indígenas: Assembleia da AMIRT em Taracúa – Uaupés elege nova diretoria para próximos 3 anos

    Mulheres Indígenas: Assembleia da AMIRT em Taracúa – Uaupés elege nova diretoria para próximos 3 anos

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    Cerca de 200 pessoas participaram da Assembleia Geral e Eletiva da Associação das Mulheres Indígenas da Região de Taracúa – AMIRT, realizado entre 20 a 21 de maio em Taracúa – Baixo Uaupés.

    O objetivo da assembleia foi discutir melhorias e fortalecimento do movimento indígena, especialmente das mulheres, elaboração de plano de trabalho para a associação para os próximos anos, e eleger a nova diretoria.

    Foi feito também a apresentação do relatório de atividades da gestão, onde, foram destacadas os trabalhos realizados, as conquistas, as dificuldades encontradas e os desafios. A apresentação do relatório incluiu questões como documentação, prestação de contas, articulação e escoamento de produção por meio do barco “Amireta”.

    A principal dificuldade encontrada durante a gestão foi a desistência de alguns membros da diretoria devido outras atividades. O barco Amireta, resultado de um projeto em parceria com a Fundação do Banco do Brasil, após entrega realizada em maio de 2015, se encontra com alguns problemas mecânicos, o que dificultou o escoamento da produção dos produtos das mulheres que fazem parte da AMIRT.

    Eleita a nova diretoria para 2016-2018.

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    A Assembleia elegeu a nova diretoria composta por:

    Maria Suzana Menezes Miguel – Presidente

    Maria Salete Barbosa Ribeiro – Vive Presidente

    Ozenete Lemos Castilho – 1a Tesoureira

    Carmem Lúcia da Silva Menezes – 2a Tesoureira

    Maria Jucelice – 1a Secretária

    FOIRN presente da Assembleia da AMIRT

    A Almerinda Ramos de Lima – Presidente da FOIRN, Rosilda Cordeiro/Departamento de Mulheres e Paula Menezes/Secretaria estiveram presentes na assembleia da Amirt realizado em Taracúa.

    A presidente reafirmou que o compromisso da FOIRN é lutar pelos direitos dos povos indígenas, bem como incentivar e apoiar associações indígenas para que eles se fortaleçam e desenvolvam ações que ajudem na melhoria da qualidade de vida das comunidades.

    A Coordenadora do Departamento de Mulheres, falou da importância da associação de mulheres da região de Taracúa, que há alguns anos também fez parte como diretora, para fortalecer e incentivar a continuidade de produção de cerâmica, atividade que vem sendo feito há vários anos, que foi o motivo que criou a associação. Disse ainda que, a diretoria precisa continuar firme para superar as dificuldades e não desistir, como vem ocorrendo.

    AMIRT contribuindo na sustentabilidade e valorização de conhecimentos tradicionais das mulheres Tukano.

    A Amirt desde sua fundação vem organizando e coordenando a produção de peças de cerâmicas feitas por mulheres da região de atuação. É uma das principais associações de mulheres que vendem seus produtos à Wariró – Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro.

    Com objetivo de melhorar a qualidade de produção e elaborar um plano de negócio, foi realizado uma oficina em Taracúa em janeiro deste ano, que teve como palestrante  André Baniwa, um dos idealizadores e coordenadores do projeto Pimenta Baniwa, que também colaborou com o histórico da OIBI (Organização Indígena da Bacia do Içana), na qual ele é presidente atualmente.

    > Experiência de comercialização da Pimenta Baniwa é tema de intercâmbio na Oficina de Cerâmica em Taracúa, médio Uaupés. 

    Além de contribuir na sustentabilidade, a Amirt por meio desta iniciativa vem contribuindo na valorização e transmissão dos conhecimentos tradicionais relacionados aos processos e técnicas de produção de peças de cerâmicas para a nova geração.

     

  • VII Encontro de Produtores Indígenas do Rio Negro foi realizado em Barcelos/Am

    ENCONTRO DE PRODUTORES

    O evento

    O VII Encontro de Produtores Indígenas do Rio Negro reuniu mais de quarenta participantes na sede do município de Barcelos, entre 13 a 15 de agosto, com o objetivo de discutir a política de preços dos produtos indígenas, o acesso aos programas de incentivo do governo à produção agrícola, e definição da realização do I Festival da Mandioca do Rio Negro.

    A proposta do primeiro dia foi realizar um mapeamento de iniciativas que visam promover a sustentabilidade na região, através de alternativas econômicas e geração de renda. Assim, as organizações indígenas presentes no evento apresentaram algumas iniciativas bem sucedidas já em curso – como a “Pimenta Baniwa”, o “banco Tukano” e a “Castanha da Amazônia”, produzida e comercializada pela cooperativa da reserva extrativista do Rio Uninni –, e também experiências em processo de construção e consolidação, como a Associação dos Artesãos Indígenas da Comunidade de Areal (AAICA), a Associação de artesãos da comunidade São Gabriel Mirim, no Alto Rio Negro, e o Núcleo de Artes e Cultura Indígena de Barcelos (NACIB), que desenvolvem um trabalho de organização de artesãos e artesãs para a produção de artesanatos com matérias-prima, cada uma com sua especialidade. Por exemplo, os artesãos de São Gabriel Mirim produzem artesanatos usando mais de uma matéria-prima, como tucum, sementes e arumã, ao passo que a AAICA trabalha exclusivamente com o arumã e a NACIB com a fibra de piaçaba. As ceramistas Tukano, da Associação de Mulheres Indígenas de Taracuá (Amirt), também apresentaram experiências de trabalho.

    O que define o preço dos produtos indígenas do Rio Negro.

    Um dos objetivos propostos para o VII Encontro de Produtores foi a discussão e a atualização de preços dos produtos. De acordo com Neiva Souza, Gerente da loja Wariró, da FOIRN, a última atualização da tabela de preços foi feita em 2008. Desde então a tabela usada pela loja para comprar produtos dos artesãos e artesãs indígenas é a mesma.

    Um artesão Baniwa da AAICA disse que desistiu de vender seus produtos à Loja Wariro há algum tempo, devido à defasagem nos preços e problemas na gerência. “Quando chegava para vender meus produtos na Wariró, não tinha dinheiro para a loja comprar ou as vezes deixava meus produtos para serem vendidos, mas, o dinheiro não era repassado” – lembra o artesão. Contudo, com a troca da gerência e com a nova forma de pagamento aos produtores, adotada pela loja, este artesão voltou a vender seus ali produtos, retomando a parceria e a colaboração no processo de valorização do artesanato indígena, incentivando, assim, o uso dos conhecimentos relacionados à arte indígena para geração de renda.

    O exercício de discussão e elaboração de tabelas de preços foi feito por grupos de trabalho, organizados por coordenadorias regionais. O formato de organização dos trabalhos foi proposto pelos participantes, liderados pelo mestre Clarindo Maia Tariano, um dos fundadores do NACIB. Clarindo defende que cada regional do Rio Negro vive em contextos diferentes, especialmente no que diz respeito ao custo de vida. “Hoje o frango, o peixe e todos os produtos industrializados que precisamos ou usamos nas nossas casas estão ficando caros, e porque nossos produtos continuam sendo muito baratos” – disse a professora Elizângela da Costa, da Comunidade São Gabriel Mirim, uma das líderes do movimento de artesãos da região do Alto Rio Negro.

    O que considerar para dar preço aos nossos produtos? Wilde Itaborahy e Natasha Mendes, ambos do Instituto Socioambiental, mediaram o debate introdutório para o início dos trabalhos, que terminou com tabelas de produtos e preços, que foram apresentados pelos grupos ao final do segundo dia do encontro.

    De acordo com a Gerente da Wariró, algumas propostas elaboradas pelos grupos serão incorporadas daqui por diante; outras passarão por um processo de avaliação e critério, e sofrerão alguns ajustes antes de passarem para a tabela final de preços.

    Acesso aos programas do governo

    No último dia, foram apresentados alguns programas do governo (as chamadas “Compras Públicas”), como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentação), PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e Compra Institucional.

    Contudo, a partir de questionamentos dos próprios participantes da oficina, o expositor esclareceu que, a despeito dos avanços na área, ainda há alguns obstáculos a serem vencidos antes da universalização destes programas. É necessário que os agricultores se organizem, e que estejam com sua situação fiscal regularizada, e com documentação pertinente em dia (como o DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf).

    Assim, existem desafios para que os agricultores comecem a acessar a esses programas. Um deles está relacionado com organização e documentação. O outro é a falta de cumprimento da legislação, da parte dos gestores municipais. O recurso destinado para a compra da merenda regionalizada, por exemplo, não é usado como previsto, atestaram participantes vindo dos três municípios do Rio Negro. Ainda há a questão de processos que foram iniciados e que não tiveram continuidade, ou que foram interrompidos por problemas de gestão.

    I Festival da Mandioca dos Povos do Rio Negro será em Barcelos

    Uma das pautas de discussão foi o Festival de Mandioca, proposto no sexto encontro de produtores, realizado em outubro do ano passado em São Gabriel da Cachoeira. A proposta do festival é reunir representantes de várias etnias indígenas do Rio Negro para um intercambio cultural, e dessa forma disseminar experiências e práticas relacionadas à agricultura e a roça, promovendo a valorização e a divulgação do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil em 2010 pelo IPHAN.

    Previsto para setembro de 2015, em Barcelos, o I Festival da Mandioca já tem uma pré-programação elaborada no encontro. Apresentações culturais, jogos indígenas, exposição e venda de artesanatos são as propostas iniciais de programação. E, ainda, a apresentação dos processos de fabricação dos produtos derivados da mandioca, como a farinha.

    Oficinas, palestras sobre direitos indígenas e sobre a valorização dos conhecimentos tradicionais e a conservação de biodiversidade completam a proposta o I Festival da Mandioca do Rio Negro.

  • Assembleia de Mulheres Indígenas em Iauaretê – Rio Uaupés

    A Associação das Mulheres Indígenas do Distrito de Iauaretê (AMIDI) realizou VI Assembleia Assembleia em Iauaretê nos dias 7 a 9 de julho

    Mais de 136 pessoas participaram da VI Assembleia das Mulheres Indígenas do Distrito de Iauaretê, realizado no Salão Paroquial nos dias 7 a 9 de julho, pela AMIDI em parceria com a FOIRN.

    Além de participantes vindos das comunidades de abrangência da COIDI (Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê), representantes de instituições parceiras como a FUNAI-CRRN e o DSEI/CASAI e Conselho Tutelar participaram do evento.

    As pautas do evento realizado são: Saúde da Mulher, Direitos da Mulher (Lei Maria da Penha), Concepção própria das mulheres indígenas sobre a saúde, revisão e aprovação do Estatuto da AMIDI, Alcoolismo entre os jovens da região de Iauaretê.  

    Palestras, debates e grupos de trabalho foram realizados sobre os temas discutidos no evento, que, também foi importante espaço de troca de conhecimento entre os participantes e os palestrantes.

    Nas discussões, viu-se a necessidade de realizar um encontro para discutir problemas relacionados à juventude, já que, de acordo com as discussões, o alcoolismo é um dos grandes problemas na região, especialmente na sede do distrito.

    As instituições presentes, incluindo a FOIRN junto com as associações indígenas locais, se comprometeram a buscar juntos, soluções sobre os problemas identificados e sobre as demandas encaminhadas ao final do evento.

    A Almerinda Ramos de Lima – Presidente da FOIRN e a Francinéia Fontes – Vice Coordenadora do DMIRN participaram da Assembleia.

  • VI Assembleia Geral das Mulheres do Rio Negro define metas para próximos anos e elege nova coordenação.

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    Participantes da VI Assembleia Geral das Mulheres Indígenas do RN, evento que reuniu mulheres das principais calhas do Rio Negro e dos municípios de Santa Isabel e Barcelos.

    Entre 3 a 5 de dezembro, o DMIRN (Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro), da Foirn, reuniu 50 mulheres representantes de todas as associações de mulheres indígenas do rio Negro, para avaliar a gestão 2010-2013 e elaborar propostas e plano de trabalho para próximos anos. O evento encerrou-se com a eleição da nova coordenação para 2014-2016.

    Elas estão desde o inicio do Movimento Indígena do Rio Negro.

    O vídeo da Assembleia Geral dos Povos do Rio Negro que resultou na criação da Foirn em 1987, mostra como as mulheres sempre estiveram presente na luta pelos direitos,  pela demarcação das terras, pela saúde, educação escolar indígena desde o inicio. Mas, nem sempre tiveram um espaço especifico para  discutir e debater assuntos de interesse delas. Com a criação do Departamento em 2002, resultado de lutas pela busca de espaço do movimento, muita coisa mudou.

    Para as jovens que estão começando a fazer parte da luta, a apresentação da linha do tempo do DMIRN, durante a VI Assembleia Eletiva foi uma viagem no tempo, para conhecer e entender a causa da luta, que se confunde com a luta dos povos do rio Negro. “Falar da luta das mulheres indígenas, e falar do Movimento Indígena do Rio Negro” – destacou o ex-diretor Domingos Barreto, atual Coordenador do CRRN-Funai, um dos convidados para compor a mesa de abertura, que aproveitou o momento para relatar e compartilhar a lutas das mulheres.

    Ainda que com dificuldades, o Departamento veio para fortalecer e organizar a luta, através de realização de encontros, assembleias e oficinas de formação sobre temas de interesse. Uma das conquistas dessa mobilização e fortalecimento, foi a eleição da primeira mulher presidente da própria federação no ano passado, que também foi lembrado na assembleia.

    O evento

    Associação de mulheres da região do Icana, do Tiquie, do Baixo e Alto Waupes, dos municípios de Santa Isabel e Barcelos participaram da Assembleia, que teve como pautas: – Apresentação do relatório de atividade do DMIRN e perspectiva de futuro; – Apresentação FUNAI- Apoio financeiro de apoio da questão de gênero; – Palestra sobre cuidado da saúde da mulher com profissionais de saúde do DSEI e Eleição de novas representantes do DMIRN (discursos, votação, apuração e posse). 

    Os debates geraram em torno do significado e importância da mulher na cultura indígena. ” Nao se deve apenas buscar melhorar e fortalecer a luta politica baseado em conhecimentos dos brancos, a luta precisa ter uma base, e isso, deve ser feito a partir do valor , significado e da importância da mulher na sociedade indígena” – disse Renato Matos, diretor da Foirn na abertura. 

    Houve um espaço de debate apos a cada apresentação feita, onde tiveram a oportunidade de avaliar, criticar e propor melhorias para próxima gestão. E a dinâmica da reunião possibilitou o exercício de elaboração de propostas nos grupos de trabalho e a inclusão destes como temas que irão fazer parte do plano de trabalho nos próximos anos.

    Retomada das iniciativas paralisadas  e fortalecimento das que continuam sendo feitas, como produção de cerâmica, tucum e artesanatos de piaçava, foram apontados como objetivos dos planos de trabalhos de cada associação. No âmbito do Rio Negro, foram propostos eventos de intercambio e de formação em temas como direitos da mulher, saúde e como também sobre elaboração e gestão de projetos.

    Os resultados dos GTs  gerou series de demandas, principalmente ligadas ao fortalecimento institucional das associações de mulheres, das iniciativas e como também fortalecimento do DMIRN, que foram apresentadas na Reunião do Comitê Regional do Rio Negro da Funai, realizado nos dias 5 a 7/12.

    Eleita a nova Coordenação para Gestão 2014-2016.

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    Da esq. para dir. Rosilda Cordeiro e Francineia B. Fontes coordenadoras eleitas para gestão 204-206 na VI Assembleia Geral, realizadas entre os dias 3 a 5 de dezembro.

    Das quatro candidatas apresentadas pelas associações presentes, Rosilda Maria Cordeiro da etniaTukano  foi eleita coordenadora e  Francinéia Fontes da etnia Baniwa eleita vice-coordenadora para a gestão 2014-2016. Eleitas em 2010, na V Assembleia Geral Rosane Cruz e Anair Sampaio, deixam o DMIRN. “Entrei no movimento sem experiencia e pequena, em três anos aprendi muito, viajei e conheci realidades e culturas diferentes. Agora deixo o DMIRN, mas, continuarei sendo a liderança que me tornei” – concluiu a Rosane Cruz que foi elogiada pelas realizações e conquistas durante a gestão de três anos.

    Muitos desafios aguardam as novas coordenadoras, como por exemplo, para atender as demandas das associacoes de mulheres, no que diz respeito ao fortalecimento institucional delas e de acompanhamento, que se resume em manter presença nas bases.  Mas, a nova Coordenadora, prof. Rosilda deixou claro que esta pronta para continuar o trabalho e de que os desafios existem para ser superados. ” Estamos prontas para o trabalho, vamos usar a experiencia que temos para dar continuidade dos trabalhos já iniciados” – disse depois de ser eleita coordenadora com 16 votos.

    As duas tem uma longa historia e larga experiencia de atuação como dirigentes de associação. A nova coordenadora, até ao final do ano preside a Associação de Mulheres Indígenas de Taracuá (Medio Waupes) e a vice-coordenadora também e presidente da Associação de Mulheres Indígenas Baniwa (da comunidade de Assunção do Içana).

    Portanto, que venham os desafios, por que elas, estão prontas para a luta! ” é um dia histórico para o movimento indigena do Rio Negro, é mais uma conquista das Mulheres rionegrinas” – resumiu a Presidente da Foirn, Almerinda Ramos no encerramento do evento.