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  • Parque Nacional do Pico da Neblina – YARIPO está com o Edital 002/2023 disponível

    No dia 25/09, o Instituto Chico Mendes de Conservação da
    Biodiversidade (ICMBio) abriu  processo de credenciamento para pessoas
    jurídicas interessadas na prestação de serviços de operação turística no
    Parque Nacional Pico da Neblina, localizado no Amazonas.

    O edital foi anunciado pelo presidente do ICMBio, Mauro Pires, durante abertura
    da 2ª Edição do Congresso Brasileiro de Trilhas. O credenciamento é para
    operadoras turísticas com experiência em ecoturismo e perfil de base
    comunitária.

    Equipe Yanomami de saída para a primeira expedição turística de 2023 ao
    Yaripo. Foto: Lana Rosa/ISA


    Yaripo, nome Yanomami para o Pico da Neblina, quer dizer “casa dos ventos”,
    sendo um local sagrado para o povo Yanomami. Após 7 anos de preparação
    das comunidades de Maturacá o projeto de ecoturismo Yanomami começou a
    receber visitantes e realizar expedições ao Yaripo em 2022. O projeto é uma
    realização das associações Yanomami AYRCA e AMYK, e tem como parceiros
    a FOIRN, o ISA, a FUNAI e o ICMBio.
    Devido a sobreposição da TIY e do PARNA Pico da Neblina as empresas
    interessadas em trabalhar junto com os Yanomami precisam passar pelo
    credenciamento realizado pelo ICMBio. Além da análise documental e de todas
    as comprovações exigidas pelo edital as empresas que forem aprovadas para
    a segunda fase do credenciamento vão passar também por um momento de
    avaliação junto as associações Yanomami. O credenciamento é para o período
    de 26 meses, com possibilidade de renovação e a atividade turística
    desenvolvida em parceria com os Yanomami segue a regulamentação da
    FUNAI para turismo em TI, além do plano de visitação com roteiro desenhado
    pela própria comunidade.

    Aldeia Ariabu e Serra Opota. Foto: Daniel Del Rei – @habitat.geo


    O Plano de Visitação Yaripo – Ecoturismo Yanomami assegura o protagonismo
    dos Yanomami na gestão do ecoturismo e, neste sentido, as operações
    turísticas autorizada contam com o envolvimento direto dos indígenas na
    prestação dos diferentes serviços previstos. Assim, as
    operadoras interessadas participam como parceiras, divulgando e realizando a
    venda dos pacotes, contribuindo na formação dos Yanomami para a atividade
    turística e promovendo o turismo de base comunitária junto com os indígenas.
    Os interessados em participar do processo de habilitação e credenciamento
    deverão atender às especificações constantes no edital, que está disponível
    em na página do ICMBio ( edital Parque Nacional Pico da Neblina). A primeira
    fase de envio de documentos e habilitação vai até o dia 06 de outubro.

    Acesse este Link para o edital

  • Um marco histórico! O livro escrito por mulheres indígenas do Rio Negro foi lançado durante a III Marcha em Brasília

    Um marco histórico! O livro escrito por mulheres indígenas do Rio Negro foi lançado durante a III Marcha em Brasília

    A III Marcha das Mulheres Indígenas é uma importante mobilização que busca dar voz e visibilidade às demandas das mulheres indígenas do país. Este ano com o tema “Mulheres Biomas em defesa da Biodiversidade através das Raízes ancestrais”, onde elas mostram o protagonismo feminino na luta pela preservação da biodiversidade e na defesa dos direitos dos povos indígenas.

    Foto: Reprodução

    O lançamento deste livro é uma conquista importante para a literatura indígena no Brasil. As mulheres indígenas têm sido historicamente marginalizadas e suas vozes frequentemente silenciadas. A publicação deste livro é um passo significativo em direção à valorização da cultura e dos saberes indígenas.

    Foto: Reprodução

    Algumas das autoras deste livro são lideranças em suas comunidades e têm lutado por direitos territoriais, preservação ambiental e igualdade de gênero. Suas histórias refletem as experiências e vivências das mulheres indígenas do Rio Negro, suas tradições, seus desafios e suas perspectivas.

    Foto: Reprodução

    Entre os temas abordados no livro estão a relação com a natureza, a maternidade, a ancestralidade, a violência contra as mulheres, a espiritualidade e a resistência indígena. Através da escrita, essas mulheres reivindicam seu lugar na sociedade e afirmam sua identidade cultural.

    É importante que mais livros escritos por mulheres indígenas sejam publicados e valorizados. A literatura é uma forma de resistência e de afirmação cultural, e as vozes indígenas devem ser ouvidas e respeitadas. Este livro é um marco histórico, mas também é um convite para que mais histórias sejam contadas e para que a diversidade cultural do Brasil seja celebrada.

    Nesse sentido, é fundamental destacar a relevância da participação de mais 41 mulheres lideranças indígenas, representantes das cinco Coordenadoria regionais, da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).

    Em celebração aos 20 anos do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro, as mulheres indígenas lançarão seu primeiro livro “Mães do DMIRN – Conquistas e Desafios” e o site institucional.

    O histórico (https://dmirn.foirn.org.br/quem-somos/) foi feito pela liderança Cecília Albuquerque desde a criação e o objetivo do departamento que representa as Associações de mulheres indígenas, além de articular e coordenar reuniões encontros de interesse das mulheres e elaborar projetos, agendas e planejamentos a partir da reivindicação das mulheres.

    Foto: Reprodução

    Em parceria com organizações públicas e da sociedade civil, as mulheres rionegrinas representadas pelo DMIRN e associações de base, estão engajadas na luta: por equidade de gênero; pelo enfrentamento da violência de gênero; para o fortalecimento das políticas e práticas indígenas de cuidado; e pelo protagonismo feminino em espaços de decisão, tanto no contexto indígena, quanto na sociedade não-indígena.

    Este é um marco importante para a comunidade indígena do Rio Negro, especialmente para as mulheres que lutam por seus direitos e preservação de sua cultura. Além dos projetos mencionados anteriormente, há outras iniciativas que o Departamento de Mulheres Indígenas vem conduzindo:

    • O fortalecimento da agricultura familiar, uma vez que a produção de alimentos é fundamental para a sobrevivência das comunidades;
    • A realização de oficinas e cursos de capacitação para as mulheres, a fim de promover a autonomia financeira e a valorização de seus saberes tradicionais;
    • A articulação com outras organizações e movimentos sociais para ampliar a luta pelos direitos indígenas e a proteção do meio ambiente;
    • A participação em eventos e encontros nacionais e internacionais para divulgar a cultura indígena e sensibilizar a sociedade sobre as questões enfrentadas pelas comunidades.
    Foto: Reprodução

    O lançamento do livro, do documentário RIONEGRINAS e do site institucional é uma forma de registrar a história e as lutas do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro, além de ampliar a visibilidade dessas mulheres e sua contribuição para a sociedade. É um momento de celebração e reconhecimento do trabalho dessas guerreiras, que enfrentam diariamente o preconceito e a discriminação, mas que não desistem de lutar por seus direitos e pelos direitos de seus povos.

    Alguns pontos que merecem destaque são:

    • O papel fundamental das mulheres indígenas na manutenção da cultura e dos conhecimentos tradicionais das comunidades;
    • A necessidade de se valorizar a participação feminina em eventos e espaços de discussão, uma vez que as mulheres muitas vezes são excluídas ou sub-representação nessas situações;
    • A importância da preservação dos biomas da região amazônica, que são essenciais para a manutenção da vida no planeta;
    • A luta pelos direitos dos povos indígenas, que enfrentam constantes ameaças e violações em seus territórios, muitas vezes por interesses econômicos de grandes empresas e do agronegócio;
    • A necessidade de se reconhecer e respeitar a diversidade cultural e étnica do país, garantindo o direito à autodeterminação dos povos indígenas e o respeito aos seus modos de vida e tradições.
    Foto: Reprodução

    Entre as principais reivindicações das mulheres indígenas na marcha, estão o combate ao racismo e ao machismo, a defesa dos direitos territoriais e ambientais das comunidades indígenas, além da garantia de acesso à saúde, educação, trabalho e renda. É importante destacar que essas demandas são fundamentais para a garantia da dignidade e da cidadania dessas mulheres, que muitas vezes enfrentam situações de vulnerabilidade e exclusão.

    Além disso, a III Marcha das Mulheres Indígenas também é um momento de celebração da cultura e da diversidade dessas comunidades. As mulheres indígenas trazem consigo saberes ancestrais e uma forma de estar no mundo que deve ser valorizada e respeitada pela sociedade como um todo.

    Por fim, é importante destacar que a luta por direitos e igualdade não é exclusiva das mulheres indígenas, mas sim de toda a sociedade brasileira. A participação ativa e engajada na III Marcha das Mulheres Indígenas é uma forma de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, que respeite e valorize as diferenças e diversidades culturais do país.

    Parceiros: Funai, Isa, Ufam, Greenpace

    Apoio: Nia Tero, Bezos, RFN          

  • Celebrando a Riqueza das Línguas Indígenas Aruak no I Seminário

    Nosso mundo é uma tapeçaria tecida com inúmeras línguas e culturas, e é com imensa alegria que compartilhamos a jornada de celebração da diversidade linguística no I Seminário das Línguas Indígenas Aruak. Realizado no distrito de Cucuí, esse evento marcante, apoiado pela FOIRN, FUNAI e DSEI/ARN, e com a valiosa participação da EEITAJ – Escola Estadual Indígena Tenente Antônio João e suas salas anexas, nos imergiu nas raízes e identidades que compõem a nossa nação.

    Cerca de 300 pessoas se reuniram para testemunhar as apresentações das diversas escolas, que representaram etnias como Baré, Baniwa, Kerekena e muitas outras. Cada escola trouxe consigo não apenas palavras, mas também histórias, tradições e perspectivas que ressoam através das gerações. Este seminário foi uma oportunidade única para mergulhar nas profundezas das línguas, que são verdadeiros tesouros culturais.

    A presença dos alunos de Assunção do Içana, coordenados pela NADZOERI e CAIBARNX, acrescentou uma dimensão interconectada a esse seminário. O compartilhamento de conhecimento transcendeu as fronteiras geográficas, unindo comunidades e fortalecendo os laços entre as próximas gerações.

    A celebração da diversidade linguística é um ato de respeito tanto pelo passado quanto pelo futuro. Essa jornada nos lembra da importância de preservar línguas ancestrais e nos desafia a apreciar a complexidade e a profundidade das culturas indígenas que moldaram e continuam a moldar nossa sociedade.

    Nossos corações transbordam de gratidão por todos que colaboraram para tornar esse evento uma realidade. Cada voz, cada gesto de apoio, trouxe luz a essa celebração da herança Aruak. Unidos, trilhamos um caminho de compreensão mútua e respeito, honrando as raízes que nos definem e abraçando o futuro com a riqueza da diversidade.

    O I Seminário das Línguas Indígenas Aruak transcendeu as palavras e se transformou em uma celebração profunda da herança cultural que enriquece nossa nação. Ao reunir comunidades, escolas e organizações em torno da riqueza das línguas indígenas, esse evento ecoou como um lembrete poderoso de que nossa diversidade é um tesouro inestimável.

    Enquanto celebramos o sucesso desse seminário, também olhamos para o horizonte com esperança e determinação. A preservação e promoção das línguas indígenas são uma responsabilidade compartilhada, uma forma de honrar nossos ancestrais e assegurar que as futuras gerações possam se conectar com suas raízes.

    Agradecemos a todos que desempenharam um papel fundamental na realização desse evento inspirador. Cada presença, cada palavra compartilhada, fortaleceu os laços entre as diferentes culturas e reforçou nosso compromisso com a interculturalidade e o respeito mútuo.

    À medida que seguimos adiante, continuaremos a celebrar, apreciar e preservar a riqueza das línguas indígenas Aruak e de todas as outras que compõem o mosaico da nossa nação. Juntos, construímos um futuro no qual todas as vozes são valorizadas e todas as culturas são celebradas.

  • Recapitulando uma Jornada Inspiradora: Roda de Conversa na Casa do Saber FOIRN

    No coração da floresta, o conhecimento floresceu durante um evento extraordinário na Casa do Saber FOIRN. Com o apoio vital da EDS-Expedicionários da Saúde, SESAI, DSEI/ARN, DMIRN/FOIRN e FUNAI, celebramos um encontro profundamente significativo: “Mulheres da Floresta e a Atenção Intercultural”. Esta foi uma exploração enriquecedora das vozes femininas que ecoam nas florestas, um tributo à interculturalidade na atenção à saúde e uma celebração da diversidade.

    A troca de experiências e saberes foi o fio condutor desse evento, e eletrizou nossos corações e mentes. A interação entre diferentes culturas, visões e vozes refletiu a riqueza da diversidade que enriquece nossa floresta. Nossa jornada não foi apenas em direção ao conhecimento, mas também em busca de um entendimento mais profundo das mulheres que são pilares essenciais em nossas comunidades.

    Expressamos nossa gratidão a todas as participantes, palestrantes e organizações envolvidas, cuja presença iluminou este encontro. A contribuição de cada indivíduo tornou este evento memorável e inspirador. Continuamos unidos em nossa missão de promover o diálogo construtivo, a compreensão mútua e o fortalecimento das mulheres que desempenham papéis vitais na preservação de nossas tradições e no tecido de nossas comunidades.

    Este evento é apenas uma semente que plantamos, e estamos ansiosos por colher os frutos. Mantenham-se atentos a mais iniciativas empolgantes que visam construir um futuro de respeito, cooperação e harmonia. Juntos, moldamos um amanhã em que as vozes das mulheres e a interculturalidade florescem, ecoando em cada canto da floresta e além.

    A Roda de Conversa na Casa do Saber FOIRN ecoou com sabedoria, diversidade e inspiração. Com o respaldo das parcerias e da dedicação das participantes, reafirmamos nosso compromisso com a celebração das mulheres da floresta e com a promoção de um ambiente intercultural que valoriza cada voz. Cada passo que damos nos leva mais perto de um mundo harmonioso e inclusivo, enraizado nas tradições e na resiliência das mulheres que moldam nossa história.

  • Conectando Comunidades: FOIRN e Curicuriari Lodge Expandem o Acesso à Internet com Antenas Starlink

    A era da transformação digital está alcançando até as comunidades mais remotas da Amazônia! A FOIRN tem o prazer de anunciar um passo crucial em seu projeto de conectividade para as comunidades Tumbira, Inebu, São Jorge e Curicuriari. Em colaboração com o Curicuriari Lodge, a instalação de antenas Starlink está em pleno andamento, trazendo o poder da internet para essas regiões distantes e abrindo portas para conhecimento, educação e desenvolvimento sustentável.

    Legenda da foto: Starlink instalada na comunidade Tumbira.

    Em cooperação com o Curicuriari Lodge, a FOIRN está promovendo uma transformação digital que transcende a conectividade. As antenas Starlink estão se tornando um veículo para conectar pessoas e para inspirar o crescimento e o progresso. As comunidades Tumbira, Inebu, São Jorge e Curicuriari, que fazem parte do projeto da associação indígena ARKO IWI, estão sendo beneficiadas diretamente por essa iniciativa ousada.

    Legenda da foto: Starlink instalada na comunidade Inebu.

    Cada antena Starlink é muito mais do que uma tecnologia. Ela é um vínculo poderoso entre o presente e o futuro, encurtando distâncias geográficas e abrindo oportunidades sem precedentes. Com essa iniciativa, a FOIRN está demonstrando sua fé inabalável nas comunidades locais, investindo no potencial dessas regiões para se desenvolverem e prosperarem.

    Legenda da foto: Starlink instalada na comunidade São Jorge.

    O sucesso desse projeto é resultado da colaboração entre parceiros, membros das comunidades e apoiadores. Juntos, eles tornaram realidade a visão de um futuro mais conectado, inclusivo e brilhante. A FOIRN agradece a todos que contribuíram para fazer dessa transformação digital uma realidade tangível.

    Legenda da foto: Starlink instalada na comunidade Curicuriari.

    A instalação das antenas Starlink em parceria com o Curicuriari Lodge é um passo notável na jornada da FOIRN para trazer a conectividade às comunidades remotas da Amazônia. Essa iniciativa não apenas conecta pessoas, mas também conecta esperanças e possibilidades. À medida que olhamos para o horizonte, vemos um futuro de desenvolvimento sustentável, conhecimento compartilhado e crescimento coletivo. A FOIRN reafirma seu compromisso com esses ideais e continua a pavimentar o caminho para um amanhã mais brilhante e conectado.

  • Unidos por um Propósito: Fortalecendo o Movimento Indígena na Região COIDI

    É com grande alegria que compartilhamos mais um capítulo significativo de nossa jornada em defesa e apoio aos membros de nossa querida comunidade. Nossa aliança abrangente, que une a FOIRN, FUNAI/ARN, DSEI/ARN, SEMAS/SGC e o Cartório Camargo Carvalho de SGC, está em pleno progresso na região da COIDI. Este é um passo em direção a garantir a preservação de nossas histórias, tradições e direitos por meio de documentações essenciais.

    Nosso propósito é inequívoco – cada indivíduo de nossa comunidade merece ter acesso às documentações que validam nossa identidade, tradições e direitos. Essa missão é movida pela convicção de que somente através da garantia dessas documentações, podemos reforçar nossas vozes e nossos valores.

    A colaboração entre diversas entidades é um testemunho do nosso compromisso inabalável em fortalecer e proteger o movimento indígena. Cada passo que damos é uma prova do poder da união e solidariedade. Estamos dedicando nossos recursos e esforços para atender às necessidades imediatas de nossos parentes, porque acreditamos que o progresso autêntico só é alcançado quando todos caminham juntos.

    Legenda da foto: Amaro Marques, da comunidade Santa Cruz do Turí no rio Japú foi o primeiro a tirar certidão de nascimento.

    Nosso comprometimento é a força propulsora que nos guia nessa jornada. Convidamos você a se unir a nós nessa missão, disseminando conscientização, apoio e empatia. Juntos, somos a mudança que desejamos ver. Cada indivíduo que se une a essa causa está contribuindo para a criação de um futuro mais justo, inclusivo e respeitoso.

    A parceria entre a FOIRN, FUNAI/ARN, DSEI/ARN, SEMAS/SGC e o Cartório Camargo Carvalho de SGC é um reflexo concreto do nosso compromisso coletivo em proteger nossa herança e nossos direitos. À medida que avançamos nessa jornada, mantemos a chama acesa da solidariedade, resiliência e esperança. Convidamos todos a se unirem a nós, pois, juntos, somos capazes de alcançar transformações reais e duradouras.

  • Formatura do curso da língua indígena NHEENGATU

    Em meio a um mundo em constante evolução, encontramos uma conexão profunda e essencial com nossa herança cultural e linguística. O Nheengatu, língua ancestral destas terras, é muito mais do que um conjunto de palavras – é um elo com nossos antepassados e a natureza que nos envolve. Nossa jornada para fortalecer essa língua é uma homenagem à nossa história, à nossa ligação com a terra e à nossa identidade singular.

    A língua Nheengatu, descendente do tupi antigo, é um tesouro que vai além das palavras. Cada expressão, cada inflexão carrega consigo as memórias das gerações passadas e moldou a maneira como vemos o mundo. À medida que avançamos na era moderna, é vital lembrar a importância de manter acesa a chama dessa herança linguística.

    No sábado, 19 de agosto, às 19h, a sede da ASIBA foi palco de um momento de celebração e realização. A formatura de 19 jovens indígenas do curso de Nheengatu ocorreu, marcando um marco importante na jornada de preservação da língua e da cultura. O evento foi prestigiado por figuras notáveis, incluindo a Dra. Tamires, Juíza do Município de Barcelos, Flávia, Gerente do Banco do Brasil, Marilene, Presidente da ASIBA, José Ribamar, Chefe da CTL FUNAI, Alcimara, Coordenadora Acadêmica do CETAM Barcelos, Professor Agripino e participação remota de Marivelton Baré, Presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN, além de lideranças indígenas.

    A celebração não se limitou às palavras – as danças tradicionais do grupo da comunidade de Cauburis do baixo Rio Negro também preencheram o ambiente com a energia das tradições ancestrais. A formatura reuniu mais de 150 pessoas, entre familiares e convidados, todos reunidos para celebrar não apenas os formandos, mas a perseverança da cultura e língua Nheengatu.

    A formatura dos jovens indígenas no curso de Nheengatu é um testemunho vivo do nosso compromisso em manter viva a riqueza linguística e cultural. Cada passo nessa jornada é um tributo à nossa história, à nossa ligação com a terra e ao legado que herdamos. À medida que honramos nosso passado, também construímos um futuro enraizado em nossa identidade única. Nossa língua é mais do que comunicação – é a essência da nossa existência e a chave para preservar o que somos para as gerações vindouras.

  • Unindo Saberes e Fortalecendo Identidades: Encontro dos Pajés na Comunidade Karuru do Tiquié

    Entre os dias 14 e 17 de agosto, uma ocasião única e rica em significado tomou lugar na comunidade Karuru do Tiquié: o encontro dos pajés. Esse evento foi uma oportunidade para renovar e fortalecer os conhecimentos tradicionais, repassar saberes aos jovens e solidificar parcerias essenciais para a luta contínua. Liderados pelo respeitado pajé Sr. Nazareno, representante do Povo Tukano, e outros líderes da região do alto Tiquié, o encontro foi um marco de união e preservação cultural.

    O principal propósito do encontro foi estabelecer uma ponte entre as gerações, transmitindo saberes ancestrais às mentes jovens. O trabalho incansável dos pajés e líderes foi apoiado por diversas instituições que também compartilham a visão de preservação e promoção da cultura indígena. A presença do CONDISI, DSEI/RN, FUNAI e FOIRN trouxe à tona a relevância das parcerias na defesa dos conhecimentos tradicionais e na busca pela prosperidade das comunidades indígenas.

    No decorrer do encontro, uma verdadeira riqueza de saberes foi compartilhada. A transmissão das tradições ancestrais às novas gerações garante que os laços culturais e espirituais permaneçam vivos e fortes. Além disso, a presença e apoio das instituições parceiras destacam a importância do trabalho coletivo em prol dos direitos e interesses dos povos indígenas da região.

    O encontro dos pajés na comunidade Karuru do Tiquié não foi apenas um evento; foi um marco na preservação e renovação dos saberes tradicionais. A troca de experiências, a promoção da identidade cultural e o esforço conjunto para proteger territórios e tradições indígenas consolidam-se como um testemunho poderoso da união entre líderes, pajés e parceiros institucionais. Esta aliança é fundamental para manter vivo o patrimônio cultural e para continuar a batalha pelos direitos dos povos indígenas.A imagem capturada por Plínio Guilherme, da rede de comunicadores indígenas do rio negro – WAYURI/FOIRN, encapsula o espírito e a importância do encontro dos pajés na comunidade Karuru do Tiquié. Esse evento reflete uma jornada de unidade, preservação e renovação de saberes que transcende gerações. À medida que líderes, pajés e instituições parceiras se unem, fortalecem o compromisso com a proteção da riqueza cultural e espiritual dos povos indígenas, guiados pela herança do passado e pela promessa do futuro.

  • Conquistando História: Primeiro Formando Indígena da Unicamp em Barão Geraldo

    Em um momento que ecoa na trajetória da educação superior brasileira, celebramos uma conquista histórica que resplandece a luta pela inclusão e valorização das culturas indígenas. Jeovane Ferreira Lima, membro do povo Tariano e ingressante da pioneira turma do vestibular indígena 2019 da Unicamp, emerge como um símbolo de resiliência e superação. Ao concluir sua jornada acadêmica, ele se torna o primeiro indígena a graduar-se no campus de Barão Geraldo, um marco que nasceu do incansável esforço das lideranças do Movimento Indígena do Rio Negro.

    Natural da comunidade de Nova Esperança, situada às margens do Rio Médio Uaupés, no Município de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Jeovane Ferreira Lima traz consigo as raízes profundas do povo Tariano. Sua jornada acadêmica se desdobrou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde ele trilha um caminho duplo: graduando-se em Comunicação Social – Midialogia e também perseguindo um mestrado em Artes Visuais, com foco na linha de pesquisa “História, Teoria e Crítica”.

    O vestibular indígena da Unicamp transcende meramente a concessão de oportunidades educacionais. Ele simboliza o compromisso da universidade com a valorização das distintas culturas que compõem o mosaico brasileiro. Ao abrir suas portas para estudantes indígenas, não apenas diversifica os saberes presentes no ambiente acadêmico, mas também resguarda e promove as tradições e sabedorias ancestrais dessas comunidades.

    Jeovane Ferreira Lima não apenas carrega consigo um diploma acadêmico, mas também tece um legado que reverberará por gerações. Sua conquista corrobora que a educação, quando acessível e inclusiva, é uma ponte poderosa para a construção de futuros brilhantes. Sua jornada representa um marco na história da Unicamp e ecoa na batalha constante pelo reconhecimento das vozes indígenas em todos os setores da sociedade.

    A formatura de Jeovane Ferreira Lima, como o primeiro indígena a concluir sua jornada acadêmica no campus de Barão Geraldo, ressoa como um testemunho da perseverança das comunidades indígenas e do poder da educação inclusiva. A Unicamp, por meio de seu vestibular indígena, lança um farol brilhante sobre a importância de reconhecer, honrar e valorizar a riqueza das culturas indígenas em nossa sociedade. O legado de Jeovane é uma inspiração para todos nós, um lembrete de que o conhecimento é uma ferramenta poderosa para a mudança e a preservação das tradições que enriquecem nossa nação.

  • Operação Ya-Mirim: Um Passo Enérgico na Defesa da Amazônia

    No coração da densa selva amazônica, uma notável colaboração entre a Polícia Federal, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) resultou em uma operação marcante – a Operação Ya-Mirim. Realizada no Parque Nacional do Pico da Neblina, no interior do Amazonas, entre os dias 8 e 15 de agosto, essa ação exemplifica um esforço unificado e essencial para combater os crimes ambientais que têm assolado a região.

    A importância das parcerias entre a Polícia Federal, o ICMBio e a FUNAI não pode ser subestimada. A combinação de seus recursos e expertise cria uma sinergia que se traduz em resultados mais eficazes no enfrentamento de atividades ilícitas, como desmatamento, garimpo e caça ilegal. Através dessa colaboração interinstitucional, as autoridades estão enviando uma clara mensagem de que estão dispostas a trabalhar em conjunto para preservar os preciosos recursos naturais e proteger as populações indígenas que dependem deles.

    A Operação Ya-Mirim concentrou seus esforços no monitoramento do Parque Nacional do Pico da Neblina, uma joia da biodiversidade com uma importância ecológica sem igual. Essa iniciativa não apenas reafirma o compromisso com a proteção das áreas mais sensíveis da Amazônia, mas também destaca a necessidade de agir de forma proativa. Ao abordar a presença de moradores em áreas protegidas, detectar focos de desmatamento e confrontar a ameaça constante dos garimpeiros, essa operação ilustra um entendimento profundo das adversidades enfrentadas por essas regiões e a determinação de enfrentá-las com vigor.

    A Operação Ya-Mirim ecoa além das densas árvores da Amazônia – ela representa um marco na luta contra os crimes ambientais. Através da colaboração corajosa entre a Polícia Federal, o ICMBio e a FUNAI, estamos testemunhando uma abordagem que promete proteger não apenas a riqueza natural da região, mas também as culturas e modos de vida das populações indígenas que chamam a Amazônia de lar. À medida que refletimos sobre a Operação Ya-Mirim, somos lembrados da imensa responsabilidade que todos compartilhamos em preservar e defender esse ecossistema vital para as gerações presentes e futuras.