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  • NOTA DE PESAR| A liderança Braz França Baré, deixa um legado ao movimento indígena do Rio Negro.

    NOTA DE PESAR| A liderança Braz França Baré, deixa um legado ao movimento indígena do Rio Negro.

    Hoje, 27 de julho de 2023 é um dia triste para o movimento indígena do Rio Negro, pois com grande pesar que noticiamos aos 77 anos o falecimento de uma das grandes e importantes lideranças, Braz de Oliveira França do povo Baré, foi diretor presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) por dois mandatos consecutivos, era conhecido por coordenar o processo de fortalecimento institucional da FOIRN, o mesmo foi um dos maiores articuladores e mobilizadores de seus parceiros.

    Sua morte inesperada nos entristece profundamente, e estávamos torcendo pela sua total recuperação. Sua partida deixará uma lacuna imensa no movimento indígena, pois ele foi uma figura essencial na luta pelos direitos e pela preservação da cultura e dos valores tradicionais.

    Ao longo de sua vida, ele dedicou-se incansavelmente à defesa dos direitos dos povos indígenas, lutando contra a exploração e a destruição do meio ambiente e das terras indígenas. Sua liderança e sabedoria eram reconhecidas por todos que o conheciam, e sua voz será profundamente sentida na região do Rio Negro.

    Apesar da tristeza que sentimos por sua partida, devemos honrar sua memória e continuar lutando pelos ideais que ele defendeu durante toda a sua vida. Que sua mensagem de esperança e seu legado de compromisso e dedicação, Braz França Baré será sempre lembrado como um líder corajoso e inspirador, cuja luta continuará a inspirar gerações futuras.

    18/101946 – 27/07/2023

  • TERMO DE REFERÊNCIA| Foirn abre o processo Seletivo 002/2023 para Contratação de Advogado (a) Indígena

    TERMO DE REFERÊNCIA| Foirn abre o processo Seletivo 002/2023 para Contratação de Advogado (a) Indígena

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) é uma associação civil sem fins lucrativos, sem vinculação partidária ou religiosa, fundada em 30 de abril de 1987. Com a missão de defender os direitos dos povos indígenas do Rio Negro, é composta de 91 associações indígenas de base que representam cerca de 750 comunidades e sítios. Sua área de abrangência corresponde a 250 mil km2, onde vivem mais de 50 mil indígenas, pertencentes a 23 grupos étnicos, representantes das famílias linguísticas Tukano Oriental, Aruak, Naduhupy e Yanomami.

    Torna público o processo seletivo 002/2023 para contratar um(a) profissional de nível superior, preferencialmente indígena que fale ou entenda alguma língua originária da área de abrangência da região do Rio Negro, para atuar na área jurídica com vistas a desenvolver serviço de assessoria jurídica na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN e suas organizações indígenas filiadas, na defesa dos direitos indígenas.

    O profissional terá como função prestar serviços de assessoria técnico-jurídica à FOIRN para fins de cumprimento da missão institucional da Federação de acordo com o Estatuto e Regimento Interno da instituição, assim como realizar a representação judicial e extrajudicial da FOIRN em ações em defesa dos
    direitos indígenas, trabalhistas, cíveis, e outras áreas afins.
    O(a) advogado(a) deverá atuar também de forma consultiva, dando suporte interno à Diretoria, Conselho Fiscal, Departamentos e demais Setores da instituição.

    INSCRIÇÕES SOMENTE VIA E-MAIL:
    Os interessados devem seguir o seguinte procedimento:

    1. O(a) candidato(a) deverá possuir em formato PDF os seguintes documentos:
      i. Currículo com foto atualizada;
      ii. Carta de Motivação justificando interesse e capacidades para o trabalho de acordo com os
      requisitos demandados (máximo de 2 páginas);
      iii. Contatos de pelo menos dois profissionais que possam fornecer referências sobre o (a)
      candidato(a) sem vínculo de parentesco.
    2. O (a) candidato(a) deverá enviar os documentos no período de 25/07/2023 a 30/07/2023 (até às
      00:00h) para o e-mail: rh@foirn.org.br, no assunto da mensagem deve constar: “Candidato (a)
      Advogado (a)”
    3. Caso o(a) candidato(a) siga as instruções acima, este receberá e-mail confirmando a inscrição.
    4. Somente serão convocados os(as) candidatos(as) que tiverem seus currículos e carta de motivação
      selecionados para fase de teste (teórico e prático) e entrevista.

    Para mais informações, acesse aqui o Termo de Referência.

  • SAÚDE INDÍGENA| FOIRN em compromisso e parceria com o DSEI-SESAI para melhor atendimento aos povos indígenas.

    SAÚDE INDÍGENA| FOIRN em compromisso e parceria com o DSEI-SESAI para melhor atendimento aos povos indígenas.

    Neste domingo, 23 de julho foi realizado uma reunião com lideranças locais no Distrito de Iauaretê com o objetivo de discutir planos para construção de um Pólo base da saúde indígena.


    Foram reunidos representante de instituições bem  como a FOIRN, DSEI/ARN-SESAI, vereadores e outras associações e lideranças locais, onde compartilharam suas opiniões e sugestões para garantir que o novo polo base atenda às necessidades e demandas da comunidade de forma eficiente e eficaz.

    Foram abordados temas como a infraestrutura necessária, o fornecimento de serviços de saúde e assistência social, bem como a importância da preservação e valorização da cultura indígena.

    Essa reunião foi de extrema importância, pois permitiu que diferentes atores discutissem e contribuíssem para a construção de um novo polo base que atenda aos interesses e necessidades das comunidades indígenas de Iauaretê, buscando melhorar a qualidade de vida e garantir o respeito aos direitos dos povos indígenas.

    Neste mesmo dia foi realizada a visita ao terreno que abrigará a futura sede do polo base da saúde indígena. A equipe responsável pela construção esteve presente no local para avaliar as condições e planejar as próximas etapas do projeto.

    O terreno, localizado em uma área estratégica do distrito indígena, possui uma infraestrutura adequada para a construção da sede. Além disso, sua localização privilegiada facilitará o acesso e atendimento aos indígenas da região.

    Durante a visita, foram realizadas medições e análises técnicas para garantir que a construção seja feita de acordo com as necessidades específicas da saúde indígena. Foram considerados aspectos como acessibilidade, disponibilidade de espaço e infraestrutura básica.

    Após a visita, a equipe responsável pelo projeto dará início às etapas de planejamento e elaboração do projeto arquitetônico. Serão considerados aspectos como sustentabilidade, uso adequado dos recursos naturais e respeito à cultura e tradições indígenas.

    A construção da sede do polo base da saúde indígena é uma iniciativa importante para fortalecer e expandir o atendimento de saúde às comunidades indígenas. Espera-se que, com a sede em funcionamento, seja possível oferecer serviços de qualidade e promover ações de prevenção e promoção da saúde específicos para a população indígena.

    A previsão é de que as obras tenham início o mais breve possível com o apoio da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, na pessoa do secretário nacional Weber Tabeba. A nova sede do polo base da saúde indígena será um marco para a região da Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê, reforçando o compromisso com a saúde e bem-estar dos povos indígenas.

  • II ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DA ASIBA| FOIRN e Instituições parceiras firmam compromissos para fortalecer a organização indígena de Barcelos

    II ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DA ASIBA| FOIRN e Instituições parceiras firmam compromissos para fortalecer a organização indígena de Barcelos

    No último dia 22, foi realizado na comunidade São Luiz, localizada no município de Barcelos a II Assembleia da Associação Indígena de Barcelos (ASIBA) e contou com a presença de lideranças associados, representantes de instituições como diretor presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Marivelton Baré, Coordenadora da CR-RN FUNAI, Dadá Baniwa, Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/ARN), Miguel Maia (Assessor de gabinete do coordenador distrital) e o Vice Coordenador da Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro (CAIMBRN), João Barroso Baré.

    Durante a assembleia, os membros da diretoria e do conselho da Associação Indígena de Barcelos foram afastados definitivamente de seus cargos devido à situação crítica em que se encontravam internamente.

    Ao longo do tempo, a diretoria houve descumprimento estatutário da associação, resultando em um ambiente prejudicial aos interesses da representação coletiva aos povos indígenas  da região. Além disso, foram constatados danos ao patrimônio da ASIBA.

    Diante dessa realidade, os delegados presentes na assembleia decidiram de acordo com o estatuto da associação afastar decisivamente  membros da Diretoria  responsáveis pela má conduta e contrariar o presente estatuto. Essa medida foi tomada para garantir a transparência, a eficiência e o respeito aos estatuto e a proteção dos bens da Associação indígena de Barcelos.

    A partir de agora, terá uma presidente interina e dois representante do  conselho para assumir a gestão da Asiba. A nova eleição ocorrerá em breve, após um período de reorganização e consulta às comunidades indígenas envolvidas. O objetivo é que os eleitos sejam pessoas comprometidas com os interesses dos indígenas, conduzir a associação de acordo com os princípios estabelecidos em seus estatutos.

    Assim, será possível eleger uma diretoria e um novo conselho, capazes de promover o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos indígenas, respeitando suas tradições e necessidades.

    A presidente interina, sra. Marilene Gervásio Reis, irá liderar os esforços de reestruturação da Asiba, contando com o apoio dos membros do conselho de acompanhamento, João Leandro Farias e Leozimara. Eles serão responsáveis por garantir que todas as ações tomadas estejam de acordo com os estatutos da associação e com as necessidades da Associação Indígena de Barcelos.

    A CAIMBRN/FOIRN, fornecerá suporte técnico e estrutural durante esse período de transição e na organização da próxima assembleia, que será realizada na comunidade de Cumaru nos dias 29 e 30 de agosto de 2023. A nomeação da nova diretoria interina e o suporte das organizações parceiras demonstram o compromisso em solucionar os problemas enfrentados pela Asiba e em garantir uma gestão transparente e participativa. Ações como essas são fundamentais para fortalecer o movimento indígena e promover o desenvolvimento sustentável

  • CUIDADO COM A DESINFORMAÇÃO!

    CUIDADO COM A DESINFORMAÇÃO!

    Na data de hoje (21/07/2023) a Acrítica postou, em seu próprio site de notícias, sobre um infeliz ocorrido no evento que aconteceu na Casa do Saber da FOIRN no dia 19/07/2023. O atual prefeito, Clóvis Curubão, trouxe uma desinformação!

    O mesmo afirmou que: Sônia Guajajara o mandou “calar a boca”. Porém, essa afirmação é falsa, não condiz com a  verdade e é repudiada.

    O mesmo, em questão, está comentando sobre um caso isolado que ocorreu na época do GT de Transição.

    Durante a reunião dos coordenadores e membros colaboradores, os coordenadores não estavam autorizando a discussão no GT de Transição de Minas e Energia, sobre a questão do garimpo e mineração. Devido ambos os assuntos serem sensíveis e o GT, estava buscando garantir os direitos coletivos dos povos originários.

    O atual prefeito, Clovis Curubão, afirmou categoricamente que “Se é um posicionamento da base e do povo, ele (Curubão) iria respeitar”. Mas o mesmo, de forma injusta, faltou com a verdade e fez seu posicionamento, de forma errônea e infeliz, no evento de Lançamento da Constituição em Yëgatu e do Protocolo de Consulta.

    Se o mesmo fazia parte do Grupo Técnico, como consta no documento (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-66-de-1-de-dezembro-de-2022-447309879), como a atual ministra Sônia Guajajara, que participava da coordenação do GT, teria o mandado “Calar a Boca”?   Novamente afirmamos que o atual prefeito, Clóvis Curubão, promoveu desinformação, fake news.  TOMEM CUIDADO COM A DESINFORMAÇÃO!

  • 20 DE JULHO| FOIRN acompanha a visita da presidente do STF e do CNJ à Aldeia Maturacá, no Amazonas

    20 DE JULHO| FOIRN acompanha a visita da presidente do STF e do CNJ à Aldeia Maturacá, no Amazonas

    A Foirn, Ayrca, Isa e Funai organizaram a visita da comitiva juntamente com as lideranças Yanomami na Aldeia de Maturacá. Onde estiveram presentes a Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. Essa ação visou promover a inclusão e respeito pelos direitos do povo Yanomami.

    Comitiva em prol à inclusão e o respeito aos direitos dos povos indígenas se reuniram aos Yanomamis em Maturacá – AM, instituições governamentais STF na pessoa da ministra Rosa Weber e Carmem Lúcia, MPI Sonia Guajajara , presidente da FUNAI Joenia Wapichana e DSEI Rio Negro junto com instituições não governamental assim como a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN e instituto Sócio Ambiental – ISA.

    Essa iniciativa de aproximação e comunicação com as comunidades ressalta a importância de valorizar e preservar o bem viver dos povos indígenas da região, promovendo a inclusão e o respeito aos direitos desses povos.

    A Visita ocorreu após o lançamento da Constituição Brasileira traduzida na língua indígena Yëgatu, sanção da Lei estadual de cooficialização das línguas indígenas e Instituição Política Estadual de Proteção das línguas indígenas no Estado do Amazonas um marco importante para o reconhecimento e o empoderamento das comunidades indígenas no Brasil. Assim como o lançamento dos Protocolos de consulta dos povos Indígenas do Rio Negro.

    Houve ritos, danças tradicionais e documentos de reivindicação das lideranças e Organizações Yanomamis. Na ocasião houve pedido de ajuda das instituições para proteção das terras e dos povos Indígenas: “Queremos ter vida, queremos ser livres. Não queremos destruição. Queremos ter saúde de qualidade, que o Supremo Tribunal Federal colabore com a defesa do nosso território.” Relatou Yanomami José Mario Pereira Góes, presidente da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca).

    Ainda houve demandas das Associação das Mulheres Yanomami Kumirayoma solicitou que as ministras presentes se atentem aos direitos das mulheres indígenas “Eu quero um olhar de vocês. Não é pedido, é direito nosso. Nós mulheres somos quem mais sofremos.” Pronunciou a Professora Carlinha Yanomami.

    Na ocasião do encontro, ocorreu momento de batismo das ministras em nomes Yanomamis, rosa weber denominada Chororima – andorinha, Carmen Lucia como Maiama – mulher guerreira e Sônia Guajajara  batizada como Horetoma – mulher linda.

  • 19 DE JULHO| A NOSSA LUTA E RESISTÊNCIA SÃO RECONHECIDAS, EXEMPLO A SER SEGUIDO  A OUTROS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL.

    19 DE JULHO| A NOSSA LUTA E RESISTÊNCIA SÃO RECONHECIDAS, EXEMPLO A SER SEGUIDO A OUTROS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL.

    Em um evento histórico ocorrido na Casa do Saber da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) em 19 de julho de 2023, representante legítima dos 23 povos, foram realizados três acontecimentos de grande importância: O lançamento da Constituição Brasileira que foi traduzida para a língua Yëgatu, a Lei Estadual de Cooficialização das cinco línguas indígenas do Rio Negro no Estado do Amazonas foi sancionada e o Protocolo de Consulta dos Povos e Comunidades Indígenas do Rio Negro foi lançado.

    Esse evento histórico representa uma conquista importante para os povos indígenas do Rio Negro, que há muito tempo lutam pelo reconhecimento e valorização de suas culturas e línguas. Alguns pontos relevantes desse acontecimento incluem:

    • A tradução da Constituição Brasileira para a língua Yëgatu é um marco na luta pela preservação e promoção das línguas indígenas, que são um patrimônio cultural do Brasil. Essa iniciativa também representa um avanço na garantia dos direitos dos povos indígenas, que muitas vezes são excluídos do acesso à informação e à participação política por causa das barreiras linguísticas.
    • A Lei Estadual de Cooficialização das línguas indígenas do Rio Negro no Estado do Amazonas é uma conquista significativa para os povos indígenas, que agora terão suas línguas reconhecidas oficialmente e poderão utilizá-las em diversos contextos, como na educação, na saúde e na administração pública. Isso também contribuirá para a preservação da diversidade linguística da região e para a valorização das culturas indígenas.
    • O lançamento do Protocolo de Consulta dos Povos e Comunidades Indígenas do Rio Negro é uma iniciativa importante para garantir o respeito aos direitos dos povos indígenas em relação a projetos que possam afetar suas terras, recursos naturais e modos de vida. Esse protocolo estabelece diretrizes para a consulta prévia, livre e informada dos povos indígenas em processos de tomada de decisão que possam impactar suas comunidades, o que representa um avanço na garantia dos direitos indígenas e na proteção do meio ambiente.

    Esses atos expressam os ideais e desejos de um povo que almeja justiça, igualdade e progresso. Neste momento singular, as tradições antigas se encontram com os princípios democráticos, dando continuidade à luta e resistência pelos direitos dos povos originários, que buscam seus direitos e liberdades. Vamos fazer com que essas palavras sejam ouvidas em todo o país, unindo corações e mentes em prol de um futuro próspero e inclusivo para todos.

    Diversas autoridades e órgãos estiveram presentes no evento, incluindo: o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, a Ministra do STF, Cármen Lúcia, a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a Presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Joênia Wapichana, o Governador em exercício, Tadeu de Souza Silva, bem como outras importantes personalidades e instituições locais.

  • IV Fórum de Lideranças Yanomami e Yekuana

    Marivelton Baré, Diretor Presidente da FOIRN, junta-se às lideranças na luta pelos povos Yanomami e Yekuana exigindo e pedindo que o Protocolo de Consulta seja respeitado e suas vozes sejam ouvidas.

    Foto: Rede Wayuri

    O IV Fórum de Lideranças Yanomami e Yekuana contou 10 associações e mais de 200 participantes do território Yanomami, realizado entre os dias 10 e 14 de julho de 2023 na comunidade Maturacá, este é um evento importante para as comunidades indígenas da região. Esse fórum tem como objetivo discutir questões relevantes para esses povos, como a proteção do meio ambiente, a defesa dos direitos indígenas e a preservação das tradições culturais. Além disso, é uma oportunidade para que líderes dessas comunidades possam compartilhar experiências e estreitar laços de solidariedade. É uma iniciativa fundamental para promover a inclusão e o respeito à diversidade cultural no país.

    Durante o evento, as lideranças Yanomami e Yekuana expressaram suas reivindicações e preocupações sobre a situação atual das comunidades indígenas no Brasil. Além disso, eles apresentaram suas expectativas em relação à comitiva vinda de Brasília, que incluía importantes lideranças  do governo federal, como as ministras Sônia Guajajara e Marina Silva e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Joênia Wapichana ( sendo a primeira mulher a assumir a Funai na história do país)

    Foto: Rede Wayuri

    Algumas das principais preocupações e demandas apresentadas pelas lideranças indígenas incluíam a proteção das terras indígenas, a garantia da saúde e educação de qualidade para as comunidades e o reconhecimento e respeito à cultura e tradições indígenas. Eles também expressaram a importância de um diálogo aberto e transparente com o governo para buscar soluções para os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas.

    Durante o fórum, as lideranças indígenas também compartilharam suas experiências e histórias, destacando a importância da preservação da diversidade cultural e da valorização das tradições ancestrais. A comitiva de Brasília se comprometeu a levar as demandas e preocupações apresentadas pelas lideranças indígenas para o governo federal na pessoas do presidnete Lula e demais ministros que não puderam esta presente e buscar soluções para os desafios enfrentados pelas comunidades.

    Foto: Rede Wayuri

    Realização: @associacao__yanomami, AMYK, @hutukara_yanomami.

    Parceiros: FOIRN, Instituto Socioambiental, Funai – CRRN/Brasília, ICMBIO, DSEI/ARN e SESAI.

    Fotos de comunicadores da rede Wayuri: João Alex, povo Yanomami; José Paulo Castro, povo Piratapuya; Adelson Ribeiro, povo Tukano, Valdemar Lins povo Yanomami; Maria José, povo Yanomami, Fredson de Braga Lopes, povo Yanomami e Naiara Bertoli -Assessora da Rede Wayuri – ISA.

  • A FOIRN participou em Brasília – DF de uma consulta pública sobre a nova estratégia de parceria do Banco Mundial.

    A FOIRN participou em Brasília – DF de uma consulta pública sobre a nova estratégia de parceria do Banco Mundial.

    Na última segunda-feira (29), Josimara Melgueiro, indígena do Povo Baré, Coordenadora do departamento Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN), representando a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), participou da consulta pública com o Banco Mundial em Brasília.

    O Banco Mundial contribui para o desenvolvimento através de financiamentos de projetos para o governo apoiando na redução da pobreza e na promoção da soberania compartilhada, de maneira sustentável.

    Os planos apresentados durante a reunião têm como objetivo desenvolver uma nova estratégia de parceria com o Brasil em 2024-2028. Essa estratégia tem um foco específico em temas como desenvolvimento sustentável, inclusão dos mais pobres e vulneráveis e mudanças climáticas.

    É importante ressaltar que a atenção foi direcionada para a inclusão dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, que muitas vezes são deixados de fora dos projetos de desenvolvimento. Algumas das ações que podem ser implementadas para atender a essas demandas são:

    •Fortalecimento das políticas de proteção e valorização dos povos indígenas e suas culturas;

    •Promoção do acesso à educação, saúde e saneamento básico nas comunidades tradicionais;

    •Incentivo ao desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, como o ecoturismo e a agricultura familiar;

    •Apoio às iniciativas que visem à preservação da biodiversidade e à redução das emissões de gases do efeito estufa.

    Essas medidas podem contribuir para o desenvolvimento sustentável do país e garantir que as comunidades mais vulneráveis sejam incluídas nesse processo.

    Durante a reunião, os participantes destacaram a relevância do Estudo de Caso de Mudanças Climáticas no Rio Negro e a necessidade de se implementar os Planos de Gestão Territorial (PGTAs) das Terras Indígenas. Ficou claro que essas medidas são fundamentais para garantir a proteção dessas regiões e a preservação da biodiversidade. Além disso, os presentes debateram sobre os desafios enfrentados na implementação dessas soluções e discutiram possíveis formas de superá-los.

    Com o objetivo de consolidar as ideias apresentadas, será produzido um relatório que reunirá todas as propostas discutidas durante o encontro. Esse documento será de extrema importância para nortear as ações do Banco Mundial nos próximos cinco anos, definindo as áreas prioritárias em que a instituição irá atuar para contribuir com a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável.

  • Lideranças Indígenas do Rio Negro expressam total repúdio ao Marco Temporal e ao PL490 em todo o território.

    Lideranças Indígenas do Rio Negro expressam total repúdio ao Marco Temporal e ao PL490 em todo o território.

    Indígenas realizaram mobilizações em várias partes do país nesta terça-feira (30), incluindo o município de São Gabriel da Cachoeira, na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), em protesto ao Projeto de Lei 490 e ao Marco Temporal. Outras manifestações ocorreram em Santa Isabel do Rio Negro, na sede da Associação das Comunidades Indígenas do Rio Negro (ACMIRN) e em Maturacá, com o povo Ianomami.

    Entre as principais preocupações das lideranças indígenas está o fato de que o Projeto de Lei 490 pode levar à perda de terras tradicionais e ameaçar a sobrevivência de suas comunidades. Além disso, o Marco Temporal, que está sendo foi submetido à votação na Câmara de deputados e tem o trâmite de julgamento do Supremo Tribunal Federal no dia 07 de junho, aprovado o PL pode restringir o acesso dos povos indígenas às suas terras, especialmente aquelas que foram ocupadas após a promulgação da Constituição de 1988.

    Diante dessa situação, as mobilizações dos líderes indígenas são uma forma importante de reivindicar seus direitos e chamar a atenção da sociedade e das autoridades para a importância de preservar a cultura e os territórios dos povos indígenas.

    As lideranças indígenas têm desenvolvido diversos movimentos de luta e resistência em defesa de seus territórios e de seus direitos. Alguns exemplos incluem:

    •          Acampamento Terra Livre: evento anual que reúne lideranças indígenas de todo o país em Brasília para discutir pautas de interesse da comunidade indígena, como a demarcação de terras e o combate à violência contra os povos indígenas.

    •          Marcha das Mulheres Indígenas: mobilização liderada por mulheres indígenas que tem como objetivo dar visibilidade às demandas específicas desse grupo, como o combate à violência de gênero e a valorização da cultura e dos saberes tradicional.

    •          Resistência Indígena: plataforma digital que reúne notícias e informações sobre a luta dos povos indígenas em todo o país, com o objetivo de fortalecer a mobilização e a articulação entre as diferentes comunidades.

    É importante ressaltar que a luta das lideranças indígenas não se limita apenas a questões territoriais, mas abrangem também aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais. A preservação da cultura e dos saberes tradicionais dos povos indígenas é fundamental não apenas para a sobrevivência dessas comunidades, mas também para a diversidade e a riqueza cultural do país como um todo.

    A votação no dia 07 de junho será decisiva para o direito constitucional dos povos indígenas no país.