Tag: Conselho Diretor da FOIRN

  • CONSELHO DIRETOR- Lideranças Indígenas avaliam gestão e atividades da FOIRN em Duraka.

    CONSELHO DIRETOR- Lideranças Indígenas avaliam gestão e atividades da FOIRN em Duraka.

    De 05 a 08 de fevereiro de 2024, líderes indígenas se encontram na comunidade Ilha de Duraka para sediar a 42ª Reunião do Conselho Diretor da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). Durante o evento, estiveram presentes representantes do Dsei/Arn, Funai/CR-Rio Negro e Conselho Distrital de Saúde Indígen do Alto Rio Negro – CONDISI-ARN, juntamente com outras instituições parceiras convidadas a APIAM, COIAB e CIR “ Conselho Indígena de Roraima”.

    Foto: DECOM/FOIRN

    Formação dos conselheiros sobre instrumentos institucionais

    No primeiro dia, os conselheiros com seus novos membros tiveram formação sobre os instrumentos institucionais, ou seja, o estatuto social da Foirn.

    Durante a reunião, os conselheiros tiveram a oportunidade de ver as apresentações dos trabalhos das instituições parceiras e atividades dos projetos, recursos financeiros e seus resultados durante o ano de 2023.

    E também os Departamentos políticos de Mulheres Indígenas do Rio Negro (DMIRN), Adolescentes, Jovens Indígenas do Rio Negro (DAJIRN), os Departamentos técnico: Jurídico, Educação e Patrimonio Cultural, Comunicação, Negócios Socioambientais, Coordenadorias regionais apresentaram os resultados e desafios conforme o planejamento anual.

    Breve histórico do movimento indígena

    Marivelton Baré, como diretor presidente da FOIRN, lembrou da trajetória dessa organização desde sua formação, fundação e a luta contínua das lideranças indígenas ao longo dos anos. Essa organização foi fundada em 1987 e representa mais de 750 comunidades indígenas na região do Rio Negro, no estado do Amazonas.

    Foto: DECOM/FOIRN



    “Desde o início, enfrentamos diversos obstáculos e desafios. As lideranças indígenas lutaram contra a exploração predatória dos recursos naturais, os conflitos territoriais, a discriminação e o descaso por parte dos governantes. Enfrentamos resistência e até mesmo ameaças à nossa existência enquanto povos tradicionais.” 


    “No entanto, graças à resiliência das lideranças indígenas e ao apoio de organizações parceiras, conseguimos avançar em nossos objetivos. Lutamos pela demarcação e proteção das terras indígenas, pela preservação da cultura e dos conhecimentos tradicionais, pelo fortalecimento das instituições comunitárias e pelo acesso aos direitos básicos como saúde, educação e infraestrutura.”

    O verdadeiro papel dos conselheiros


    Atualmente, a FOIRN, está passando por um processo democrático significativo com as eleições para a nova administração da Federação, que representa as cinco coordenadorias regionais. Cada coordenadoria possui sua estrutura organizacional única para assegurar uma representação eficaz das associações de base filiadas a esta instituição.



    É essencial reconhecer o papel desses conselheiros como representantes legítimos de suas associações de base. Eles têm a responsabilidade de compartilhar e avaliar as necessidades e preocupações locais como instância maior da FOIRN e também de comunicar informações importantes sobre políticas públicas destinadas aos povos indígenas.

    O papel da FOIRN

    A FOIRN desempenha um papel fundamental na defesa dos direitos indígenas e na promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades do Rio Negro. A reunião ordinária é uma oportunidade importante para traçar estratégias conjuntas e tomar decisões coletivas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dessas populações.

    Foto: DECOM/Foirn


    A Federação continuará trabalhando incansavelmente em defesa dos direitos indígenas na região do Rio Negro. Acreditamos que somente através da união de esforços entre as organizações indígenas, aliados externos comprometidos com nossa causa e o fortalecimento de nossas estruturas internas é que poderemos superar os desafios do presente e construir um futuro melhor para nossos parentes nas comunidades tradicionais.

    É importante ressaltar que a participação dos Conselheiros membros, representando as cinco Coordenadorias regionais e os representantes das instituições parceiras no movimento indígena, é fundamental para garantir uma ampla representatividade nas discussões e decisões tomadas durante a reunião.

    Mais um avanço para Mulheres e Jovens

    Durante a reunião, foram aprovados os Regimento Internos dos Departamentos de Mulheres Indígenas do Rio Negro (DMIRN) e dos Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (DAJIRN).

    Esse momento foi muito esperado, pois é um dos resultados de muita luta para fortalecer ainda mais a rede de mulheres e de Adolescentes e Jovens da região do Rio Negro.

    • A aprovação desses Regimentos Internos representa um avanço significativo no reconhecimento e na valorização das mulheres e dos jovens indígenas na região.
    • Os documentos estabelecem diretrizes claras e objetivos para as ações e representação dos Departamentos, promovendo a organização e a autonomia dos grupos.
    • Com a oficialização desses Regimentos, abre-se espaço para um trabalho mais estruturado e eficiente, visando o fortalecimento das vozes e demandas das mulheres e dos jovens indígenas do Rio Negro.
    • A união e a mobilização desses segmentos são essenciais para enfrentar desafios e promover mudanças positivas em suas comunidades, garantindo a preservação de suas culturas e a defesa de seus direitos.
    • Este marco histórico reflete a determinação e a resistência desses grupos em busca de reconhecimento, igualdade e justiça social, inspirando a continuidade de suas lutas e conquistas no cenário atual e futuro.

    O espaço de diálogo e troca de experiência
    Esse encontro é um espaço de diálogo e troca de experiências entre os participantes, e prestação de contas das atividades visando fortalecer o movimento indígena na região do Rio Negro. Através desse encontro, serão discutidos temas relevantes para as comunidades indígenas, como direitos territoriais, preservação ambiental, saúde, educação e outros assuntos de interesse das populações tradicionais.


    A reunião foi produtiva e apresentou resultados eficazes em prol das associações da região do Rio Negro. Com a participação engajada de todos os presentes, foi possível reforçar a defesa dos direitos indígenas e fortalecer as organizações representativas dessas comunidades.

  • CONSELHO DIRETOR| Conselheiros indígenas se reúnem na casa do saber da Foirn para avaliar, deliberar e alinhar a atuação do Movimento Indígena do Rio Negro.

    CONSELHO DIRETOR| Conselheiros indígenas se reúnem na casa do saber da Foirn para avaliar, deliberar e alinhar a atuação do Movimento Indígena do Rio Negro.

    É realizada a reunião do Conselho Diretor na casa do saber da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), entre os dias 03 e 05 de maio de 2023, contou com a participação de 50 conselheiros, sendo 10 representantes de cada uma das cinco coordenadorias regionais. 

    O conselho diretor tem o objetivo de deliberar, aprovar os trabalhos e andamento dos projetos  da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).

    Nesta reunião foi  discutida sobre a revisão e atualização dos instrumentos e papéis das instâncias de governança da FOIRN ( Conselho Diretor e Comissão Fiscal); apresentação da política de crédito de carbono, RED + e seus impactos aos territórios indígenas vantagens e desvantagens; Discussão e construção de agenda e pautas estratégicas da FOIRN, com a participação da diretoria e coordenação do Conselho Diretor e Conselheiros.

    A pauta sobre o Crédito de Carbono red+, contou com a participação de Marcio Santili Sócio fundador do Instituto Socioambiental, Natalie Unterstell, presidente do instituto Talawoa e Shigueo Watanabe, especialista do Crédito de Carbono. Os conselheiros tiveram a oportuidade de conhecer mais sobre esse assunto, tirar suas dúvidas do verdadeiro funcionamento desse mercado, com suas vantagens e desvantagens dentro teritório indígena.

    Os conselheiros questionaram sobre os valores serem abaixo do que esperam que seja, pois “somos guardiões desta mãe natureza há milhões de anos para sobrevivência humana do mundo todo” disse uma das lideranças e membro do conselho. 

    Um dos pedidos das lideranças foi, para que esse projeto seja implementado na região do Rio Negro, precisa – se obedecer o protocolo de consulta prévia as comunidades indígenas, onde a Foirn e demais instituições precisam estar cientes do funcionamento do projeto dentro do território indígena.  

    No terceiro e último dia, a reunião do Conselho Diretor foi realizada no telecentro do Instituto Socioambiental, onde apresentado os trabalhos da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (CONAFER), com o objetivo esclarecer sobre a atuação no Rio Negro uma vez que não houve autorização para sua instalação de unidade e precisa de clareza ao seu papel e trabalhos. 

    As lideranças questionaram sobre a atuação da CONAFER nos tres municipios de abrangencia da FOIRN (Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira) pois já esta organizada a Federação com suas   91 associações de base tem planejamento para um bom resultado no futuro. E que para isso precisa- se ter uma cooperação técnica que venha somar com o Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA). Desde que se respeite os princípios e objetivos da Foirn para ser parceiro e querer atuar no território, o Conselho encaminhou que ainda terá reunião para ver essa definição se terá ou não uma possível parceria.

    Silas Vaz, secretário  da CONAFER, para a Amazônia, esclareceu sobre a atuação, que a princípio iniciou-se no município de Barcelos desde a estruturação física e técnica, e assim segue para os demais municípios, disse que entende a preocupação das lideranças indígenas que estão aqui para somar e respeita o protocolo de consulta e não sabia dos problemas exposto pelas lideranças e que o presidente da Conafer virá ao Rio Negro para o diálogo e que não se responsabilizam por outras organizações e pessoas estarem falando em nome da Conafer fora o seu diálogo e contatos pois não estão autorizados.

    Para o conselho diretor e diretoria da Foirn e preciso que qualquer instituição e organização que queira trabalhar no Rio Negro tem que ter permissão e não chegar de qualquer jeito adentrar ao território e contratar pessoas e que está não estão legitimadas a falar pela região ou nossa representação já definida.

  • Conselho Diretor define novas datas para as assembleias sub-regionais e geral da Foirn

    Conselho Diretor define novas datas para as assembleias sub-regionais e geral da Foirn

    Lideranças indígenas se reúnem em conselho para debater e definir agenda do movimento no segundo semestre de 2020, em São Gabriel da Cachoeira (AM)

    Participantes da XXXVIII Reunião do Conselho Diretor da Foirn – São Gabriel da Cachoeira.

    O Conselho Diretor da Foirn, a segunda instância mais importante de deliberações no âmbito do movimento indígena do Rio Negro, depois da assembleia geral, reuniu-se no último dia 4 de agosto para discutir e encaminhar novas datas para as assembleias sub-regionais e geral da Federação em decorrência da pandemia de Covid-19. Por recomendações das autoridades de saúde, foi necessário adiar toda a programação prevista para o primeiro semestre.

    Por conta do cenário atual da pandemia no Rio Negro, a reunião do Conselho Diretor foi um evento diferente, com menos participantes e muitos cuidados para seguir as normas sanitárias.  Foram realizados também testes rápidos de Covid-19 para todas as lideranças participantes e kits de higiene e proteção (álcool em gel e máscaras), incluindo o distanciamento social.

    A reunião seguiu todos protocolos e recomendações sanitárias.

    Durante a reunião, as discussões e debates se voltaram para o impactos do novo coronavírus nas comunidades indígenas e sobre a agenda de realização das assembleias sub-regionais e a geral da Foirn, tendo em vista que a atuação da federação e uma das suas coordenadorias regionais, a Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro (Caimbrn) abrange três municípios – São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos. Assim, pela sua extensão, a região possui diferentes situações epidemiológicas e de enfrentamento da pandemia até agora.

    As lideranças presentes manifestaram suas preocupações com a realização das assembleias sub-regionais diante das condições atuais. Mas, também defenderam a importância desses eventos como espaços democráticos de escolha de seus representantes regionais, assim como da diretoria da Foirn para a próxima gestão.

    Para o Coordenador do Conselho Diretor, Carlos Nery Teixeira Piratapuia, de Santa Isabel do Rio Negro, a situação no município ainda continua crítica. “Acredito que em Santa Isabel ainda não chegamos ao pico de contaminação. Diante dessa situação, precisamos avaliar e sermos cautelosos”.

    O presidente da Foirn, Marivelton Barroso Baré, lembrou que para a realização da reunião do Conselho Diretor, muitos fatores foram levados em consideração, principalmente as orientações sanitárias. E que as assembleias sub-regionais e a geral também precisarão ser realizadas de acordo com essas orientações e recomendações. “Para essa reunião reduzimos os dias de reunião, participantes e as pautas a serem discutidas devido às condições que estamos por causa da pandemia”, afirmou.

    Temas e novas datas das assembleias

    Pandemia e os saberes tradicionais dos Povos Indígenas do Rio Negro será o tema central das assembleias, que será trabalhado nas regionais de acordo com as especificidades locais. Os jovens e mulheres terão nas suas assembleias esses temas para abordar.

    Veja abaixo as novas datas aprovadas:

    – Nadzoeri (Bacia do Içana e Afluentes) – 23 a 24 de setembro de 2020, comunidade de Santa Rosa – Médio Içana;

    – Coidi (Médio, Alto Uaupés e Rio Papuri) – 03 a 04 de setembro de 2020, Vila São Domingos – Distrito de Iauaretê.

    – Caiarnx (Alto Rio Negro e Xié, TI Balaio) – 17 a 18 de setembro de 2020, na comunidade Tabocal dos Pereira – Alto Rio Negro.

    – Caimbrn (Médio e Baixo Rio Negro) – 02 a 03 de outubro, na comunidade de Canafé – Baixo Rio Negro.

    – Diawii (Baixo Uaupés, Rio Tiquié e Afluentes) – 09 e 10 outubro de 2020, comunidade Matapí – Baixo Uaupés.

    – Assembleias das Mulheres Indígenas do Rio Negro (Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro/Foirn)- 29 a 31 de outubro de 2020.

    – Assembleia dos Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (Departamento de Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro), 05 a 06 de novembro de 2020. Tema: Pandemia da Covid-19 e a Emergência Climática: Desafios para a juventude indígena do Rio Negro.

    – Assembleia Geral da Foirn – 26 a 27 de novembro de 2020, Casa dos Saberes da Foirn, São Gabriel da Cachoeira.

    Vale frisar que em caso de piora da situação epidemiológica na região, essas datas acima poderão ser alteradas, conforme definiu o Conselho Diretor.

    Leia a RESOLUÇÃO Nº 002/2020 – CONSELHO DIRETOR DE 04 DE AGOSTO DE 2020.

  • Realizada a XXVI Reunião do Conselho Diretor da FOIRN

    “Esse Movimento não está parado não! Está em movimento. O que precisamos é ir pra frente”- disse Libório Sodré Baré da Associação Indígena Água e Terra- AHKÓIWILideranças Indígenas do Rio Negro se reuniram em São Gabriel da Cachoeira, na XXVI Reunião do Conselho Diretor da FOIRN, para discutir e debater assuntos de interesses dos Povos do Rio Negro.

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    O evento aconteceu nos dias 12 e 13/02, na Casa dos Saberes da FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), em São Gabriel da Cachoeira, que reuniu cerca de 50 participantes, entre estes 15 conselheiros das Coordenadorias Regionais. Durante dois dias, foram discutidos vários assuntos, os destaques foram: – Apresentação do Termo de referência de Turismo de Pesca Esportivo no Rio Marié; – Instituto de Conhecimentos Indígenas do Rio Negro; – Institucionalização da Loja Wariró e apresentação de relatórios de atividades.

    O primeiro dia foi iniciado com a apresentação do processo atual de implantação do Instituto de Conhecimentos Indígenas do Rio Negro (ICIRN) pelo Diretores Nildo Fontes e Almerinda Lima de Ramos da FOIRN e Laíse Diniz do ISA. Que segundo eles, aconteceu uma reunião sobre o assunto no dia 15 de janeiro em Brasíla, na qual foi definida grupos de trabalho envolvendo representantes do Ministério da Educação, Instituto Socioambiental- ISA, Centro de Gestão e Estutos Estratégicos, e a FOIRN. Representantes viriam para essa reunião do Conselho Diretor, mas, devido, alguns imprevistos, não marcaram presença, mas, a próxima reunião sobre o tema será realizado no final do mês de março (24 a 29), em São Gabriel da Cachoeira.

    Um projeto pioneiro está sendo implementado no Rio Negro. Pela primeira vez, indígenas lançam uma chamada a empresas interessadas para a prática de Turismo de Pesca Esportiva no Rio Marié.  Construído desde 2013 por um Grupo de Trabalho formado pela Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (Acibrn), ISA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA), Fundação Nacional do Indio – FUNAI e comunidades indígenas (da área de abrangência da Acibrn),  foi  apresentado o Termo de Referência sobre Turismo de Pesca Esportiva no através de um trabalho conjunto com o Instituto  Apresentação do Termo de referencia sobre Turismo de Pesca Esportiva no rio Marié, e lançando neste blog para uma chamada de empresas interessadas (Leia o Termo aqui).

    Os Departamentos de Educação, Adolescentes e Jovens Indígenas (DAJIRN) e Mulheres Indígenas da FOIRN relataram as atividades desenvolvidas em 2013. Ivo Fontoura do Departamento de Educação, disse que a maior parte de tempo da equipe se deu no acompanhamento das oficinas de elaboração de Projetos Políticos Pedagógicos Indígenas, na região do Médio Rio Negro, Curso de Formação de Lideranças Indígenas do Rio Negro, realizado pela parceria FOIRN/ISA. E disse que, em 2014, o foco de atuação nos primeiros meses do anos, será os Seminários de Educação Escolar Indígenas, que deu início no final de janeiro na comunidade de Itapereira, do Médio Rio Negro.

    Eleitas em dezembro de 2013, na V Assembleia Geral do Departamento de Mulheres Indígenas (DMIRN), as Coordenadoras apresentaram os planos de atuação do Departamento para próximos três anos. Segundo elas, vão dar continuidade do trabalho iniciado, e que estão com o plano de chegar, onde o Departamento de Mulheres ainda não chegou. “Vamos nos esfoçar para chegar, aonde o Departamento de Mulheres ainda não chegou”- afirmou a Francinéia Fontes, vice-coordenadora do DMIRN.

    Ednéia Teles, Coordenadora do DAJIRN, apresentou as realizações do Departamento que aconteceram em 2013, que teve como destaque a II Assembleia Geral de Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (realizado em julho), viagens de articulação nas bases (Rio Içana, Waupés) e participação de eventos voltados ao tema dentro e fora do município. O foco nos primeiros meses do ano, segundo a Coordenadora, será a articulação nas comunidades dos municípios de Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, que não foram contempladas no ano passado.

    O primeiro dia encerrou com a apresentação dos relatórios de atividades das cinco Coordenadorias Regionais (CABC, CAIARNX, COITUA, COIDI e CAIMBRN). Articulação nas associaçõess de base foi o foco de atuação da maioria, que segundo eles, se resumiu nas viagens de conscientização sobre direitos indígenas e entre outros, nas comunidades. E a presença nas Assembleias Gerais de algumas associações em suas áreas de atuação. O Orlando José Baré, Coordenador da CAIMBRN, disse que uma das dificuldades encontradas foi a grande área em que a CAIMBRN atua, mas, que ele, e a equipe, se esforçou para estar presente nas comunidades, levando informações sobre direitos e conhecimentos importantes para o fortalecimento do movimento e das comunidades.

    O dia 13/02, segundo dia da reunião, a Diretoria da FOIRN apresentou as principais atividades realizadas em 2013. Articulação nas bases juntos com os Coordenadorias Regionais, presença e participação nas principais reuniões sobre direitos e temáticas indígenas, como a Mobilização Nacional Indígena e entre outros.

    Institucionalização da loja da Wariró foi uma das pautas do segundo dia, que teve o Carlos Barreto do ISA, como palestrante, pra apresentar os modelos que a Wariró pode se tornar, dependendo da decisão do Conselho. Entre: a) continuar como parte da FOIRN; b)- abrir associação Filial da FOIRN; c) – abrir Cooperativa de artesãos; d)- abrir empresa; e)- Abrir Microempreendendor Individual – MEI, o Conselho deliberou que a Diretoria inicie um estudo sobre a possibilidade de transformar a Loja Wariró em uma Associação Filial.

    Como a Wariró funciona hoje? O Art. 2, Paragrafo 1, item b), do Estatuto da FOIRN define que a Loja Wariró é um espaço para distribuir e vender produtos e materiais de produção própria ou de suas Associadas. Atualmente a loja usa CNPJ, contabilidade, auditoria e conta no banco da prórpria FOIRN, e o controle interno é feito pelo departamento Financeiro e Diretoria: estoques, receitas e despesas. E a ideia de institucionalizar a loja foi proposto na XXV Reunião do Conselho Diretor realizado no final de 2013. A Necessidade de aumentar a receita, Necessidade de emitir NF, Necessidade de assinar contratos com clientes, Aumentar mobilização das bases pela geração de renda e Ampliar as estratégias do negócio ‘Artesanato’ são os objetivos da proposta.

    Foi recebida e lida pelo Franklin Paulo, Presidente do Conselho Diretor, na tarde do segundo dia da reunião (13/02), o “Documento referente à ocupação das etnias Hupd’äh e Yuhupdëh na sede municipal de São Gabriel da Cachoeira e suas implicações políticas”, assinada por seis antropólogos e pesquisadores (Lirian R. Monteiro/ISA, Danilo Paiva Ramos, Bruno Marques, Patience Epps, Pedro Lolli e Laíse Diniz/ISA).

    Em três páginas, os pesquisadores apontam os motivos que faz eles descerem dos rios Tiquié e Papuri  e permanecer nas “beiradas” da cidade, em busca de acesso aos “benefícios sociais (aposentadoria, bolsa família e auxilio maternidade).  “E que as condições de estadia das famílas no beiradão são insalubres, ocupando um local de alta incidência de malária, no mais das vezes levando a doença rio acima quando do retorno para as comunidades”- destaca a carta.

    Em relação a isso, a Almerinda Ramos, Presidente da FOIRN, disse que foi criado um Grupo de Trabalho interinstitucional e multidisciplinar ainda em janeiro, com a participação do DSEI/FUNAI/FOIRN/CASAI-SGC entre outras, para discutir e buscar soluções para a situação. E que a Federação está acompanhando e participando desse trabalho.

    O Conselho Diretor, é a segunda instância de consulta e deliberação sobre assuntos importantes e de interesse dos Povos Indígenas do Rio Negro, depois da Assembléia Geral. Hoje, são 89 associações de base, distribuídas em 5 Coordenadorias Regionais. Cada Coordenadoria Regional abrange uma região específica. E nas assembleias regionais, as associações de base, escolhem por votação, os Conselheiros para participação das reuniões do Conselho Diretor (CD). Esses após, cada reunião do CD levam informações não apenas os principais encaminhamentos da reunião, como sobre vários assuntos, voltados para a temática indígena. Cada Coordenadoria Regionail (incluíndo o Coordenador Regional), tem direito à 5 conselheiros. Esses, tem direito a voz e voto em cada reunião do CD. As decisões e encaminhamentos são feitos por votos.

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    A Almerinda Ramos, ao final da reunião ressaltou a importância do espaço (Conselho Diretor): “O espaço é para construirmos e fortalecer o nosso movimento. E que cada um aqui leve para suas comunidades e associações as informações e conhecimentos que adquiriram nesses dois dias de discussão e debates”- afirma a Presidente da FOIRN.

    O Movimento indígena está enfraquecido? foi a pergunta do Liborório Sodré da etnia Baré a platéia, e ele mesmo deu a resposta: “Esse Movimento não está parado não! Está em movimento. O que precisamos é ir pra frente”- disse o presidente da associação AHKÓIWI. A luta continua!

  • XXV Reunião do Conselho Diretor da FOIRN começa na quarta-feira, 23/10.

    Pautas:

    1. Papeis e responsabilidades estatuárias de uma organização civil (palestra);
    2. Relatório da Comissão Fiscal;
    3. Relatório de atividades da FOIRN (maio a setembro de 2013);
    4. Avaliação de atuação de lideranças indígenas indicadas para cargos públicos municipais, estaduais e federais pelo movimento indígena (FOIRN);
    5. Avaliação de atuação institucional das ONGs nas regiões de abrangência da FOIRN;
    6. Relatórios de atividades das instituições públicas municipais, estaduais e federais que atuam nas comunidades de abrangência da FOIRN;
    7. Alcoolismo e uso de drogas entorpecentes nas comunidades indígenas;
    8. Fundo FOIRN

    Programação:

    Dia 23/10/2013 – Quarta-Feira;

    •  8:00 à 8:30 hs – Abertura (palavras de boas vindas e aprovação das pautas e programação);
    • 8:30 à 10:00 hs – Parecer da Comissão Fiscal (Presidente da Comissão Fiscal).
    • 10:20 à 12:20 hs- Fundo FOIRN (Conselheiros e Diretoria Executiva);
    • 14:00 à 16:00 hs – Relatório de Atividades/FOIRN (maio a setembro/Diretoria executiva);
    • 16:20 à 18:20 hs – Análise, avaliação e aprovação do relatório (conselheiros).

    Dia 24/10/2013 – Quinta-Feira;

    •  8:00 à 10:00 hs – Organização, responsabilidades e limitações estatuárias de uma instituição;
    • 10:20 à 12:20 hs – Avaliação de atuação das ONGs nas regiões de abrangência da FOIRN (Coordenadorias, conselheiros e diretoria executiva da FOIRN);
    • 14:00 à 16:00 hs – Avaliação de atuação de lideranças indígenas indicadas para cargos públicos municipais, estaduais e federais pelo Movimento Indígena do Rio Negro/Associações e FOIRN (Lideranças Indígenas convidadas, conselheiros e diretoria executiva);
    • 16:20 à 18:20 hs – Alcoolismo e uso de drogas entorpecentes nas comunidades indígenas (Coordenadorias, conselheiros, diretoria executiva e convidados);
    • 19:30 à 21:30 hs – Relatórios de atividades da COIAB e COIPAM (Max e Fidelis Baniwa).

    Dia 25/10/2013 – Sexta-Feira;

    •  8:00 à 10:00 hs – Relatórios de atividades das instituições públicas municipais, estaduais e federais que atuam nas comunidades indígenas da abrangência FOIRN: – SEMEC/SGC; – SEMEC/SIRN; – SEMEC/BARCELOS e SEDUC/AM/SGC;
    • 10:20 à 12:20 hs – apresentação de relatórios de atividades: DSEI/RN (Informes); – DSEI/RR (Saúde dos Yanomami no Alto Rio Negro).
    • 14:00 à 16:00 hs – apresentação de relatórios de atividades (Continuação): FUNAI/SGC;- SEIND/AM; – Instituto Chico Mendes/SGC;
    • 16:20 à 18:20 hs – Encaminhamentos, avaliação e encerramento da XXV Reunião do Conselho Diretor.

    Obs: As pautas e programação definitivas serão aprovadas na abertura da reunião no dia 23 de outubro. IMPORTANTE: O local da reunião será no Pontão de Cultura/FOIRN.