Tag: ISA

  • IV Assembleia Geral Extraordinária da ACIBRN define nova diretoria executiva

    IV Assembleia Geral Extraordinária da ACIBRN define nova diretoria executiva

    Em 02/06, a comunidade Tapurucuara mirim sediou a Assembleia Extraordinária da Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (ACIBRN).

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), através de sua coordenadoria regional CAIMBRN e o departamento jurídico e a profissional de turismo estiveram na realização da Assembleia Extraordinária da Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (ACIBRN), umas das Associações filiada à FOIRN que elegeu uma nova diretoria para a gestão da associação.

    É importante destacar que esta associação é uma das primeiras a implementar o PGTA por meio do projeto de turismo de base comunitária de pesca esportiva do Rio Marié, com o total apoio da Foirn em parceria com o instituto Socioambiental (ISA), IBAMA, FUNAI e a empresa Untamed Angling do Brasil (UAB).

    Esse é um dos maiores e mais importantes dessfios de gestão da Associação para dar continuidade ao projeto que tem beneficiado as 15 comunidades associadas.

    É expressamente importante a participação das comunidades indígenas na gestão de seus próprios assuntos. Com 15 comunidades representadas por suas lideranças, essa assembleia certamente proporcionou um fórum importante para discutir questões relevantes e tomar decisões que impactam diretamente suas vidas e o futuro do território.

    A FOIRN e seus parceiros estão desempenhando um papel importantíssimo no fortalecimento das vozes indígenas e na promoção da autodeterminação e do desenvolvimento sustentável nas comunidades dos povos originários.

    Nova diretoria

    Presidente: Valdemir França

    Vice – presidente: Francisco de Andrade Neto

    Secretário Titular: Argemiro Lourenço

    Secretário Suplente: Edinaldo  Pascoal

    Tesoureiro Titular: Pedro Vaz

    Tesoureiro Suplente: Rosinildo da Silva

  • 20ª Reunião do Comitê Gestor de Turismo de Base Comunitária no Rio Marié

    20ª Reunião do Comitê Gestor de Turismo de Base Comunitária no Rio Marié

    Lideranças indígenas de 15 comunidades membros das ACIBRN e instituições parceiras se reúnem para avaliar e planejar o projeto de turismo de base comunitária do rio Marié.

    A Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (ACIBRN), realizou junto a FOIRN e a empresa Untamed Angling do Brasil (UAB) a Reunião do Comitê gestor de Turismo de Base Comunitária do Rio Marié, na comunidade na Tapurucuara Mirim nos dias 19 e 20 de maio de 2024.

    Assista o vídeo no Instagram da Foirn.

    Este evento reuniu lideranças indígenas de 15 comunidades membros das ACIBRN  e instituições parceiras  para avaliar e planejar o projeto, de turismo de base comunitária através da FOIRN, ACIBRN e UNTAMED ANGLING DO BRASIL – UAB.

    O encontro marcou o fim da primeira fase de um contrato de 10 anos e o início do planejamento para a temporada 2024/2025. A equipe refletiu sobre os desafios superados e as conquistas alcançadas ao longo dos anos, celebrando o progresso e delineando metas ambiciosas para o futuro.

    Durante a reunião foram pautados os assuntos de interesse dos membros da Associação:
    I) Prestação de contas da empresa parceira 2023/2024;
    II) Prestação de contas da FOIRN para as comunidades sobre os recursos de 2023/2024;
    III) Prestação de contas do coordenador da pesca e a operação.

    E além dos assuntos em pautas, foram feitas as apresentações da empresa sobre os avanços e impactos e a a apresentação da ACIBRN sobre os Planos de trabalho dos parceiros e novos projetos:


    -A UAB apresentou sobre os avanços e impacto social nos primeiros 10 anos;


    – Apresentação da ACIBRN sobre os trabalhos em andamentos avanços e desafios;


    -Plano de trabalho dos parceiros e novos projetos.

    A realização do comitê gestor nas comunidades indígenas é fundamental para a prestação de contas do projeto de pesca esportiva de base comunitária, bem como para a avaliação da temporada de pesca e das atividades de vigilância e monitoramento da região. Este comitê permite uma gestão transparente e participativa, envolvendo diretamente as comunidades locais na tomada de decisões.

    Através da prestação de contas, asseguramos que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente e conforme os objetivos do projeto, promovendo a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais. Além disso, a avaliação contínua da temporada de pesca e das ações de vigilância e monitoramento possibilita ajustes necessários e o aprimoramento das práticas de manejo, garantindo a proteção dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades envolvidas.

  • A FOIRN participou da 88ª Sessão da Convenção da ONU em Genebra – Suíça

    A FOIRN participou da 88ª Sessão da Convenção da ONU em Genebra – Suíça

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) representada pela Diretora Jante Alves Dessana, estava participando da 88ª Sessão da Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres – CEDAW, em Genebra – Suíça, junto coma a delegação de mulheres, esse é um evento relacionado à avaliação do Brasil.

    A participação da delegação em uma agenda com a Ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gomes, e a delegação do Estado Brasileiro, junto com movimentos sociais presentes em Genebra, em 22/5, destaca o engajamento contínuo das organizações indígenas e da sociedade civil na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.

    Essa reunião proporcionou uma oportunidade importante para dialogar sobre questões fundamentais relacionadas aos direitos das mulheres indígenas no Brasil, incluindo o acesso à saúde, educação, justiça e participação política. Ao envolver tanto representantes do Estado quanto da sociedade civil, essa agenda demonstra um esforço colaborativo para identificar desafios e buscar soluções para garantir o pleno respeito e reconhecimento dos direitos das mulheres indígenas no país.

    A leitura por Janete Alves Dessana, diretora da FOIRN, das recomendações das mulheres indígenas da Amazônia ao governo brasileiro e a entrega do documento “Mulheres Indígenas do Rio Negro e Seus Direitos na CEDAW” para a Secretária de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça, Sheila de Carvalho, representam passos importantes na defesa dos direitos das mulheres indígenas. Essa ação demonstra um compromisso sério em garantir que as vozes e preocupações das mulheres indígenas sejam ouvidas e consideradas nas políticas e práticas governamentais.

    Ao apresentar as recomendações e o documento, Janete Alves Dessana e a FOIRN estão enfatizando a importância da implementação efetiva da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW) para proteger e promover os direitos das mulheres indígenas, especialmente aquelas que vivem na região do Rio Negro. Essa ação não apenas destaca as questões específicas enfrentadas pelas mulheres indígenas, mas também busca a colaboração e o compromisso do governo brasileiro em abordar essas questões de maneira significativa e inclusiva.

    Texto: Comunicação Foirn

    Base de Informação: ISA e RCA

    Foi realizada no Palácio das Nações em Genebra, a Sessão de avaliação do Brasil na CEDAW – Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres.

     
    A incidência liderada por instituições Indígena e indigenista, como a AMIM, FOIRN, Iepé, ISA e RCA, com o apoio da Race & Equality, o Comitê CEDAW cobra o governo brasileiro em diversos temas que foram reportados nos relatórios enviados sobre a situação das mulheres indígenas na Amazônia Brasileira.

    Temas como saúde indígena, reconhecimento dos sistemas de saúde indígenas e dos conhecedores tradicionais como parteiras, pajés e benzedeiros, aumento das taxas de mortalidade de câncer de útero em mulheres indígenas, a insuficiência de profissionais e mulheres ginecologistas e obstetras para atendimento das mulheres indígenas; o aumento da violência dentro dos territórios, o uso prejudicial de álcool, o aumento das taxas de suicídio e a ausência de um programa específico para combater a violência contra meninas e mulheres indígenas nesses territórios foram abordados pelas membras do Comitê.

    A CEDAW destacou ainda a situação da vulnerabilidade dos territórios indígenas transfronteiriços, que fazem fronteiras com os três maiores produtores de cocaína do mundo, no estado do Amazonas.

    A necessidade de consulta perante os projetos de desenvolvimento e infraestrutura que afetam os direitos territoriais indígenas também foram mencionados.

    Foi destacada a importância da Amazônia Brasileira e o papel das mulheres indígenas e a proteção dos conhecimentos tradicionais para a promoção da Justiça climática no mundo.

    A preocupação com as demarcações e a tese do marco temporal, prevista na Lei 14.701/2023, também foram pontuadas na reunião de avaliação do Brasil pela CEDAW.

    Em resposta, o governo brasileiro reconheceu a falta de acesso e o preconceito que mulheres indígenas e negras sofrem nas instituições de saúde e se comprometeu em priorizar que médicas mulheres atendam mulheres indígenas e a avançar no reconhecimento dos conhecedores tradicionais.

    O Comitê Cedaw irá trabalhar para concluir o relatório final com as considerações das membras e as Recomendações ao Estado Brasileiro.

    Texto: Rede de Cooperação Amazônica – RCA

  • 1ª Etapa de transição entre a atual diretoria da FOIRN e os recém eleitos!

    1ª Etapa de transição entre a atual diretoria da FOIRN e os recém eleitos!

    Destacamos a importância dos Quadros de Referência Interna dos Departamentos, Conselhos e Projetos, visando fortalecer a estrutura organizacional e promover o desenvolvimento sustentável das Associações Filiadas.

    Durante três dias consecutivos, foram realizados os trabalhos da primeira etapa de transição entre a diretoria atual da gestão (2021 a 2024) da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e os diretores eleitos nas assembleias regionais. Essa diretoria coordena e representa cinco coordenadorias regionais.

    CAIMBRN: Marivelton Rodrigues Barroso Baré – Diretor Presidente;

    DIAWI´Í: Nildo de Jesus Miguel Fontes Tukano – Diretor Vice – Presidente;

    COIDI: Janete Alves Dessana – 1ª Suplente;

    CAIBARNX: Adão Francisco Henrique Baré – 2ª Suplente;

    NADZOERI: Dário Emílio Casimiro Baniwa – 3ª Suplente.

    A responsabilidade maior institucional é do diretor presidente, de poder conduzir junto com todos os membros, departamentos e setores. E durante esses 3 primeiros dias foi apresentado e repassado as ferramentas e instrumentos institucionais, a parte funcional, operacional, estrutura, projetos, programas, ações que estão em desenvolvimento e o que está sendo implementado dentro do território, e também os avanços, desafios e os obstáculos

    A gestão atual está fazendo um trabalho com transparência daquilo que foi construído junto com a rede de parceiros que a instituição tem atualmente. Além de defender os direitos coletivos dos povos indígenas do rio Negro, foi apresentado também as iniciativas e os compromissos de gestão que extrapolam o mandato, que são compromissos institucionais que asseguram os direitos dos povos indígenas.

    E no dia 09/05, inicia uma nova etapa da transição que é também a discussão junto com os nossos parceiros promissores. Sobretudo, o Instituto Socioambiental – Programa Rio Negro que acompanha a FOIRN desde 1993, desde as ações conjuntas, das iniciativas, das pautas e temáticas.

    Serão três dias à frente com o ISA, e em seguida será com a FUNAI/CR Rio Negro, a SESAI e com outras instituições.

    Essa primeira etapa é do dia 6 até o dia 16 de maio, após isso as atividades e ações continuarão, e no dia 26 de junho será realizada a assembleia extraordinária da FOIRN e nos dias 27 e 28 de junho será realizada a Assembleia Geral eletiva da Federação, onde serão eleitos a nova presidência com seus respectivos suplentes que vão assumir nos próximos meses a partir de agosto de 2024 o mandato de gestão da nossa maior organização do rio Negro, que é a FOIRN é conhecida como representante dos 24 povos, que tradicionalmente habitam esse território do Rio Negro, que compreende e abrange os municípios de Barcelos, de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, 4 troncos linguísticos distintos, 18 línguas faladas em todo o território.

    Segue com os 37 anos de luta, desafios, conquistas, avanços, perspectivas, diálogo, exemplo de controle social e de representação moral coletiva como qualquer outra organização tem feito, para poder honrar a luta das nossas lideranças, que é um controle social nato, não é submisso ao governo e a nenhuma instituição ou empresas, não é manobrada e muito menos manipulada.

    Marivelton Baré reafirma que FOIRN tem a sua autonomia, posicionamento, luta por aquilo que é de direito do coletivo.

    “Aquilo que é de direito, a gente luta e aquilo que não é nosso dever e obrigação, a gente cobra que seja implementado e assim a gente vem avançando nesses 37 anos, convido você a poder seguir os nossos trabalhos e olhar as nossas atividades e assim também ser uma pessoa solidária, apoiadora. Acompanhe os nossos trabalhos para saber das agendas onde teremos muitas realizações e também visita aos territórios. Aí já te né? De todo um trabalho que a gente tem que fazer. A luta continua e Unidos venceremos!”

  • FOIRN tem compromisso com associações de base: Entrega de Kits Completos para Construção de Casa de Farinha no distrito de Cucuí

    FOIRN tem compromisso com associações de base: Entrega de Kits Completos para Construção de Casa de Farinha no distrito de Cucuí

    A entrega de 04 kits completos para construir a casa de farinha que vai contemplar cinco bairros do distrito e uma escola mostra o compromisso e a dedicação dessas organizações com as necessidades das comunidades locais.


    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), através do Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN), tem desempenhado um papel crucial na promoção do desenvolvimento e bem-estar das associações indígenas da região, por isso como resultado do edital 002/2024 do FIRN, o projeto “Yane Kupixá” da Associação Indígena do Desenvolvimento Comunitário de Cucuí (AIDCC) foi comtemplado com 04 kits completos para a construção da casa de farinha.

    A entrega desses kits vai contemplar cinco bairros do distrito e a Escola Estadual Indígena Tenente Antônio João, e demonstra o compromisso e a dedicação dessas organizações para com as necessidades das comunidades locais.

    É inspirador ver como a FOIRN, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), tem trabalhado incansavelmente para implementar o Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) e garantir o apoio necessário para iniciativas tão importantes.

    Todos os beneficiários desse projeto são membros valorosos da Associação AIDCC, da Coordenadoria das Associações Indígenas do Balaio, Alto Rio Negro e Xié (CAIBARNX), e seu envolvimento ativo evidencia o impacto positivo que essas colaborações têm na vida cotidiana das pessoas.

    Além disso, o apoio total da Embaixada Real da Noruega (ERN) ressalta a importância e o reconhecimento internacional do trabalho realizado por essas organizações em prol das comunidades indígenas. Essa parceria exemplar serve como um modelo para a cooperação eficaz e significativa entre entidades locais e internacionais, visando a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo para todos.

  • FOIRN continua instalando sistema de energia solar e internet nas comunidades mais distantes na região do Içana

    FOIRN continua instalando sistema de energia solar e internet nas comunidades mais distantes na região do Içana

    Hoje (25/04), a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), por meio do diretor Dário Casimiro Baniwa, entregou mais um benefício como resultado do plano de Gestão territorial e ambiental (PGTA) para a Associação Indígena do Rio Cubate (AIRC).

    Foi realizada a instalação de um kit de energia solar completo (placa solar, bateria, controlador e inversor) e um kit completo de internet via satélite starlink do projeto “Conexão Povos da Floresta” em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) na comunidade de Nazaré, localizada no rio Cubate.

    Essa iniciativa representa um passo significativo rumo à promoção da sustentabilidade e conectividade nessas áreas remotas. Com o acesso à energia solar e à internet via satélite, a comunidade de Nazaré terá oportunidades de desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida, possibilitando novas formas de comunicação, acesso à informação e até mesmo oportunidades educacionais e de negócios que antes eram limitadas devido à falta de infraestrutura.

    O trabalho conjunto do projeto “Conexão Povos da Floresta” reflete um compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável e inclusivo, levando inovação e tecnologia para regiões onde esses recursos são essenciais para o progresso socioeconômico.


    É maravilhoso informar que a FOIRN continua levando benefícios às comunidades indígenas como resultado do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA). Esses planos são fundamentais para promover a gestão sustentável dos territórios indígenas, levando em consideração tanto a conservação ambiental quanto o bem-estar das comunidades locais.

    A entrega desse benefício à Associação Indígena do Rio Cubate (AIRC) demonstra o compromisso da FOIRN em apoiar e fortalecer as organizações indígenas locais, garantindo que elas possam implementar projetos e programas que atendam às necessidades de suas comunidades de maneira sustentável e autônoma.

    Que essas ações tragam benefícios tangíveis para a comunidade do Rio Cubate e inspire outras instituições a se juntar em prol do desenvolvimento sustentável e do empoderamento das comunidades indígenas da região do Rio Negro.


    O projeto “Conexão Povos da Floresta” é uma iniciativa incrível e muito necessária para apoiar as comunidades indígenas da Amazônia. A colaboração entre uma rede de parceiros integrados é essencial para fortalecer as organizações indígenas, melhorar a comunicação na região e promover o desenvolvimento em áreas-chave como educação, saúde e governança territorial.

    A Amazônia enfrenta diversos desafios, desde a pressão externa sobre seus recursos naturais até as dificuldades internas enfrentadas pelas comunidades locais. Projetos como esse podem desempenhar um papel crucial na defesa dos direitos indígenas, na promoção do bem-estar das comunidades e na proteção do meio ambiente.

    Ao facilitar a troca de conhecimentos, recursos e apoio entre diferentes parceiros, o projeto “Conexão Povos da Floresta” tem o potencial de gerar impactos significativos e duradouros nas vidas das pessoas que vivem na Amazônia e principalmente no Rio Negro.

    Que esse projeto continue a crescer e a fortalecer as comunidades indígenas, contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para todos na região.

  • 19 de Abril! É eleito novo diretor da Foirn e de referência da região do Baixo Uaupés, Tiquié e Afluentes

    19 de Abril! É eleito novo diretor da Foirn e de referência da região do Baixo Uaupés, Tiquié e Afluentes

    Esta data marca um momento histórico para os Povos Indígenas do Rio Negro, além de ser uma data de reflexão e luta, as lideranças indígenas da região do baixo Uaupés, Tiquié e Afluentes elegem novos representantes para compor a diretoria da Foirn e os novos membros da Coordenadoria Regional Diawi’í.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) realizou mais uma Assembleia Regional Ordinária Eletiva com sucesso, dessa vez foi no distrito de Pari Cachoeira, desde o dia 17 de abril as lideranças indígenas se reuniram para avaliar e planejar as ações dos próximos representantes institucionais eleitos nesta assembleia.

    O jovem Hélio Lopes Tukano com apenas 30 anos, atual articulador de Adolescentes e jovens da região da coordenadoria, foi eleito com 91 dos 158 votos válidos. Quatro candidatos disputam a vaga de diretor da Federação, ele é o mais jovem diretor da Foirn e de referência eleito na história da coordenadoria regional Diawi´í.

    “Agradeço a todos e todas sem distinguir a quem votou e não votou, estou muito feliz pela confiança e que junto como uma equipe que hoje foram eleitos membros da coordenadoria, vamos conduzir junto os trabalhos de nossa região, vamos continuar apoiando os projetos de base comunitária que já está em andamento no baixo rio Uaupés e as novas inciativas, agradeço imensamente aos participantes virtuais que acompanharam através da live no Youtube da foirn pelas mensagens recebidas, também agradecer a equipe de apoio da Foirn e principalmente o Nildo Fontes diretor vice – presidente e de referência da Diawi’í. ” Hélio Lopes Tukano.

    Ficando assim composto os novos representantes indígenas:

    Diretor de Referência: Hélio Lopes

    Coordenador Regional: Francelino Brandão

    Articulador do Departamento de Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (DAJIRN): Gabriel Lana Gonçalves

    Articuladora do Departamento das Mulheres Indígenas do Rio Negro (DMIRN): Luane Mendes de Lima

    Articulador do Departamento de Educação Escolar Indígena (DEEI): Antônio Marques Tenorio.

    Candidata a concorrer a coordenação Geral do DARJIN : Yepario Rayane Tenório  Pimentel

    Não foi e nunca será fácil a luta das lideranças indígenas pelos direitos sociais nas políticas públicas. Por isso é importante a união para o fortalecimento dos povos pela preservação da diversidade cultural e econômica.

    Para a FOIRN que é um órgão Não – governamental, que representa os 24 povos indígenas, o dia 19 de abril é mais uma data para reflexão e luta do que necessariamente de celebração, uma vez que há muito a se avançar nos direitos dos povos originários do Rio Negro. Lembrando que o órgão governamental parceiro e responsável pela proteção dos indígenas brasileiros é a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI).

    É também uma oportunidade de se pensar nos avanços que devem acontecer para que os direitos aos povos indígenas sejam integralmente garantidos.

    Essa data comemorativa foi criada, em 1943, durante a ditadura do Estado Novo. Seu surgimento se deu, em boa medida, pela pressão de Marechal Rondon, importante indigenista brasileiro. Ainda, a data foi criada por influência do Congresso Indigenista Interamericano que havia sido realizado no México em abril de 1940.

    O Dia dos Povos Indígenas é uma data celebrada no Brasil e tem como propósito celebrar a diversidade das histórias e das culturas dos povos indígenas brasileiros, combater preconceitos contra os indígenas, e estabelecer políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários.

  • Foirn participa de uma importante reunião sobre Cooperação Técnica com a Funai e Isa em Brasília-DF

    Foirn participa de uma importante reunião sobre Cooperação Técnica com a Funai e Isa em Brasília-DF

    No dia 28 de março, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), representada por seu diretor presidente, Marivelton Baré, participou de uma importante reunião com a presidência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai/BSB) e Instituto Socioambiental (ISA) para discutir as ações de Cooperação Técnica.

    Ficou definido que no dia 15 de abril de 2024, ocorrerá a formalização e assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Foirn, Funai e Isa. Este acordo representa um passo significativo para o avanço das iniciativas de preservação e desenvolvimento socioambiental.

    Essa reunião e a assinatura do acordo de cooperação técnica entre as Organização Governamental e Não-Governamental são eventos de extrema importância para o fortalecimento das ações voltadas à preservação e desenvolvimento socioambiental das comunidades indígenas do Rio Negro.

    A formalização desse acordo representa um reconhecimento da importância da participação ativa das comunidades indígenas na definição das políticas e projetos que afetam suas vidas e territórios. Além disso, essa parceria permitirá o compartilhamento de conhecimentos tradicionais, experiências e aprendizados mútuos entre as partes envolvidas.

    A cooperação técnica entre a FOIRN, Funai e ISA também pode contribuir para fortalecer as capacidades locais, promover o monitoramento ambiental participativo, apoiar iniciativas de desenvolvimento sustentável nas comunidades indígenas do Rio Negro e garantir o respeito aos direitos territoriais, culturais e ambientais desses povos.

    Espera-se que esse acordo seja implementado de forma efetiva, garantindo uma parceria duradoura entre as instituições envolvidas. É fundamental que haja transparência, diálogo contínuo e avaliação conjunta dos resultados alcançados ao longo do processo.

    Em suma, essa iniciativa é um exemplo positivo de como a colaboração entre os povos indígenas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais pode contribuir para o fortalecimento dos direitos indígenas e para a promoção de um desenvolvimento sustentável mais justo.

  • Parque Nacional do Pico da Neblina – YARIPO está com o Edital 002/2023 disponível

    No dia 25/09, o Instituto Chico Mendes de Conservação da
    Biodiversidade (ICMBio) abriu  processo de credenciamento para pessoas
    jurídicas interessadas na prestação de serviços de operação turística no
    Parque Nacional Pico da Neblina, localizado no Amazonas.

    O edital foi anunciado pelo presidente do ICMBio, Mauro Pires, durante abertura
    da 2ª Edição do Congresso Brasileiro de Trilhas. O credenciamento é para
    operadoras turísticas com experiência em ecoturismo e perfil de base
    comunitária.

    Equipe Yanomami de saída para a primeira expedição turística de 2023 ao
    Yaripo. Foto: Lana Rosa/ISA


    Yaripo, nome Yanomami para o Pico da Neblina, quer dizer “casa dos ventos”,
    sendo um local sagrado para o povo Yanomami. Após 7 anos de preparação
    das comunidades de Maturacá o projeto de ecoturismo Yanomami começou a
    receber visitantes e realizar expedições ao Yaripo em 2022. O projeto é uma
    realização das associações Yanomami AYRCA e AMYK, e tem como parceiros
    a FOIRN, o ISA, a FUNAI e o ICMBio.
    Devido a sobreposição da TIY e do PARNA Pico da Neblina as empresas
    interessadas em trabalhar junto com os Yanomami precisam passar pelo
    credenciamento realizado pelo ICMBio. Além da análise documental e de todas
    as comprovações exigidas pelo edital as empresas que forem aprovadas para
    a segunda fase do credenciamento vão passar também por um momento de
    avaliação junto as associações Yanomami. O credenciamento é para o período
    de 26 meses, com possibilidade de renovação e a atividade turística
    desenvolvida em parceria com os Yanomami segue a regulamentação da
    FUNAI para turismo em TI, além do plano de visitação com roteiro desenhado
    pela própria comunidade.

    Aldeia Ariabu e Serra Opota. Foto: Daniel Del Rei – @habitat.geo


    O Plano de Visitação Yaripo – Ecoturismo Yanomami assegura o protagonismo
    dos Yanomami na gestão do ecoturismo e, neste sentido, as operações
    turísticas autorizada contam com o envolvimento direto dos indígenas na
    prestação dos diferentes serviços previstos. Assim, as
    operadoras interessadas participam como parceiras, divulgando e realizando a
    venda dos pacotes, contribuindo na formação dos Yanomami para a atividade
    turística e promovendo o turismo de base comunitária junto com os indígenas.
    Os interessados em participar do processo de habilitação e credenciamento
    deverão atender às especificações constantes no edital, que está disponível
    em na página do ICMBio ( edital Parque Nacional Pico da Neblina). A primeira
    fase de envio de documentos e habilitação vai até o dia 06 de outubro.

    Acesse este Link para o edital

  • Encontro de Agentes Indígenas de Manejo Ambiental, fortalece novos integrantes com troca de conhecimentos e experiências

    Encontro de Agentes Indígenas de Manejo Ambiental, fortalece novos integrantes com troca de conhecimentos e experiências

    Entre os dias 24 e 28 de julho de 2023, a comunidade de Urubucuara, localizada na terra Indígena Alto Rio Negro, sediou o encontro regional dos Agentes Indígenas de Manejo Ambiental (AIMAS).

    O evento contou com participação dos agentes da Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê (COIDI) e da Coordenadoria das Associações Indígenas Balaio, Alto Rio Negro e Xié (CAIBARNX), total de  15 novos agentes da COIDI e 04 da CAIBARNX, ambos em seu primeiro ano de atividade, sendo do médio Waupés, Iauaretê, alto Papuri, Alto Waupés, além da importante participação dos AIMAs Hupda do rio Japu e Igarapé Cabarí.

    Portanto cerca de 75 pessoas de 12 etnias vindas de várias regiões. O encontro foi um processo de formação para a produção e coleta de dados para o monitoramento de suas pesquisas, tendo como foco central compreender o papel de um AIMA, que é o de agente comunitário, podendo ser adulto, jovem, homem e mulher, que atua no manejo ambiental e na Gestão Territorial e Ambiental.

    Durante os dias do evento, foram apresentadas iniciativas já realizadas juntamente com os AIMAs mais experientes da região da Coordenadoria das Organizações Indígenas do Tiquié, Baixo Waupés e Afluentes (DIAWI’I), que estiveram presentes para compartilhar sua experiência de pesquisa iniciada desde 2005, juntamente com o Instituto socioambiental (ISA) que acompanha essas pesquisas.

    Além das iniciativas já realizadas, o evento também proporcionou a apresentação de novas ideias e projetos relacionados à pesquisa socioambiental na região da DIAWI’I. Durante as palestras, foi possível perceber a importância da preservação da biodiversidade e da cultura local para garantir um desenvolvimento sustentável na região. Entre os temas abordados, destacam-se:

    • A importância da participação das comunidades locais na definição de projetos de pesquisa e de conservação ambiental;
    • O uso de tecnologias de mapeamento e monitoramento para avaliar o impacto das atividades humanas na região;
    • A necessidade de fortalecer as parcerias entre instituições de pesquisa, organizações governamentais e não-governamentais e comunidades locais para garantir a continuidade e eficácia das iniciativas socioambientais.

    Foi uma oportunidade única de aprendizado e troca de conhecimentos entre os participantes do evento, que saíram motivados a continuar trabalhando juntos em prol da preservação do meio ambiente e da valorização da cultura local.

    Os temas abordados na palestra são de extrema importância para a preservação da natureza e da cultura indígena. Algumas informações adicionais que podem ser relevantes para complementar o conteúdo são:

    • O Calendário Ecológico é uma ferramenta utilizada pelos povos indígenas para guiar suas atividades diárias de acordo com as mudanças na natureza. É baseado no conhecimento ancestral sobre os ciclos da vida, como o ciclo das plantas e dos animais.
    • O Sistema Agrícola indígena é uma forma de cultivo que respeita a biodiversidade local, utilizando técnicas tradicionais e evitando o uso de agrotóxicos.
    • O Manejo de Pesca é uma prática sustentável que busca preservar as espécies e os recursos naturais utilizados na pesca, evitando a sobrepesca e a degradação dos ecossistemas aquáticos.
    • O Mapeamento e Lugares Sagrados são ferramentas utilizadas pelos povos indígenas para identificar e proteger locais considerados sagrados, como cemitérios, nascentes, montanhas e rios.
    • A Proteção Ritual é uma prática que envolve o uso de cantos, danças e outras formas de expressão cultural para fortalecer a conexão dos indígenas com a natureza e seus antepassados.
    • A gestão de lixo é um desafio enfrentado pelos povos indígenas que buscam preservar o meio ambiente e garantir a saúde das comunidades. A palestra com o Engenheiro Sanitarista pode ter trazido informações valiosas sobre técnicas de coleta, tratamento e destinação adequada dos resíduos.
    • A experiência de vigilância de território com o senhor Evaldo Alencar pode ter abordado a importância da preservação dos territórios indígenas e do trabalho de monitoramento e proteção realizado pelas comunidades.

    À noite, houve rodas de conversa com os conhecedores tradicionais convidados pelos AIMAs de várias regiões, falando sobre a origem de cada povo do rio Waupés, um pouco de benzimento e proteção. Para eles, foi um momento de iniciativa para compartilhar seu saber tradicional com os mais jovens presentes, assimilando a importância de proteger o território pensando no esgotamento dos recursos naturais, garantindo a sobrevivência de suas próprias comunidades, preservando a riqueza ambiental para as gerações futuras.

    No final, foram destacados os avanços e desafios de trabalhar nas pesquisas, um momento muito importante para adquirir e compartilhar conhecimentos, além dos desafios logísticos enfrentados pelas comunidades longínquas, como cachoeiras, sol e chuva, mas que não medem esforços para participar dos encontros, pois todos têm objetivos a serem alcançados para o bem viver em suas comunidades.

    O evento foi realizado pela equipe da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) representada por Mª Hildete Araújo, articuladora institucional dos AIMAs, Janete Alves, diretora e de referência da COIDI em parceria com o Instituto socioambiental (ISA), Aloisio Cabalzar e Danilo Parra, contou com a participação de instituições convidadas como a FUNAI – CR/RNG, representada por Evaldo Marcio Alencar, DSEI ARN, representado por Luiz Brazão, Coordenador do DSEI-ARN, Johnatan Almeida, Engenheiro Sanitarista da SESANI, Miquelina Machado, assessora Indígena, Gislaine Velasques, secretária executiva do CONDISI e Bruno Marques.