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  • Campanha Rio Negro, Nós Cuidamos promove troca de saberes e experiências de enfrentamento da Covid-19 pelas mulheres indígenas

    Campanha Rio Negro, Nós Cuidamos promove troca de saberes e experiências de enfrentamento da Covid-19 pelas mulheres indígenas

    Participantes da II Oficina sobre Plantas Medicinais realizado na comunidade Yamado em São Gabriel da Cachoeira/AM. Foto: Juliana Albuquerque/Foirn

    Mulheres indígenas das etnias Dâw, Baniwa, Baré, Tariana, Koripako e Tukano se reuniram na comunidade Yamado, em São Gabriel da Cachoeira (AM), para trocar saberes e experiências de enfrentamento da Covid-19 a partir dos conhecimentos tradicionais.

    As participantes da II Oficina sobre Plantas Medicinais, ocorrida no último dia 20 de maio, destacaram a importância dos saberes e conhecimentos tradicionais para os povos do Rio Negro no enfrentamento da Covid-19. A doença que já matou 108 pessoas no município e contaminou mais de 8 mil pessoas até dia 23 de maio deste ano, segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde, impactou à vida de famílias indígenas tanto da área urbana, quanto nas comunidades mais distantes.

    As integrantes da Associação dos Artesãos Indígenas de São Gabriel (Assai) também compartilharam a experiência sobre a cartilha “Plantas Medicinais e receitas usadas contra a Covid-19 no Rio Negro” lançada em março deste ano. Nesta cartilha também estão registrados relatos e experiências de enfrentamento com plantas tradicionais nos períodos mais críticos da primeira onda da pandemia em 2020.

    Apesar da chegada e avanço da vacinação contra a Covid-19 no município, os conhecedores tradicionais lembraram que os cuidados e o uso da medicina tradicional devem continuar e que os protocolos sanitários básicos de lavagem de mãos e uso de máscara continuam sendo necessários e importantes no momento.

    Ilze da Silva Luciano Baré da Associação ASSAI compartilha experiências. Foto: Juliana Albuquerque/Foirn

    A oficina foi uma realização da Campanha Rio Negro, Nós Cuidamos através do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro (DMIRN/FOIRN), que junto com os parceiros locais desenvolve ações de valorização cultural e de enfrentamento da Covid-19 no Rio Negro.

    Conheça a nossa campanha e participe dessa luta: http://www.noscuidamos.foirn.org.br

  • Oficina de mapeamento de iniciativas do Rio Negro

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    Participantes da Oficina de Mapeamento de Iniciativas do Rio Negro. Estiveram presentes as coordenadorias regionais, professores e gestores de escolas. O evento foi realizado pela parceria: FOIRN/ISA/FUNAI-CRRN

    Oficina de mapeamento de iniciativas do Rio Negro Com objetivo de reunir dados existentes sobre os povos do Rio Negro, a Oficina intitulada de “Oficina de Mapeamento de Iniciativas do Rio Negro, Articulação para propostas de Gestão dos Territórios Indígenas do Rio Negro”, foi realizado na Casa do Saber da FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), entre os dias 10 a 12 de setembro.

    Discutir criticamente as informações a fim de criar dados confiáveis sobre a população indígena do Rio Negro, foi o foco da oficina, que contou com a participação de lideranças das cinco coordenadores regionais (CABC, CAIARNX, CAIMBRN, COIDI e COITUA), professores e gestores de escolas de Pari Cachoeira, Iauaretê e lideranças de associações, totalizando mais de 50 participantes.

    Em dois dias, recheados de exposições feitas pelo atores que trabalham com algum tipo de censo, como o DSEI no campo da saúde, SEMEC em educação, e dados o IBGE, e acompanhadas por debates, a oficina rendeu os primeiros resultados, até mesmo propostas iniciais de fichas de censo, elaborados por Gts que foram organizados por coordenadorias.

    Foram expostos experiências desse tipo de trabalho já em andamento pela equipe do município de Barcelos, que foi bastante elogiada pelos participantes e pela coordenação da oficina. Os debates foram feitas em torno de como se chegar a um censo que consiga ter a “qualidade e quantidade” juntas. Pois, segundo, alguns participantes, na maioria dos censos feitos na região não são bem “feitas” ou não são completas. “As coisas devem ter equilíbrio”- frisou o professor e Gestor da Escola de Pari Cachoeira, Protásio .

    Como fazer um censo que sirva de base para elaboração de um projeto de Gestão Territorial? “As exposições feitas são importantes para elaborarmos um modelo de censo que consiga reunir em um só lugar informações sociais, econômicos e populacionais, que poderão ser consultados por qualquer um que tiver necessidade e interesse”- explicou Domingos Barreto, Coordenador Regional da FUNAI-CRRN (Coordenação Regional do Rio Negro).

    A oficina conseguiu reunir dados importantes e experiências existentes na região para servirem de apoio para a elaboração de um modelo de ficha que será usado no censo que será feito, como sequência de atividade que está começando. A realização da próxima oficina sobre o tema, deve acontecer no final desse ano, ou no inicio do ano que vem, segundo os coordenadores da iniciativa.

    O objetivo maior é realizar um censo da situação “real” dos povos do Rio Negro, como os próprios participantes definiram. Que deverá acontecer, assim que for definido o modelo de censo que ainda será elaborado na próxima oficina. Agora é “que nem plantar uma semente no chão, temos que cuidar, pra ela poder nascer, crescer e dar frutos”- recomendou o Domingos, convidando a todos os participantes a dedicar aos trabalhos e continuar o que foi iniciado na oficina. A oficina foi uma realização da parceria FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), ISA (Instituto Socioambiental) e FUNAI-CRRN.