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  • FOIRN continua instalando sistema de energia solar e internet nas comunidades mais distantes na região do Içana

    FOIRN continua instalando sistema de energia solar e internet nas comunidades mais distantes na região do Içana

    Hoje (25/04), a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), por meio do diretor Dário Casimiro Baniwa, entregou mais um benefício como resultado do plano de Gestão territorial e ambiental (PGTA) para a Associação Indígena do Rio Cubate (AIRC).

    Foi realizada a instalação de um kit de energia solar completo (placa solar, bateria, controlador e inversor) e um kit completo de internet via satélite starlink do projeto “Conexão Povos da Floresta” em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) na comunidade de Nazaré, localizada no rio Cubate.

    Essa iniciativa representa um passo significativo rumo à promoção da sustentabilidade e conectividade nessas áreas remotas. Com o acesso à energia solar e à internet via satélite, a comunidade de Nazaré terá oportunidades de desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida, possibilitando novas formas de comunicação, acesso à informação e até mesmo oportunidades educacionais e de negócios que antes eram limitadas devido à falta de infraestrutura.

    O trabalho conjunto do projeto “Conexão Povos da Floresta” reflete um compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável e inclusivo, levando inovação e tecnologia para regiões onde esses recursos são essenciais para o progresso socioeconômico.


    É maravilhoso informar que a FOIRN continua levando benefícios às comunidades indígenas como resultado do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA). Esses planos são fundamentais para promover a gestão sustentável dos territórios indígenas, levando em consideração tanto a conservação ambiental quanto o bem-estar das comunidades locais.

    A entrega desse benefício à Associação Indígena do Rio Cubate (AIRC) demonstra o compromisso da FOIRN em apoiar e fortalecer as organizações indígenas locais, garantindo que elas possam implementar projetos e programas que atendam às necessidades de suas comunidades de maneira sustentável e autônoma.

    Que essas ações tragam benefícios tangíveis para a comunidade do Rio Cubate e inspire outras instituições a se juntar em prol do desenvolvimento sustentável e do empoderamento das comunidades indígenas da região do Rio Negro.


    O projeto “Conexão Povos da Floresta” é uma iniciativa incrível e muito necessária para apoiar as comunidades indígenas da Amazônia. A colaboração entre uma rede de parceiros integrados é essencial para fortalecer as organizações indígenas, melhorar a comunicação na região e promover o desenvolvimento em áreas-chave como educação, saúde e governança territorial.

    A Amazônia enfrenta diversos desafios, desde a pressão externa sobre seus recursos naturais até as dificuldades internas enfrentadas pelas comunidades locais. Projetos como esse podem desempenhar um papel crucial na defesa dos direitos indígenas, na promoção do bem-estar das comunidades e na proteção do meio ambiente.

    Ao facilitar a troca de conhecimentos, recursos e apoio entre diferentes parceiros, o projeto “Conexão Povos da Floresta” tem o potencial de gerar impactos significativos e duradouros nas vidas das pessoas que vivem na Amazônia e principalmente no Rio Negro.

    Que esse projeto continue a crescer e a fortalecer as comunidades indígenas, contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para todos na região.

  • Mais duas oficinas de elaboração de Planos de Gestão Territorial das Terras Indígenas no Rio Negro são realizadas

    Foto: Ray Benjamim
    Foto: Ray Benjamim

    Mais duas oficinas de elaboração de Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) foram realizadas no Rio Negro. Uma em Santa Isabel do Rio Negro (6 a 8/10), que reuniu lideranças indígenas e representantes das organizações de base do médio e baixo Rio Negro, e outra em Tunuí Cachoeira (7 a 10/10), que reuniu os Povos Baniwa e Koripaco, que vivem na região do Içana e afluentes (Aiarí e Cuiarí).

    As oficinas de elaboração dos PGTAs no Rio Negro são realizadas pela FOIRN em parceria com o Instituto Socioambiental e com apoio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI – Coordenação Regional do Rio Negro). As coordenadorias regionais e as Coordenações Técnicas Locais (CTLs) são responsáveis pela logística desses eventos.

    Os trabalhos tem como base os eixos e objetivos da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas – Decreto 7.747/2015. Uma oportunidade para os povos indígenas discutir políticas públicas, projetos sustentáveis e gestão de seus territórios, que valorize e priorize a identidade cultural e territorial desses povos, que tem sido um dos principais desafios no Rio Negro pós demarcação das Terras Indígenas.

    Foram mais de 20 anos de luta pela demarcação das Terras Indígenas no Rio Negro. Hoje ainda continua a luta pela demarcação de mais duas Terras Indígenas, que não foram concluídas, uma no Alto Rio Negro e outra no baixo Rio Negro. Após essa conquista a FOIRN vem desenvolvendo ações de vigilância das TIs, projetos de geração de renda e alternativas econômicas, valorização dos conhecimentos tradicionais, transmissão de conhecimentos tradicionais de uso e manejo recursos naturais, fortalecimento política das associações de base e comunidades, comunicação e entre outros.

    Portanto, a construção dos PGTAs dos Territórios habitados pelos povos indígenas do Rio Negro vem fortalecer e potencializar essas experiências que tem como objetivo principal a gestão e governança desses territórios.

    Metodolodia

    Cada região do Rio Negro irá elaborar seu PGTA a partir de seus conhecimentos tradicionais sobre territorialidade, experiências de contato, de projetos desenvolvidos e especialmente com base nos desafios atuais.

    O primeiro passo da construção dos PGTAs tem como atividade principal a realização de mapeamento de territorialidades como as áreas de uso das comunidades e atuações das associações.

    Após a realização da primeira oficina, cada região irá elaborar um plano de atividades para dar continuidade da construção do plano, que inclui aprimoramento e aprofundamento de informações levantadas na oficina, através de realização de viagens às comunidades.

    Oficina em Santa Isabel do Rio Negro

    Participantes da oficina realizada em Santa Isabel do Rio Negro. Foto: Rosilda Cordeiro
    Participantes da oficina realizada em Santa Isabel do Rio Negro. Foto: Rosilda Cordeiro

    Teve cerca de 150 participantes vindos de 30 comunidades da abrangência dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos.

    Os participantes apontaram os problemas na prestação de assistência básica de saúde nas comunidades, educação escolar indígena não implementada, e principalmente a demora do reconhecimento e demarcação da Terra Indígena no Baixo Rio Negro que está se arrastando há vários anos.

    Os participantes vêem no PGTA um um instrumento fundamental para planejar ações que vão garantir a gestão do território e principalmente sua governança.

    Oficina em Tunuí Cachoeira, Médio Içana

    Participantes da Oficina realizada em Tunuí Cachoeira, médio Içana. Foto: Ray Benjamim/FOIRN

    A oficina realizada em Tunuí Cachoeira, reuniu 140 participantes, vindos de todas as microrregiões do Içana (baixo, médio e alto Içana, Aiarí e Cuiarí).

    Os Baniwa e Koripaco realizaram trabalho de mapeamento das territorialidades por comunidades e associações de base, identificando as áreas de uso, como também as potencialidades, que poderão ser transformados em projetos de geração renda no plano.

    O Conselho Kaali que está em processo de consolidação será um espaço de governança do território, onde temas importantes serão discutidos e deliberados, e o PGTA irá subsidiar todas as ações nas microrregiões que serão implementados por associações de base.

    Os Baniwa e Koripaco apontaram na primeira oficina, a partir de sua história de contato, seus projetos já realizados e em andamento, que o maior desafio hoje saber manejar os recursos que existem atualmente, para garantir futuro às novas gerações.

    Esse saber manejar é valorizar e transmitir os conhecimentos tradicionais de uso e manejo de recursos existentes no território, e aliar as novas tecnologias e os conhecimentos científicos no desenvolvimento de projetos que irão garantir a gestão do território.

    “ Precisamos fazer um plano de gestão do nosso território que tenha haver com nossa cara, que seja do nosso jeito, pois será um instrumento que iremos usar para cuidar do nosso território” – disse André Baniwa, um dos coordenadores da realização da Oficina de elaboração do PGTA Baniwa e Koripaco.

    Saiba mais: Saber manejar no presente para garantir o futuro é o desafio, apontam os Povos Baniwa e Koripaco na oficina de elaboração do PGTA do Rio Içana e Afluentes

    Mais oficinas serão realizadas

    Até ao final do mês de outubro serão realizadas mais três oficinas de elaboração do PGTA. Uma em Taracúa, Médio Uaupés, que irá reunir participantes do Rio Tiquié e Baixo Uaupés, a outra em Iauaretè que contará com a participação das comunidades do Médio e Alto Uaupés e Rio Pauri, e por último em Juruti, alto Rio Negro, que será exclusiva para os moradores das comunidades do Alto Rio Negro e Xié.