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  • FOIRN participa do III Intercâmbio de Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade

    FOIRN participa do III Intercâmbio de Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade

    Fortalecendo Cadeias e Conhecimentos Indígenas nos territórios Indígenas.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), representada por Rosangela Fidelis, gerente administrativo e financeiro da Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro – Casa Wariró, participou do III Intercâmbio de Cadeias de Produtivas da Sociobiodiversidade, na Sede da Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-AC-Rio Branco), no Centro de Formação dos Povos da Floresta, nos dias 13 a 17 de maio de 2024.

    O intercâmbio teve um objetivo muito importante e abrangente. Ampliar o conhecimento sobre a sociobiodiversidade é crucial não apenas para fortalecer as cadeias nas Terras Indígenas, mas também para promover a segurança e soberania alimentar, valorizando os conhecimentos indígenas, reconhecendo as questões de gênero e abordando a emergência climática. Essas iniciativas não apenas fortalecem as comunidades indígenas, mas também contribuem para uma abordagem mais holística e sustentável para lidar com desafios globais.

    É importante destacar que o I Intercâmbio foi realizado no município de São Gabriel da Cachoeira em 2022, na sede casa Wariró/FOIRN, o II Intercâmbio foi realizado no Xingú na ATIX em 2023 e o III Intercâmbio realizado em Rio Branco -Acre em 2024.

    É interessante ver como o intercâmbio se deslocou para diferentes regiões, abrangendo uma variedade de contextos e comunidades indígenas. Isso demonstra um compromisso contínuo com a troca de conhecimentos e experiências em várias partes do país, enriquecendo ainda mais as discussões e colaborações entre os participantes. Cada local oferece suas próprias perspectivas e desafios únicos, contribuindo para uma compreensão mais completa e inclusiva da sociobiodiversidade e das questões relacionadas à segurança alimentar, gênero e emergência climática.

    É maravilhoso ver como Edilene Barbosa Paracurú e José Marcondes puderam relembrar e compartilhar suas experiências significativas durante o 1º Intercâmbio em São Gabriel da Cachoeira. Visitar o projeto de Base Comunitária de Turismo de Pesca Esportiva do Rio Marié na comunidade de Tapurucuara Mirim, no médio Rio Negro, certamente proporcionou resultados valiosos sobre práticas sustentáveis de turismo e conservação ambiental.

    Além disso, participar da Maloca Casa do Saber e visitar os departamentos técnicos e políticos na sede da FOIRN ofereceu uma oportunidade única de intercâmbio de conhecimentos entre as comunidades indígenas e os parceiros envolvidos no projeto. Essas experiências não apenas enriqueceram suas próprias compreensões, mas também contribuíram para fortalecer as conexões e parcerias dentro e fora das comunidades indígenas.

    “O Intercâmbio foi bastante enriquecedor para as iniciativas, passa conhecimentos para fortalecer as cadeias em nosso Território. Os parentes viram a apresentação da FOIRN como exemplo de uma iniciativa do artesanato de forma bem estruturada e que está bem alinhada, tem etiquetas, processos já feitos, ressaltei que tudo isso é graças ao trabalho coletivo, as parcerias, aos projetos e aos gestores que passaram e quem estão hoje representando a Federação.” Frisou Rosangela Fidelis – Gerente administrativo e financeiro da Casa Wariró.


    Importante ver que os representantes de outras instituições também reconheceram o valor dos encontros de intercâmbio e a importância de seu foco na preservação do meio ambiente. Essa avaliação positiva destaca como esses eventos não apenas promovem a troca de conhecimentos e experiências, mas também reforçam o compromisso coletivo com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

    Ao reunir diferentes iniciativas e perspectivas, tais encontros podem inspirar colaborações ainda mais amplas e impactantes, visando a proteção e a promoção da biodiversidade e dos recursos naturais para as gerações presentes e futuras.

    Destacamos alguns comentários:

    “Vamos rebater a ideia de que indígenas não precisam de dinheiro. As visitas foram muito ricas”.  Jaime/OGM.

    “O AIC (Fundo de pequenos projetos do Xingu) é uma iniciativa muito importante localmente. A minha pesquisa foi fruto do pequeno edital da RCA, podemos pensar a geração de autonomia através de pequenos fundos.” Edilene/OPIAC.

    “Cada região tem sua própria forma de geração de autonomia. Uma das coisas que aprendemos é que é possível ser autônomo com nossas produções e buscar geração de renda para nossos familiares.” Jaime/OGM.

    “Estou saindo com muitas ideias para meu trabalho e melhoria das roças na minha região. Esses encontros são importantes para mostrarmos a nossa realidade e pensarmos melhorias.” Tari/ATIX.

    “O intercâmbio foi muito produtivo, visitamos muitas iniciativas e vamos levar para nossa comunidade para tentarmos fazer na prática o que aprendemos. Nós podemos incentivar e passar o que aprendemos para frente. Gostei muito da família de agricultores que fomos visitar, eles conseguem produzir muito e vender dentro de um pequeno território. Nós, povos indígenas, temos muita terra e podemos produzir muito também.” Ronaldo/AMIM.

    “Essa área era degradada e foi reflorestada, isso é muito impressionante. A cooperativa que visitamos hoje abriu minha mente sobre formas diferentes de produção e vou levar isso para minha comunidade. Divulgar esse conhecimento que para mim é novo.” Makreiton/APINA.

    “Estamos buscando sim a autonomia nas nossas comunidades. Não só nós jovens, mas também as mulheres. Essa estrutura do centro de formação é muito inspiradora. Também gostei da criação de quelônios, nunca tinha pensando nisso, vou levar isso para minha comunidade. Todas as coisas que vi aqui viraram um norte. É uma experiencia nova.” Sinézio/CIR.

    “Vou levar para minha aldeia, é uma nova experiencia para mim, as coisas que foram apresentadas não acontecem na minha comunidade, vou levar essas novas experiencias comigo. Vou levar tudo o que aprendi para o encontro de mulheres e para a assembleia da minha associação. Podemos pensar em fazer outras coisas.” Julieta/Iepé.

    Estiveram presentes no intercambio membros da RCA representando várias organizações e a equipe da CPI-AC: Julieta Tiriyó/Iepé, Thiago Arruda/CTI, Edilene/OPIAC, Rosângela Fidelis/FOIRN, Ronaldo Anicá/AMIM, Sinézio Mota/CIR, Oscar Apinagé/Wyty-Cate, Iramar Yanomami/Hutukara, José Marcondes/AMAAIAC, Makreito Waiãpi/APINA, Vera Olinda/CPI AC, Jaime Mayuruna/OGM, Dorines/OPIAC, Tariaiup Kayabi/ATIX, Miaraip Kaiabi/ISA e Talita Alves/RCA.

    Realização: Rede de Cooperação Amazônica/RCA.

  • A FOIRN participou da 88ª Sessão da Convenção da ONU em Genebra – Suíça

    A FOIRN participou da 88ª Sessão da Convenção da ONU em Genebra – Suíça

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) representada pela Diretora Jante Alves Dessana, estava participando da 88ª Sessão da Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres – CEDAW, em Genebra – Suíça, junto coma a delegação de mulheres, esse é um evento relacionado à avaliação do Brasil.

    A participação da delegação em uma agenda com a Ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gomes, e a delegação do Estado Brasileiro, junto com movimentos sociais presentes em Genebra, em 22/5, destaca o engajamento contínuo das organizações indígenas e da sociedade civil na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.

    Essa reunião proporcionou uma oportunidade importante para dialogar sobre questões fundamentais relacionadas aos direitos das mulheres indígenas no Brasil, incluindo o acesso à saúde, educação, justiça e participação política. Ao envolver tanto representantes do Estado quanto da sociedade civil, essa agenda demonstra um esforço colaborativo para identificar desafios e buscar soluções para garantir o pleno respeito e reconhecimento dos direitos das mulheres indígenas no país.

    A leitura por Janete Alves Dessana, diretora da FOIRN, das recomendações das mulheres indígenas da Amazônia ao governo brasileiro e a entrega do documento “Mulheres Indígenas do Rio Negro e Seus Direitos na CEDAW” para a Secretária de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça, Sheila de Carvalho, representam passos importantes na defesa dos direitos das mulheres indígenas. Essa ação demonstra um compromisso sério em garantir que as vozes e preocupações das mulheres indígenas sejam ouvidas e consideradas nas políticas e práticas governamentais.

    Ao apresentar as recomendações e o documento, Janete Alves Dessana e a FOIRN estão enfatizando a importância da implementação efetiva da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW) para proteger e promover os direitos das mulheres indígenas, especialmente aquelas que vivem na região do Rio Negro. Essa ação não apenas destaca as questões específicas enfrentadas pelas mulheres indígenas, mas também busca a colaboração e o compromisso do governo brasileiro em abordar essas questões de maneira significativa e inclusiva.

    Texto: Comunicação Foirn

    Base de Informação: ISA e RCA

    Foi realizada no Palácio das Nações em Genebra, a Sessão de avaliação do Brasil na CEDAW – Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres.

     
    A incidência liderada por instituições Indígena e indigenista, como a AMIM, FOIRN, Iepé, ISA e RCA, com o apoio da Race & Equality, o Comitê CEDAW cobra o governo brasileiro em diversos temas que foram reportados nos relatórios enviados sobre a situação das mulheres indígenas na Amazônia Brasileira.

    Temas como saúde indígena, reconhecimento dos sistemas de saúde indígenas e dos conhecedores tradicionais como parteiras, pajés e benzedeiros, aumento das taxas de mortalidade de câncer de útero em mulheres indígenas, a insuficiência de profissionais e mulheres ginecologistas e obstetras para atendimento das mulheres indígenas; o aumento da violência dentro dos territórios, o uso prejudicial de álcool, o aumento das taxas de suicídio e a ausência de um programa específico para combater a violência contra meninas e mulheres indígenas nesses territórios foram abordados pelas membras do Comitê.

    A CEDAW destacou ainda a situação da vulnerabilidade dos territórios indígenas transfronteiriços, que fazem fronteiras com os três maiores produtores de cocaína do mundo, no estado do Amazonas.

    A necessidade de consulta perante os projetos de desenvolvimento e infraestrutura que afetam os direitos territoriais indígenas também foram mencionados.

    Foi destacada a importância da Amazônia Brasileira e o papel das mulheres indígenas e a proteção dos conhecimentos tradicionais para a promoção da Justiça climática no mundo.

    A preocupação com as demarcações e a tese do marco temporal, prevista na Lei 14.701/2023, também foram pontuadas na reunião de avaliação do Brasil pela CEDAW.

    Em resposta, o governo brasileiro reconheceu a falta de acesso e o preconceito que mulheres indígenas e negras sofrem nas instituições de saúde e se comprometeu em priorizar que médicas mulheres atendam mulheres indígenas e a avançar no reconhecimento dos conhecedores tradicionais.

    O Comitê Cedaw irá trabalhar para concluir o relatório final com as considerações das membras e as Recomendações ao Estado Brasileiro.

    Texto: Rede de Cooperação Amazônica – RCA

  • Foirn participa da Assembleia Anual da RCA em Brasília

    Foirn participa da Assembleia Anual da RCA em Brasília

    A Rede de Cooperação Amazônica (RCA) realizou a Assembleia Anual de 2023 entre os dias 28 de fevereiro e 02 de março, em Brasília – Distrito Federal  com a participação de representantes de 14 de suas organizações-membros, a Secretaria Executiva e o Conselho Político da Rede, a Rainforest Foundation da Noruega (RFN), que apoia a Rede desde a sua criação.

    Durante a Assembleia, foi trabalhada como pauta prioritária a cooperação das organizações indígenas e indigenistas que compõem a rede nos diferentes eixos temáticos de atuação da RCA. Foram discutidas e pactuadas pelas organizações as diretrizes e encaminhamentos que a Rede de Cooperação Amazônica seguirá no futuro.

    O evento contou com a participação das coordenações de suas organizações membro no lançamento da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados, junto com a Deputada eleita pelo estado de Minas Gerais, Célia Xakriabá.

    RCA recebeu a colaboração em suas pautas técnicas da especialista do Observatório do Clima, Suely Araújo, da coordenadora do Programa Xingu do Instituto Sócio Ambiental (ISA) Biviany Garzón, e o coordenador da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais – IRI Brasil.

    A diretora da RFN, Anna Bjorndal, e o oficial do Programa Brasil da RFN, Fernando Mathias, lideraram um painel e uma conversa com a RCA sobre a atuação da RFN e o seu programa no Brasil.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) estava representada pelo diretor presidente Marivelton Rodrigues do povo Baré e a diretora Janete Alves do povo Dessana. Onde também foi pautado e discutido o tema sobre a situação de Redd+ e credito de carbono e suas complexidades e, o quanto ainda tem a ser  discutido sobre a temática na região do Rio Negro de abrangência da Foirn.

     Marivelton Baré disse que conversou com os parceiros sobre esse tema, no qual foi decidido que na reunião do Conselho Diretor da Foirn, terá a participação de uma equipe para poder explanar sobre o tema, para que as lideranças das coordenadorias regionais possam ter conhecimento profundo do assunto e suas consequências.

    “Combinei com parceiros e entendedores também da temática, que na nossa reunião do Conselho Diretor vai uma equipe delegação para poder explanar esse tema e assim as lideranças regionais possam estar se aprofundando no assunto e vendo a tamanha que é isso. Por exemplo, hoje ainda não se tem um cálculo absoluto de quanto está uma mínima quantidade de área para carbono e também existe experiência a partir de outros países e uma área no Brasil e o que estamos buscando levar para poder ser apresentado a todos nós aí na região através da FOIRN”.

    “Esses grupinhos que estão correndo atrás de assinaturas e prometendo nas comunidades, estão perdendo o tempo deles, por aqui não vão conseguir emplacar isso. Falamos sobre isso também no Ministério do Meio Ambiente (MMA), tudo ai no território do Rio Negro será através da FOIRN.” Completou Marivelton Baré.

    Na Assembleia também se definiu a continuidade da Secretaria Executiva pelo Sr. Luis Donizete Gropione, pautando que a próxima assembleia possa pautar uma avaliação sobre o fortalecimento da Rede e sua autonomia e também possam ter uma transição duradoura para uma nova secretária executiva quando chegar o momento.

    Origem

    A RCA originou-se em 1996 de uma Rede de Aliança Latino Americana congregando organizações apoiadas pela Rainforest Foundation da Noruega – RFN. Esta agência de cooperação internacional incentivou a articulação das organizações que apoiava em diferentes países da América Latina, com vistas a trocarem experiência entre si e difundirem seu trabalho. Em 1997, criou-se uma seção brasileira dessa rede que em 2000 tornou-se independente, originando uma articulação nacional em torno da questão indígena dos parceiros brasileiros da RFN. Essa articulação formalizou-se como RCA – Rede de Cooperação Alternativa, que em 2013 teve seu nome reformulado para Rede de Cooperação Amazônica (mantendo sua sigla: RCA).

    Missão

    A RCA tem como missão promover a cooperação e troca de conhecimentos, experiências e capacidades entre as organizações indígenas e indigenistas que a compõem, para fortalecer a autonomia e ampliar a sustentabilidade e o bem estar dos povos indígenas no Brasil.

    O objetivo principal da RCA

    Como objetivo principal, a RCA visa promover a articulação e o protagonismo político dessas organizações em torno de temas estratégicos voltados para a sustentabilidade e governanças locais nas terras indígenas; reconhecimento público do papel fundamental que os povos indígenas desempenham na conservação das florestas; fortalecimento das organizações indígenas e indigenistas na defesa dos interesses e direitos indígenas na Amazônia e aprimoramento das políticas públicas indigenistas e ambientalistas.

    Organizações membro

    A RCA é constituída hoje por 14 organizações, sendo 10 indígenas (AMAAIAC, AMIM, Apina, ATIX, CIR, FOIRN, Hutukara, OGM, OPIAC e Wyty-Catë) e 4 indigenistas (CPI-AC, CTI, Iepé e ISA), representantes de mais de 86 povos indígenas que vivem no bioma da Amazônia e no seu entorno, especialmente nos corredores formados pelas terras indígenas nas seguintes regiões: Acre-Javari/AM; Rio Negro-Roraima; Bacia do Xingu/MT; Amapá-norte do Pará e Complexo Timbira/MA-TO.  Enquanto uma rede de articulação, a RCA desenvolve atividades que direta e indiretamente atingem mais de 136 mil índios, de ambos os sexos e todas as faixas etárias, habitantes das  93 terras indígenas da região amazônica abrangidas pela ação das 14 organizações indígenas e indigenistas que a integram, habitantes de um território que soma cerca de 47 milhões de hectares de floresta.

    Em comum, além da maioria das organizações membro serem parceiras da Rainforest Foundation Norway – RFN, todas as organizações que integram a RCA atuam na Amazônia brasileira, mantêm fortes afinidades políticas, temáticas e metodológicas em seus trabalhos junto a diferentes povos indígenas e vêm buscando, nos últimos anos, influenciar as políticas públicas dirigidas aos índios. O campo de ação dessa articulação foi delimitado pelas organizações membro em termos da realização de atividades coletivas de intercâmbios interculturais, seminários temáticos, encontros regionais, formação de quadros e capacitações, produção e difusão de publicações, monitoramento das políticas públicas indigenistas e ambientalistas e incidência política.

  • Rede de Cooperação Amazônica realiza assembleia para avaliar e planejar ações

    Rede de Cooperação Amazônica realiza assembleia para avaliar e planejar ações

    Essa semana, entre os dias 25 a 26 de outubro, membros da Rede de Cooperação Amazônica – RCA participam da assembleia de Avaliação e Planejamento da rede, em Brasília.

    Participantes da Assembleia da Rede de Cooperação Amazônica realizada em Brasília nos dias 25 a 25/10. Foto – Patrícia Zuppi/RCA

    São as principais pautas da assembleia: Consulta Prévia e Protocolos de Consulta, Mudanças Climáticas e Povos Indígenas, Gestão Territorial e Cadeias Produtivas, defesa dos direitos indígenas, formação em direito para mulheres indígenas no âmbito da RCA.

    São membros da RCA as organizações: Hutukara Yanomami, ATIX – Associação Terra Indígena Xingu, OPIAC – Organização dos Professores Indígenas do estado do Acre, FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, CIR – Conselho Indígena de Roraima e APINA – Waijapi.

    A RCA originou-se em 1996 de uma Rede de Aliança Latino Americana congregando organizações apoiadas pela Rainforest Foundation da Noruega – RFN. Esta agência de cooperação internacional incentivou a articulação das organizações que apoiava em diferentes países da América Latina, com vistas a trocarem experiência entre si e difundirem seu trabalho. Em 1997, criou-se uma seção brasileira dessa rede que em 2000 tornou-se independente, originando uma articulação nacional em torno da questão indígena dos parceiros brasileiros da RFN. Essa articulação formalizou-se como RCA – Rede de Cooperação Alternativa, que em 2013 teve seu nome reformulado para Rede de Cooperação Amazônica (mantendo sua sigla: RCA).

    A RCA visa promover a articulação e o protagonismo político dessas organizações em torno de temas estratégicos voltados para a sustentabilidade e governanças locais nas terras indígenas; reconhecimento público do papel fundamental que os povos indígenas desempenham na conservação das florestas; fortalecimento das organizações indígenas e indigenistas na defesa dos interesses e direitos indígenas na Amazônia e aprimoramento das políticas públicas indigenistas e ambientalistas.

    Pela Foirn, participam da assembleia, Marivelton Rodriguês Barroso – Presidente da FOIRN e Maria do Rosário Martins (Dadá Baniwa) – Coordenadora do Departamento de Mulheres Indígenas.

    Para conhecer a RCA, acesse: http://www.rca.org.br/

  • Agricultura Tradicional é tema do Encontro que reúne cerca de 80 mulheres de 6 estados da Amazônia no Amapá até 21/10

    Agricultura Tradicional é tema do Encontro que reúne cerca de 80 mulheres de 6 estados da Amazônia no Amapá até 21/10

    “Está sendo muito bom participar do encontro, conhecer e compartilhar com outras mulheres conhecimentos e saberes sobre alimentação e agricultura tradicional dos povos indígenas presentes no encontro”, disse Adelina de Assis da etnia Dessana, representante do alto Rio Negro.

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    É a primeira vez que a RCA – Rede de Cooperação Amazônica (saiba mais sobre a Rede aqui) que congrega organizações indígenas e indigenista da Amazônia realiza um evento dedicado às mulheres indígenas para discutir temas de interesse e compartilhar conhecimentos e saberes.

    O primeiro encontro acontece nesta semana (18 a 21/10) na chácara Natuplay no estado do Amapá que reúne mais de 80 mulheres indígenas dos estados Amapá,  Amazonas,  Acre, Roraima,  Mato Grosso e  Pará.

    Conhecimentos e saberes sobre a alimentação, agricultura tradicional e da roça são temas de trabalho e apresentações nos primeiros dias do evento que vai até sexta-feira, 21, desta semana.

    Almerinda Ramos de Lima – Tariana (Presidente da FOIRN) e Adelina de Assis Sampaio – Dessana (Coord. Departamento de Jovens Indígenas/FOIRN) participam do evento.

    Mais informações em breve.

  • FOIRN participou da comemoração de 20 anos da ATIX no Parque do Xingu

    Apresentações de danças durante o evento de comemoração de 20 anos da ATIX. Foto: Luis Donisete Benzi Grupioni/Reprodução Facebook
    Apresentações de danças durante o evento de comemoração de 20 anos da ATIX. Foto: Luis Donisete Benzi Grupioni/Reprodução Facebook

    A FOIRN através da Rede de Cooperação em Alternativas (RCA) participou da Assembleia de comemoração de 20 anos da Associação  Terra Indígena do Xingu, realizado no Parque do Xingu.

    De acordo com a representante dos Povos do Rio Negro no evento, Francinéia Fontes, vice-coordenadora do Departamento de Mulheres da FOIRN, o evento de comemoração mostrou quais avanços e conquistas já foram concretizadas ao longo das duas décadas de criação da ATIX.

    Foto: reprodução/facebook
    Foto: reprodução/facebook

    A história de luta dos povos que vivem no Xingu, me mostrou que como lideranças, nunca devemos desistir, ainda que a luta pelo nossos direitos muitas vezes não são fáceis. Aprendi com eles que nunca devo baixar a cabeça, mas, que devo, devemos continuar – disse Francinéia.

    Teve jogos e apresentações culturais como parte  cultural do evento, que reuniu as lideranças históricas do Xingu e da nova geração no centro do Parque Indígena do Xingu, para pensar os desafios dos próximos anos.

    O Parque Indígena do Xingu (PIX) localiza-se na região nordeste do Estado do Mato Grosso, na porção sul da Amazônia brasileira.

    A Associação Terra Indígena do Xingu foi criada no dia 18 de setembro de 1995, representa 16 povos indígenas que vivem na região, é uma associação de faz um importante trabalho de luta pelos direitos indígenas do Brasil central.

    Leia também: Uma corrida pra não esquecer: Baniwa participa do evento de comemoração de 20 anos da ATIX no Parque do Xingu

    Saiba mais sobre o Xingu clique aqui