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  • A Foirn reúne instituições para o reitor anunciar a construção do Campi da UFAM em São Gabriel da Cachoeira – AM

    A Foirn reúne instituições para o reitor anunciar a construção do Campi da UFAM em São Gabriel da Cachoeira – AM

    A luta pela construção já dura mais de 32 anos e a presença da comitiva do Reitor da UFAM demonstra o compromisso da universidade com as lideranças e povos indígenas do Rio Negro.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) realizou uma reunião significativa com representantes de diversas instituições, tanto governamentais quanto não governamentais, para anunciar um marco importante: a construção do Campi da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em São Gabriel da Cachoeira. Esse evento histórico ocorreu no dia 08/07, na sala de reuniões Isaias Pereira Fontes, localizada na sede 01 da FOIRN.

    Foto: DECOM/FOIRN

    Essa conquista representa mais de 32 anos de luta das lideranças indígenas da região, que muito reivindicavam um espaço dedicado ao ensino superior que fosse acessível e inclusivo, alinhado às necessidades e particularidades locais. A maloca (Casa do Saber) da FOIRN tem sido um ponto central nessa demanda, servindo como um espaço onde essas aspirações foram moldadas e fortalecidas.

    Para Dário Casimiro Baniwa – diretor da Foirn e eleito presidente para a próxima gestão, foi um momento muito importante e enfatizou que a FOIRN está comprometida em estabelecer diálogos construtivos no processo de desenvolvimento local, como tem feito ao longo de muitos anos. Essa abordagem inclusiva tem sido representada por diversas lideranças em vida, cujo legado e contribuições continuam a iluminar o caminho das novas gerações. E agora, a responsabilidade desta luta passa para as novas lideranças que, atualmente, estão comprometidas em representar e fortalecer as instituições em prol do bem-estar da comunidade.

    “Esta é uma reunião importante com a UFAM, onde a FOIRN está de portas abertas para continuar com os diálogos. A pauta que vamos discutir é uma luta que vem há muitos anos e que é muito importante para a população indígena do Rio Negro. Os desafios enfrentados pelos povos indígena têm sido persistentes, e estamos comprometidos em encontrar soluções para garantir a preservação da cultura e dos direitos desses povos sem precisar sair do território para formação acadêmica.” Diretor Dário Baniwa.

    Sylvio Puga – O reitor da UFAM saudou a todos os presentes e contou um pouco da história da universidade em São Gabriel da Cachoeira desde 1989, com a luta incansável e persistente do mestre Paulo Monte, que conseguiu mobilizar a primeira turma de filosofia com a formação em 1994. Durante esses anos, a universidade passou por inúmeras transformações e desafios, mas sempre manteve o compromisso com a excelência acadêmica e a contribuição para o desenvolvimento da região. A visão e dedicação de líderes como o mestre Paulo Monte deixaram um legado duradouro que continua a inspirar gerações de estudantes e educadores na região.

    E atualmente, o governo oferece o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), que é uma ação da CAPES que visa contribuir para a adequação da formação inicial dos professores em serviço na rede pública de educação básica, por meio da oferta de cursos de licenciatura correspondentes à área em que atuam.

    A presença marcante da comitiva do Reitor da UFAM sublinha o compromisso da universidade em estabelecer laços estreitos com as lideranças e representantes indígenas. O fato de o encontro ter sido realizado presencialmente na sede da FOIRN destaca a importância atribuída a essas discussões e ao envolvimento das comunidades indígenas no processo de decisão.

    Destacamos que o modelo de construção vertical e mediante a autorização ambiental, representa uma abordagem inovadora que busca conciliar o desenvolvimento urbano com a preservação do meio ambiente. A professora Iraildes Caldas enfatizou que essa vinda é para institucionalizar seguindo os passos, primeiramente com o estudo de solo, feito por engenheiro e seguindo pela licença ambiental, demonstrando um comprometimento significativo com os procedimentos técnicos e legais para assegurar a sustentabilidade do local.

    Os demais representantes das instituições presentes deixaram claro a parceria nesta contribuição, com um só objetivo: a formação do povo do Rio Negro. Os representantes destacaram a relevância de ações conjuntas entre as instituições para superar desafios e promover oportunidades de crescimento para a comunidade local, reafirmando o compromisso social das entidades envolvidas. A parceria estabelecida reforça o comprometimento com a transformação positiva da vida das pessoas que residem às margens do Rio Negro.

    Além do anúncio da construção do campi, as instituições presentes discutiram temas importantes, como a valorização da cultura indígena dentro do ambiente acadêmico, a implementação de programas de capacitação que atendam às necessidades locais, e a promoção de pesquisas interdisciplinares em colaboração direta com as comunidades e instituições.

    Após a reunião, foi feita uma visita ao local da construção do campi da Universidade Federal do Amazonas em São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, localizada na estrada da Cachoeirinha. Durante a visita, os representantes da universidade puderam conhecer de perto o local e discutir questões relacionadas ao planejamento do novo campi e interagir com representantes de instituições locais para entender as necessidades e expectativas em relação à chegada da instituição de ensino. Essa iniciativa proporcionou um importante espaço para o diálogo e a colaboração entre a universidade e a população de São Gabriel da Cachoeira, fortalecendo os laços entre a academia e a comunidade.

    Esse evento não apenas marca um avanço significativo na democratização do acesso ao ensino superior na região do Rio Negro, mas também representa um passo importante para a construção de uma educação mais inclusiva e sensível às realidades e tradições locais.

    Instituições presentes:

    FOIRN (Diretoria Executiva e Coordenadores dos Departamentos de Educação Escolar Indígena, Mulheres, Adolescentes e Jovens, Jurídico e Comunicação), UFAM, FUNAI/CR-RNG, IFAM Campus SGC, Diocese, SEMEDI/PMSGC, Câmara de Vereadores/SGC, UEA, SEDUC e demais lideranças.

    Texto e imagens: Departamento de Comunicação – DECOM/FOIRN.

  • FOIRN PROMOVE REUNIÃO SOBRE PAUTAS DE FORMAÇÃO INDÍGENA COM O REITOR DA UFAM

    FOIRN PROMOVE REUNIÃO SOBRE PAUTAS DE FORMAÇÃO INDÍGENA COM O REITOR DA UFAM

    Na manhã de segunda feira (22), a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro realiza a reunião interinstitucional com instituições convidadas para tratar sobre a pauta Vestibular Indígena, Licenciatura Indígena, Cursos EAD, Pós Graduação, Vestibulares diferenciados e outros.

    Na oportunidade o estudante entregaram documentos de reivindicação para o Reitor Sylvio Puga que esteve presente juntamente com a sua comitiva formada pela professora Iraildes Caldas Torres – Diretora do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), o coordenador da Licenciatura Indígena, Nelcioney Araújo e o diretor do Departamento de Articulação e Planejamento de Extensão (Darpex), professor Paulo Negreiros.

    A Diretoria executiva da Foirn esteve representada pelo Presidente Marivelton Rodrigues Baré, Vice Presidente Nildo Fontes Tukano e Dário Casimiro Baniwa, Coordenadora do Departamento de Educação e Patrimônio Cultural da Foirn, Lorena Araújo Tariana, Articulador do Departamento de Adolescentes e Jovens do Rio Negro (DAJIRN), Hélio Gessem Lopes, Presidente da Fundação da União da Plurinacionalidade dos Estudantes Indígenas do Brasil, Arlindo Baré estudante da UNICAMP/SP.

    Instituições que aceitaram o convite

    Representantes das Escolas Estaduais, o Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Grêmio Estudantil, APMCs, COPIARN, APIARN e DSEI/ARN.

    Edilson Martins do povo Baniwa, Doutor em linguística. Foto: DECOM/FOIRN

    Edilson Martins do povo Baniwa, Doutor em linguística/IFAM, disse que há dez a nos atrás tudo era diferente, nunca se viu um reitor conversar com indígenas para ouvi-los e conhecer a realidade dos povos do alto rio negro, principalmente nesse momento difícil que as instituições estão passando, sem recursos financeiros.

    “Esse diálogo das instituições (estadual e federal) é fundamental. Cada vez mais está se fortalecendo pela luta, fico muito feliz quando vejo um reitor chegar à minha região do Içana, dos Ianomami, não é fácil, a gente conhece tão bem a grandeza de nossa terra”. Completa.

    Novos desafios

    A comitiva do Reitor seguiu para a comunidade indígena Waruá com o tamanho de 1000 m², fica próximo ao município de São Gabriel da Cachoeira, acompanhada pela Coordenadora do Departamento de Educação e Patrimônio Cultural, Lorena Araújo, Coordenadora do departamento de Comunicação, representantes da APIARN e COPIARN, Presidente da Fundação da União da Plurinacionalidade dos Estudantes Indígenas do Brasil, Arlindo Baré.

    A visita à comunidade foi com objetivo de ouvir os anseios do povo Daw, Hupda e Nadüb. Os moradores, professores da rede de ensino da Educação Municipal participaram da conversa onde os mesmo demandaram que seja implementado a licenciatura especifica para esse povo.

  •  42 Indígenas Yanomami recebem colação de grau em Maturacá, São Gabriel da Cachoeira – AM.

     42 Indígenas Yanomami recebem colação de grau em Maturacá, São Gabriel da Cachoeira – AM.

    A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em parceria com a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) realizam mais uma colação de grau dos professores indígenas no dia 20/08 (sábado), dessa vez no território Yanomami, especificadamente em Maturacá, no município de São Gabriel da Cachoeira – AM, formando 42 professores em Licenciatura Indígena: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável.

    O fato é inédito, agora, os yanomami fazem parte do grupo de povos indígenas que já acessam a educação de nível superior de qualidade e diferenciada, ofertada pela Ufam. No qual podemos citar os povos baniwa, os tukano e os de língua yêgatu (Baré), que também concluíram o curso nos meses de julho e agosto e tiveram suas cerimônias de colação de grau em terra indígena.

    Esteve presentes nesta cerimonia a comitiva do reitor, professor Sylvio Puga, pela primeira vez em Maturacá, no qual a cerimonia foi realizada no ginásio Padre Antônio Góes, a diretora do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), professora Iraildes Caldas Torres, o coordenador da Licenciatura Indígena, Nelcioney Araújo e o diretor do Departamento de Articulação e Planejamento de Extensão (Darpex), professor Paulo Negreiros, representando o pró-reitor de Extensão, professor Almir Menezes. o comandante do 5º Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro, tenente Celino também ocupou assento à mesa juntamente com o padre salesiano Raimundo Marcelo Cardoso Maciel, Dário Casimiro do povo Baniwa, diretor da Foirn, Lorena Araújo do povo Tariano – Coordenadora do Departamento de Educação e Patrimônio Cultural da Foirn.
    José Pereira Góes, da Associação dos Rios Cauaburis e Afluentes (AYRCA), a presidente da Associação das Mulheres Yanomami, Erika Vilela e os caciques Miguel Figueiredo e Antônio Lopes.

    “Na prática, o desafio de implementar políticas voltadas a esses povos é do tamanho da nossa região. É difícil promover conhecimento de forma que as etnias não se desassociem da cultura, de seu valor de pertencimento étnico, de sua língua materna ao passo que se insira nos processos de aprendizagem”, Disse Sylvio Puga – Reitor da Ufam.

    Clique aqui para saber mais.

    “Além da educação diferenciada, entendemos que o pleito de vocês vai muito além: saúde, agricultura ambientalmente responsável e espaço de fala onde a instrução científico tecnológica pode ajudá-los dentro do que nos compete e nós iremos ajudar a traçar essa caminhada”. Completou.

    “Estou academicamente feliz por vê-las se emancipando o que também é resultado do que observemos como resultado do intervalo de tempo a contar de 1952. Mais recentemente, há 30 anos as terras yanomami foram demarcadas e vocês têm buscado equilibrar apoderamento diante do mundo e cultura. Hoje, vocês têm um novo capítulo, uma nova conquista, que é importantíssima: a educação. É a educação o grande movimento do desenvolvimento humano”. Afirmou Profª. Iraildes Caldas Torres – Diretora do IFCHS.

    A mesma ficou feliz ao ver que dos 42 diplomas emitidos, 13 seriam conferidos a mulheres yanomami.

    “Desejo sucesso ao que vocês se propuserem a fazer. Prossigam na caminhada e agreguem mais conhecimento em prol do desenvolvimento desta região da qual nos orgulhamos”. Disse tenente Celino – comandante do 5. Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro.

    O Diretor Dário Casimiro Baniwa, ressaltou no seu discurso o trabalho árduo que a FOIRN vem realizando há décadas, para que tudo isso pudesse acontecer e que vai continuar lutando pelos Direitos Indígenas e do bem estar dos povos indígenas do Rio Negro. O mesmo disse que quem ganha com o acontecimento é o povo indígena.

    “Desde o início dos anos 2000 estamos nesta luta. Só em 2009 conseguimos consolidar esse objetivo de alcançar o ensino superior com um conteúdo que refletisse a nossa realidade. Em 2010 houve enfim a seleção e foi no ano de 2014 que a Licenciatura iniciou suas atividades, efetivamente. Nossa luta é árdua e de anos, não acabará. Hoje, contudo, é noite de celebração”. Completou.

  • Acadêmicos Indígenas recebem a sonhada colação de Grau dentro de seu Território

    Acadêmicos Indígenas recebem a sonhada colação de Grau dentro de seu Território

    Os novos professores indígenas dos povos originários de São Gabriel da Cachoeira receberam, nesta semana, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), seus diplomas de Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável durante a cerimônia de colação de grau. A formatura aconteceu em dois dias e teve a presença de comunidade local no Alto Rio Negro. Clique aqui.

    Equipe da FOIRN e a comitiva da Ufam saindo do porto de São Gabriel da Cachoeira com destino a Taracuá.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), que é uma estrutura não governamental e que representa os 23 povos indígenas do rio negro, com abrangência dos três município de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, buscando contribuir e colaborar no processo de fortalecimento do território do Rio Negro em sua extensão do mosaicos de áreas protegidas diante da importância do desenvolvimento sustentável da formação acadêmica e mobilização territorial das coordenadorias Diawi’i e Nadzoeri nos respectivos polos Tukano e Baniwa contamos com o apoio financeiro da parceria Wildlife Conservation Society – Andes Amazon Orinoco  – Brazil – WCS..

    Na noite do dia 27 de julho o Reitor da UFAM Sylvio Puga e sua equipe estiveram no Distrito de Taracuá para realizar colação de grau dos acadêmicos do povo Tukano, contou com a presença do Diretor Vice Presidente da FOIRN e de referencia da Coordenadoria Regional DIAWI’I, Nildo Fontes do povo Tukano e, no dia 28/07, foi realizado mais uma colação de grau dos acadêmicos do povo Baniwa e Koripaco na comunidade Tunuí Cachoeira do Rio Içana, onde também o diretor da FOIRN e de referencia da Coordenadoria Regional Nadzoeri, Dario Casimiro estava presente.

    É um momento histórico para os povos do Rio Negro dentro do território Indígena, em resultado a luta incansável das lideranças indígenas, os acadêmicos finalmente realizaram o sonho da colação de Grau que tanto esperaram há mais de 07 anos.

    Mais detalhes da cerimônia em Taracuá e de Tunuí – Cachoeira .