
Iniciado desde o dia 07 de abril, o Abril Cultural Indígena 2017 realizado pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro com apoio e parceria de Rainforest, Horizont3000, Instituto Socioambiental, Aliança pelo Clima, Embaixada Real da Noruega e dos parceiros locais como a Prefeitura Municipal e suas secretarias, Exército Brasileiro, Câmara Municipal, Rádio Municipal, Marinha do Brasil, Cacuri Cultural e entre outros apoiadores que participaram diretamente na organização do evento, foi encerrado no dia 29 de abril, sábado com a realização de jogos indígenas e a comemoração de 30 anos de fundação da FOIRN.
Os jogos
Mais de 50 inscritos participaram dos jogos realizados na Orla da Praia em São Gabriel da Cachoeira, local onde aconteceu as modalidades: Tiro de Arco e Flecha Tradicional (Masculino e Feminino), Tiro de Zarabatana (Masculino e Feminino), Cabo de força ( Masculino e Feminino) e Canoagem – (Masculina e Feminino).

Os ganhadores dos jogos indígenas 2017:
- Arco e Flecha Masculino : Ozimar Araújo/Pey Trovão
- Arco e Flecha Feminino: Lenira Andrade/UEA
- Zarabatana Masculino: Edier Cordeiro
- Zarabatana Feminino: Marilene Pedrosa/DEC
- Cabo de Guerra Masculino: Colégio Sagrada Família
- Cabo de Guerra Feminino: Murakisara
- Mergulho Masculino: Agnaldo da Silva
- Mergulho Feminino: Carla/DEC
- Canoagem Masculino: Sandro e Ananias/IFAM
- Canoagem Feminino: Carla e Railene/DEC
Noite de premiação e comemoração de 30 anos da FOIRN

A programação do encerramento teve um caráter mais festivo e de celebração, já que as as reflexões sobre a trajetória de 30 anos da FOIRN e do movimento indígena do Rio Negro foram feitas durante o III Encontro de Lideranças Indígenas do Rio Negro, realizadas na semana anterior.
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Mas, nem foi por isso que, as lideranças indígenas presentes na noite cultural e de encerramento do Abril Cultural Indígena, alguns deles que já passaram na diretoria da FOIRN, deixaram de lembrar o motivo principal da fundação da FOIRN ocorrido há 30 anos: demarcação das terras indígena como garantia de futuro dos povos indígenas que vivem no Rio Negro e luta pelos direitos conquistados na Constituição Federal de 1988, que hoje, estão constantemente ameaçados pelos interesses de ruralistas que dominam o os espaços políticos no Brasil hoje.
As lideranças presentes em suas falas, reviveram e compartilharam também os momentos de dificuldades, conquistas vividas por eles ao longo desses anos.
Teve danças tradicionais, manifestação de celebração das conquistas do movimento indígena no Rio Negro ao longo das três décadas de existência. O evento encerrou com o “bolo simbólico” de 30 anos.
O Abril Cultural Indígena 2017 realizou atividades culturais nas escolas da rede estadual de ensino na sede do município, que envolveu a participação de conhecedores indígenas e professores dessas escolas. Reuniu lideranças indígenas de todas as regiões do Rio Negro durante o Seminário Povos Indígenas do Rio Negro que reuniu mais de 200 participantes. Envolveu também mulheres indígenas vindo das bases para a exposição e venda de artesanatos e produtos da roça durante o seminário, e finalmente, a realização dos jogos indígenas que envolveu participantes de todas as idades, especialmente a juventude das escolas.
Todas as atividades propostas só foram possíveis de serem realizadas com a participação e colaboração de parceiros e apoiadores ao longo do período de realização. Continuaremos lutando e buscando ampliar a rede de parceiros e colaboradores para que o Abril Cultural do próximo ano se torne ainda melhor.
A luta continua!