Na manhã desta sexta-feira (22/03), a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), apoiou com muita honra o primeiro mestrando indígena no Exame de Qualificação do Mestrado do Programa de Pós Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia – PPGSCA/UFAM, na sala de reunião Isaias Fonte Baniwa.
É uma notícia maravilhosa que FOIRN está apoiando o mestrando Armando da Silva Menezes, indígena do povo Tukano, com sua experiência como educador da rede estadual de ensino no Amazonas, e já foi presidente do Conselho Diretor da FOIRN, apresentou sua defesa sobre O PERCURSO DO PA’MURIPINÕ: A formação de territorialidade dos PA’MURIMAHSÃ em São Gabriel da Cachoeira-AM, mais especificamente sobre a comunidade Matapí do Rio Waupés.
Essa pesquisa contribui para a educação escolar indígena ao trazer conhecimento sobre a territorialidade dos PA’MURIMAHSÃ, incluindo sua origem e habitação. É fundamental promover estudos acadêmicos que valorizem e fortaleçam o conhecimento tradicional indígena, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com as culturas originárias da região, seguindo conforme o Plano de Gestão Territorial e Ambiental do Rio Negro (PGTA).
“Parabenizo o mestrando Armando Menezes pela iniciativa e dedicação à pesquisa acadêmica, assim como à FOIRN e a UFAM pelo apoio prestado em todas as etapas desse processo e em trazer esse tema tão relevante à discussão acadêmica. Esse tipo de incentivo é fundamental para o desenvolvimento intelectual dos povos indígenas da região e para a promoção de suas vozes no âmbito acadêmico. Que esse trabalho possa gerar impactos positivos na luta pelos direitos territoriais dos povos indígenas do Alto Rio Negro.” Marivelton Baré – Diretor Presidente da FOIRN.
A territorialidade é um aspecto central da identidade e sobrevivência dos povos indígenas, pois está diretamente ligada à sua relação com o ambiente natural, suas práticas culturais e sua organização social. Ao estudar a territorialidade dos PA’MÜRIMAHSÃ, Armando Menezes fortalece o reconhecimento dessas comunidades como detentoras de direitos territoriais ancestrais, além de ressaltar a importância da preservação ambiental para esses povos.
Essa colaboração entre Armando Menezes, a FOIRN, UFAM e as comunidades indígenas do Alto Rio Negro demonstram o comprometimento em promover um diálogo intercultural mais equitativo no âmbito acadêmico. É fundamental que os conhecimentos e perspectivas indígenas sejam valorizados e incluídos nas pesquisas científicas, garantindo uma abordagem mais ampla e sustentável das questões socioambientais na Amazônia.
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