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  • V Assembleia Geral Eletiva do DAJIRN/FOIRN Discute Desafios e Definições para o Futuro da Juventude Indígena do Rio Negro

    V Assembleia Geral Eletiva do DAJIRN/FOIRN Discute Desafios e Definições para o Futuro da Juventude Indígena do Rio Negro

    Entre os dias 23 e 26 de outubro de 2024, a Casa do Saber da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), localizada no município de São Gabriel da Cachoeira, AM, foi palco da V Assembleia Geral Eletiva do Departamento de Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (DAJIRN/FOIRN). Com o tema “Desafios para o bem viver dos adolescentes e jovens indígenas do Rio Negro”, o evento reuniu cerca de 100 participantes, incluindo representantes das cinco Coordenadorias Regionais do Rio Negro, líderes comunitários, representantes de instituições governamentais e convidados especiais.

    A assembleia contou com a presença de delegados das seguintes coordenadorias regionais:

    CAIMBRN: Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro.

    COIDI: Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê.

    CAIBARNX: Coordenadoria das Associações Indígenas do Balaio, Alto Rio Negro e Xié.

     DIA WI’I: Coordenadoria das Organizações Indígenas do Tiquié, Uaupés e Afluentes.

    NADZOERI: Coordenadoria da Organização Baniwa e Koripaco.

    Além dos delegados, participaram da assembleia representantes da FOIRN, FUNAI, DSEI, SEDUC, APIAM, UNICAMP-UPEI.

     A programação foi extensa e abordou questões fundamentais para o desenvolvimento e bem-estar dos jovens indígenas da região, com foco na educação, saúde mental, mudanças climáticas, participação política e muito mais.

    A assembleia foi aberta com a composição da mesa de autoridades, que incluiu a participação de nomes importantes como os diretores da FOIRN: Carlos Alberto Teixeira Neri, Hélio Géssem Monteiro Lopes e Edison Cordeiro Gomes, além de representantes da FUNAI, DSEI, APIAM, entre outros.

    O evento iniciou com um ritual simbólico de benzimento da Casa do Saber, fortalecendo o vínculo espiritual e cultural com a terra e a comunidade. Este momento foi seguido pela apresentação da pauta, mediada pelo diretor Hélio Géssem, que detalhou os principais tópicos a serem discutidos durante a assembleia

    A programação abordou temas de relevância estratégica para a juventude indígena do Rio Negro. Um dos primeiros tópicos discutidos foi o impacto das mudanças climáticas e o racismo ambiental, com a participação da jornalista Juliana Radler, do ISA (Instituto Socioambiental). Ela destacou como os povos indígenas, especialmente os ribeirinhos, são diretamente afetados pelas mudanças no clima e pela destruição ambiental, propondo uma Carta de Justiça Climática a ser enviada à COP30 (30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática) que será realizada em Belém, no estado do Pará, Brasil, neste ano de 2025, esta será a primeira vez que o evento será sediado na região Norte do Brasil, e terá como tema a importância da Preservação da Amazônia e a luta contra as mudanças climáticas.

    Outro tema importante foi o acesso à educação superior e os desafios enfrentados pelos estudantes indígenas. Arlindo Alemão Gregório, presidente da União Plurinacional dos Estudantes Indígenas (UPEI), e acadêmicos da UNICAMP discutiram as dificuldades de ingresso e permanência dos jovens indígenas nas universidades, além das barreiras sociais e culturais enfrentadas no processo de adaptação.

    A saúde mental também foi um tema central. Sediel Ambrósio, enfermeiro do DSEI ARN, apresentou dados sobre os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas no que diz respeito à saúde mental, como o alcoolismo, uso de drogas e a violência familiar, que afeta profundamente os jovens,

    Visão e perspectiva dos jovens indígenas da Região de (COIDI): os jovens falaram de sua interpretação sobre o assunto “Saúde Mental”; relatam que os jovens e adolescentes nas comunidades são muito afetados por questões muito familiares. A família muitas das vezes são os primeiros que causam esses transtornos, por exemplo, se o pai e a mães são usuários de bebidas alcoólicas e outras drogas, causam brigas familiares muitas das vezes descontam nos próprios filhos, os filhos sem amparo acabam saindo para o mundo “a falta de afeto e carinho familiar afetam as famílias e os jovens”. Os jovens pensam em suicídio por muitos motivos. Os jovens, adolescentes e crianças precisam de atenção e mais incentivo. Relatam também que a falta de empatia dos familiares e amigos fortalecem essas chances de suicídio. As discussões enfatizaram a importância de se criar políticas públicas mais eficazes e de garantir mais profissionais capacitados para atender essa demanda nas comunidades.

    Um dos momentos mais aguardados da assembleia foi a eleição do novo coordenador do DAJIRN. Após um período de apresentações e debates sobre o futuro do departamento, os jovens candidatos se apresentaram e defenderam suas propostas para a liderança do DAJIRN. Com 31 votos, Jucimery Teixeira Garcia foi eleita coordenadora, destacando-se entre os demais candidatos. A jovem agradeceu o apoio e confiança dos delegados, reforçando seu compromisso em trabalhar em conjunto com os jovens articuladores das coordenadorias para garantir melhores condições e oportunidades para a juventude indígena do Rio Negro.

    Os demais candidatos que se puseram à disposição como candidatos ao cargo de Coordenador do DAJIRN, também foram reconhecidos pelo empenho e dedicação ao movimento, incluindo Ana Gabriela Maquirino (CAIBARNX), Josiney Lemos Azevedo (DIAWII) e João Alex Lins Santos (CAIMBRN)

    Além disso, os participantes da assembleia pediram a ampliação de parcerias com órgãos como DSEI, EXÉRCITO, SEMAS, SEMJEL, ISA, FUNAI, entre outros, para garantir a implementação das políticas propostas. A criação de uma associação de jovens no município de São Gabriel da Cachoeira, com o apoio jurídico da FOIRN, também foi uma proposta importante para fortalecer a organização da juventude local.

    A assembleia foi um marco importante para a juventude indígena do Rio Negro, consolidando um espaço de diálogo, de reflexão sobre as necessidades da juventude e de ação para transformar a realidade das novas gerações.

  • Semana do Clima em Nova Iorque: Iniciativas da FOIRN e Manejo Ambiental

    Semana do Clima em Nova Iorque: Iniciativas da FOIRN e Manejo Ambiental


    Semana do Clima de Nova Iorque 2024, discussões sobre Governança Indígena e Sustentabilidade na Amazônia

    A Semana do Clima de Nova Iorque de 2024 foi um palco significativo para a discussão de questões climáticas e de biodiversidade, com uma participação notável da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), representada pela diretora vice presidente, Janete Alves do povo Desana e outros representantes indígenas.


    “O objetivo principal foi falar das iniciativas da FOIRN no Projeto For Eco que é Programa de economia florestal, uma iniciativa de sociobiociência para e por povos indígenas e comunidades locais onde pude falar da atuação da FOIRN dando apoio e acompanhando as iniciativas das associações e valorizando a cultura, o sistema agrícola tradicional onde temos nossa segurança alimentar. As iniciativas buscam também sempre incentivar o Manejo ambiental, pois a floresta é vida para os povos indígenas. Ressaltei também sobre a emergência climática que estamos sendo afetados e precisamos de apoio para buscar estratégias de adaptação a essa situação que o Brasil enfrenta. Pude também participar nos debates sobre o Mercado de Carbono, onde Rio Negro está sentindo dificuldade, mas também sempre buscando informações para poder repassar sobre o que e REDD+, como podemos fazer, como podemos entender melhor, para que futuramente não possamos sofrer as consequências negativas, principalmente às comunidades de difícil acesso e comunidades da fronteira. Então ressaltamos que antes de tudo as empresas interessadas precisam respeitar nossos direitos, buscando diálogo, cumprindo o Protocolo de Consulta. Porque precisamos entender melhor de como será e como funcionará. Precisamos sim acessar políticas públicas, mas de qualquer jeito não”. Afirmou Janete Alves – Diretora Vice Presidente da FOIRN.

    Durante o evento, diversos painéis abordaram temas importantes, desde modelos de governança e financiamento liderados por povos indígenas até a integridade dos mercados de carbono e os direitos indígenas dentro desses mercados.

    No primeiro painel, a RFN destacou a importância da ação local para gerar um impacto global, enfatizando como as práticas de governança e os modelos de financiamento indígenas podem ser fundamentais na luta contra as crises climáticas e de biodiversidade.

    A representação da Amazônia Brasileira por Ângela Kaxiuyana trouxe à tona as iniciativas do Fundo Podaali, um exemplo de autogestão indígena que visa apoiar projetos sustentáveis e fortalecer as comunidades locais.

    O segundo painel da RFN abordou a integridade social nos mercados de carbono, com Francisca Arara do Acre apresentando as iniciativas do estado para melhorar o acesso ao mercado de carbono. No entanto, ela expressou preocupações sobre a falta de consulta às comunidades indígenas, ressaltando a necessidade de respeitar os direitos indígenas em todos os processos.

    O terceiro painel, co-organizado pela RFN e Nia Tero, focou no mercado de carbono e nos direitos indígenas, discutindo como as terras indígenas estão sendo visadas por empresas privadas e a importância de envolver os povos indígenas na construção de projetos relacionados ao crédito de carbono.

    Finalmente, o debate sobre o projeto ForEco da FOIRN ilustrou como a marca Wariró está sendo desenvolvida para promover o empoderamento feminino e o desenvolvimento de produtos agrícolas, artesanato e ecoturismo, contribuindo para a economia indígena sustentável.

    Essas discussões na Semana do Clima de Nova Iorque destacam a crescente consciência sobre a importância dos povos indígenas e comunidades locais no enfrentamento das mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade. As experiências compartilhadas e as preocupações levantadas reforçam a necessidade de uma colaboração mais estreita entre governos, setor privado e comunidades indígenas, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e seus direitos respeitados na busca por soluções sustentáveis.


    Participação de organizações indígenas e indigenista:
    Igor – RFN; Keila – AMIM; Janete Alves – FOIRN; Jawaruwa Wajãpi – APIMA; Júlio – CNS e Talita – RCA

  • FOIRN e Organizações participam da IV Assembleia Geral Extraordinária da COIAB

    FOIRN e Organizações participam da IV Assembleia Geral Extraordinária da COIAB

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) está representada pela delegação do Rio Negro, composta pela diretoria executiva e lideranças do alto, médio e baixo Rio Negro, que estão participando da IV Assembleia Geral Extraordinária da COIAB.

    Realizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, o principal objetivo do evento é a atualização do Estatuto da COIAB, com o intuito de fortalecer a atuação na Amazônia e promover melhorias para os territórios indígenas.

    A COIAB, nossa organização a nível da Amazônia brasileira, desempenha um papel importante nos encaminhamentos sobre as demandas e representatividade dos povos dos territórios amazônicos, tanto em sessões extraordinárias quanto ordinárias, que estão ocorrendo em Boa Vista, Roraima, no lago Caracaranã.

    O compromisso com a gestão e o futuro das terras e nações indígenas nunca foi tão forte. A união e a resistência dos povos indígenas são essenciais para assegurar que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas em todos os níveis de decisão.

    A participação oficial na assembleia incluiu figuras chave para essa luta, como representantes da FUNAI Brasília (Dra. Joenia Wapichana), CR FUNAI Roraima, Ministério dos Povos Indígenas – MPI (Jecinaldo Sateré e Ceiça Potiguara), além de diversos apoiadores da COIAB, incluindo organizações como The Nature Conservation (TNC), WWF, ACT Brasil, GIZ, EDF, Aliança Global, CESE, FAS e UNICEF Roraima.

    A colaboração entre esses atores fortalece a resistência e garante que as vozes indígenas sejam ouvidas e respeitadas. raízes e construímos um futuro melhor para todos os povos indígenas! 🌍

  • História de Resistência e Resiliência: II Encontro da Rede Aruak em Campinas do Rio Xié

    História de Resistência e Resiliência: II Encontro da Rede Aruak em Campinas do Rio Xié

    Entre os dias 23 e 25 de agosto de 2024, a comunidade Campinas do rio Xié foi palco de um evento significativo para os povos indígenas da região do Alto Rio Negro: o II Encontro da Rede Aruak.

    Este encontro histórico, realizado pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e as duas coordenadorias:  Coordenadoria das Associações Indígenas do Balaio, Alto Rio Negro e Xié (CAIBARNX) e a Coordenadoria das Associações Baniwa e Koripaco (NADZOERI), Terra Indígena Alto Rio Negro, reuniu aproximadamente 250 participantes dos povos Baré, Warekena, Baniwa, Koripako e Tariano, além de representantes dos povos Tukano e Dessano.

    O encontro teve como foco principal o fortalecimento político, a organização social e o desenvolvimento socioeconômico dos povos da família linguística Aruak. Através de diálogos, debates e intercâmbio de experiências, os participantes buscaram promover o bem viver em seus territórios, resgatando e valorizando suas práticas socioculturais.

    A importância deste encontro está na história de resistência e resiliência desses povos. Desde a chegada dos primeiros invasores no século XVII, que alteraram profundamente a organização política e a governança indígena, os povos do Alto Rio Negro enfrentaram séculos de desarticulação e isolamento. Foi apenas no final do século XX que, unidos aos demais povos nativos da região, começaram a se mobilizar novamente em defesa de seus direitos coletivos e territoriais.

    Hoje, esses povos estão organizados em diversas associações comunitárias e coordenadorias regionais, como a CAIBARNX e a NADZOERI. O II Encontro da Rede Aruak não apenas celebrou essa organização, mas também delineou os próximos passos para o contínuo fortalecimento de suas comunidades.

    Com o apoio de instituições como a FUNAI CR RNG, ISA e PORTICUS, o encontro foi um momento de união e planejamento para o futuro dos povos Aruak e suas gerações vindouras.

    A realização do evento pela CAIBARNX e a NADZOERI como uma das coordenadorias regionais da FOIRN simboliza um passo adiante na jornada desses povos em busca de autonomia, reconhecimento e sustentabilidade.

    O próximo encontro já tem data marcada: julho de 2025, em Assunção do Içana, com o tema central “Mudança Climática”. 🌿

    Realização: Coordenadoria CAIBARNX e NADZOERI – FOIRN

    Apoio: FUNAI, ISA e PORTICUS

  • FOIRN e Embaixada Real da Noruega: Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável no Rio Negro

    FOIRN e Embaixada Real da Noruega: Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável no Rio Negro

    A FOIRN representa e defende os direitos de 24 povos indígenas, 92 associações de base filiadas e está comemorando uma parceria de longa data com a Embaixada Real da Noruega.

    Na tarde desta terça-feira, 20 de agosto de 2024, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) recebeu representantes da Embaixada Real da Noruega, na sala de reunião Isaias Pereira Fontes, em sua sede principal, para um encontro significativo que se estenderá até o dia 23 deste mês.

    Esta colaboração, que já dura mais de 13 anos, tem sido fundamental para o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento institucional das coordenadorias e associações indígenas da região.

    O encontro tem como objetivo avaliar e construir uma nova proposta de projeto trienal que continuará a apoiar o fortalecimento institucional da FOIRN e suas coordenadorias regionais.

    Esse encontro conta a presença e participação da nova diretoria da FOIRN, eleita e empossada no início de agosto, juntamente com a ilustre presença da liderança indígena Marivelton Rodrigues Baré, ex-presidente da Federação por três mandatos consecutivo, sendo um como diretor executivo e dois como presidente, os coordenadores regionais e de departamentos políticos e técnicos, participarão da reunião.

    O compromisso da Noruega com o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental é evidente em suas ações e na missão de sua embaixada em Brasília.

    A continuidade dessa parceria é essencial para o progresso contínuo e o empoderamento das associações indígenas do Rio Negro. Com a construção da nova proposta de projeto trienal, espera-se que a FOIRN e a Embaixada Real da Noruega através do novo Programa Norueguês para Povos Indígenas, possam expandir ainda mais seu impacto positivo na região, promovendo a sustentabilidade, autonomia, governança e gestão territorial.

    A reunião entre a FOIRN e a Embaixada Real da Noruega é um momento inspirador do poder da colaboração e do compromisso mútuo para com o desenvolvimento sustentável e a justiça social. É um testemunho do respeito e do apoio contínuo aos direitos e à cultura dos povos indígenas, e um sinal de esperança para o futuro do Rio Negro e de seus habitantes.

  • BR-307 e a Importância da Reabertura para a Economia Local

    BR-307 e a Importância da Reabertura para a Economia Local

    FOIRN é uma entidade que representa uma diversidade de vozes e interesses dos povos indígenas na região do Rio Negro, tem sido uma força vital na promoção dos direitos e no desenvolvimento sustentável das comunidades indígenas.

    Com uma abordagem inclusiva da Manutenção e Conservação da BR 307, a FOIRN reuniu lideranças e membros de associações locais, bem como representantes de organizações governamentais e não governamentais, educadores, funcionários públicos e moradores da região do Distrito de Cucuí, localizada na coordenadoria das Associações Indígenas Balaio, Alto Rio Negro e Xié (CAIBARNX).

    A BR-307, uma estrada que se estende de Cucuí até São Gabriel da Cachoeira no coração da Amazônia brasileira, é mais do que uma via de transporte, é um símbolo de conectividade e desenvolvimento para as comunidades locais.

    Durante uma recente consulta pública, realizada nos dias 09 e 10 de agosto de 2024, a voz unânime dos moradores do distrito ressoou com um pedido claro: “a reabertura completa da BR-307, não apenas o trecho até Bustamante e o aeroporto.”

    A estrada, que já facilitou o transporte de produtos da agricultura familiar e a mobilidade dos residentes, hoje se encontra em condições precárias, com valores de transporte tornando-se proibitivos e a falta de uma ponte adequada isolando ainda mais a região. A situação atual impõe desafios significativos, especialmente para os alunos que precisam atravessar o rio, colocando suas vidas em risco diariamente.

    A comunidade local, incluindo lideranças indígenas, religiosas e cidadãos, expressou a necessidade urgente de reabrir a estrada, não apenas para restaurar a acessibilidade mas também para revitalizar a economia local. A deterioração da BR-307 tem impactado diretamente o custo de vida, com preços de bens e serviços atingindo níveis insustentáveis.

    A demanda por uma ponte mais durável e segura, substituindo as antigas construções de madeira, reflete o desejo de uma infraestrutura que possa suportar as condições ambientais desafiadoras da região. A reabertura da BR-307 é vista como um passo importante para garantir que as comunidades não sejam deixadas para trás no progresso do país.

    Atualmente, estão em andamento esforços de manutenção e recuperação da estrada, sob a responsabilidade da 21ª Companhia de Engenharia e Construção. Essas iniciativas são muito importantes para a reabertura da BR-307, que não só promoverá a integração nacional, mas também honrará o legado histórico da região e seu papel na biodiversidade amazônica.

    A FOIRN atua em diversas frentes, desde a economia indígena sustentável até o monitoramento ambiental e climático da Bacia do Rio Negro. Através de seus esforços, busca-se valorizar a cultura e biodiversidade local, fortalecer a governança territorial e ambiental e promover estudos interculturais. A federação também se dedica ao fortalecimento das associações de base, representando cerca de 92 delas, e tem o compromisso de apoiar seus projetos em áreas como cultura, educação, saúde e meio ambiente.

    A sede da FOIRN está localizada em São Gabriel da Cachoeira, considerado o município mais indígena do Brasil, e funciona como um centro de apoio para mais de 750 comunidades indígenas distribuídas ao longo dos principais rios formadores da bacia do Rio Negro. A federação é reconhecida como uma das principais organizações do movimento indígena no Brasil e uma referência mundial sobre a defesa dos povos indígenas na América Latina.

    A FOIRN é um exemplo de como a união e a colaboração entre diferentes atores podem levar a avanços significativos na luta pelos direitos indígenas e na preservação de suas terras e culturas ancestrais. É uma história de resistência e de esperança para os povos indígenas do Rio Negro e para todos aqueles que valorizam a diversidade cultural e a sustentabilidade ambiental.

    Foi importante a presença do Diretor da FOIRN, Edison Gomes Baré, José Baltazar -Coordenador Regional da CAIBARNX Dadá Baniwa, Coordenadora da FUNAI CR RNG, Daniel Assis Chefe do ICMbio e o Exercito Brasileiro.

  • FOIRN através do Fundo Indígena do Rio Negro

    FOIRN através do Fundo Indígena do Rio Negro

    Divulgação dos Projetos Contemplados e Parcerias para Desenvolvimento Sustentável

    Em 22 de setembro de 2023, ocorreu a divulgação dos projetos contemplados do segundo edital do Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN), uma iniciativa da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e apoio da Embaixada Real da Noruega (ERN). O evento marcou o início do segundo edital destinado a fomentar projetos comunitários nas áreas de abrangência da FOIRN, que incluem o alto, médio e baixo Rio Negro.

    O edital e os resultados dos contemplados destinou um investimento total de aproximadamente R$ 2,5 milhões para apoiar 25 projetos desenvolvidos por associações de base em três municípios da região: Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira (AM). A iniciativa beneficiará mais de 30 mil indígenas das comunidades locais, promovendo ações previstas nos Planos de Gestão Territorial Ambiental (PGTAs) das terras indígenas.

    O FIRN visa fortalecer as associações indígenas e as práticas dos povos rionegrinos, garantindo que as associações possam implementar ações locais com recursos adequados. Marivelton Baré, Diretor Presidente da FOIRN em 2023, expressou sua expectativa sobre o resultado dos projetos selecionados. Ele destacou que, no processo de seleção, foram envolvidos pareceristas indígenas, como universitários e antropólogos, que contribuíram de forma voluntária para assegurar uma escolha justa e eficaz das propostas.

    O edital 022/023 recebeu 47 propostas no total, das quais 25 foram selecionadas. As categorias dos projetos contemplados são: Mirim, Intermediário e Wasu, com valores de R$ 50.000, R$ 100.000 e R$ 200.000, respectivamente. Estes projetos foram distribuídos em cinco grandes regiões de abrangência da FOIRN, conforme detalhado a seguir:

    Região Nadzoeri:

    • Categoria Mirim:
      • Cacique Escolar do Rio Içana e Cuairí – CERIC, projeto valorização cultural.
      • Associação das Comunidades Indígenas do Médio Içana e Rio Cuiari – ACimirc, projeto segurança alimentar.
      • Associação do Conselho de Gestão da Escola EENO HIEPOLE – ACGEH, projeto segurança alimentar.
    • Categoria Intermediário:
      • Associação das Comunidades Indígenas do Rio Ayarí – ACIRA, projeto segurança alimentar.
      • Organização das Comunidades Indígenas de Assunção do Içana – OCIDAI, projeto valorização cultural.
    • Categoria Wasu:
      • Organização Baniwa e Koripako – Nadzoeri, projeto fortalecimento das organizações.

    Região CAIBARNX:

    • Categoria Mirim:
      • Organização Indígena de Nova Vida – OINV, projeto segurança alimentar.
    • Categoria Intermediário:
      • Associação Indígena de Desenvolvimento Comunitário de Cucuí – AIDCC, projeto valorização cultural.
      • Associação das Comunidades Indígenas do Alto Rio Negro II – ACIARN-II, projeto fortalecimento da economia sustentável indígena.
    • Categoria Wasu:
      • Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro – AMIARN, projeto mulheres indígenas e economia sustentável.

    Região COIDI:

    • Categoria Mirim:
      • Associação das Comunidades Indígenas do Rio Waupés Acima – ACIRWA, projeto fortalecimento institucional.
      • Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Waupés – ACIMERWA, projeto fortalecimento do Dia Pahsa Dehko.
    • Categoria Intermediário:
      • Associação das Mulheres Indígenas Alto Rio Uaupés – AMIARU, projeto centro de saberes e práticas tradicionais.
      • Coordenação das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê – COIDI, projeto fortalecimento de Yaiwa Powewea.
    • Categoria Wasu:
      • Associação das Mulheres Indígenas do Distrito de Iauaretê – AMIDI, projeto We’ópeosehe.

    Região DIAWII:

    • Categoria Mirim:
      • Conselho Escolar da Escola Estadual Sagrado Coração de Jesus – CEEESCJ, projeto valorização cultural.
      • Conselho Escolar da Escola Estadual Dom Pedro Massa – CEEEDPM, projeto semeando esperança.
    • Categoria Intermediário:
      • Coordenação Indígena de Pari Cachoeira – CIPAC, projeto fortalecimento da piscicultura.
      • Associação das Mulheres Indígenas da Região de Taracuá – AMIRT, projeto Ba’sebo Nakahake.
    • Categoria Wasu:
      • Organização Indígena de Bela Vista – OIBV, projeto farinha de Bela Vista.

    Região CAIMBRN:

    • Categoria Mirim:
      • Conselho Escolar da Escola Estadual Indígena Sagrada Família – CEEEISF, projeto Hikari.
      • Organização Piroromi de Pais e Mestres – OPPMC, projeto Moyenayoma Mulher Guerreira.
    • Categoria Intermediário:
      • Associação da Escola e Comunidade Indígena DAW – AECID, projeto Kaaw Pêeg.
      • Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas – ACIR, projeto P’aah Henh Ji Karên do Ji Weh.
    • Categoria Wasu:
      • Coordenação das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro – CAIMBRN, projeto Mäduariça.

    Este lançamento reafirma o compromisso da parceria entre a FOIRN e do Instituto Socioambiental e o apoio da Embaixada Real da Noruega em apoiar e promover o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural das associações indígenas do Rio Negro. A expectativa é que os projetos contemplados contribuam significativamente para o fortalecimento institucional, interculturalidade, valorização cultural e desenvolvimento socioeconômico das regiões beneficiadas.

  • A Mobilização das Mulheres Indígenas de Iauaretê: Fortalecimento e Luta pelos Direitos

    A Mobilização das Mulheres Indígenas de Iauaretê: Fortalecimento e Luta pelos Direitos

    A semana de mobilização das mulheres destaca a Força e a Resiliência das Mulheres Indígenas de Iauaretê que também reuniu membros das comunidades locais.

    A assembleia extraordinária realizada no dia 8 de agosto foi um momento importante para a Associação das Mulheres Indígenas de Iauaretê (AMIDI), onde se discutiu e aprovou atualizações no estatuto da associação. Essas mudanças visam fortalecer a estrutura organizacional, garantindo uma participação mais ativa e protagonismo das mulheres indígenas nos projetos e ações desenvolvidos pela associação.

    As discussões em torno da atualização do Estatuto Social focaram em questões essenciais para o crescimento da associação e para a promoção de iniciativas que reforcem as atividades já em andamento, como a defesa dos direitos das mulheres e a geração de renda. Estas são etapas fundamentais para assegurar que as mulheres indígenas não apenas sobrevivam, mas prosperem, mantendo suas tradições e contribuindo para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades.

    A XI Assembleia Geral Ordinária Eletiva da AMIDI, ocorrida no dia seguinte, 9 de agosto, teve como objetivo eleger a nova diretoria para um mandato de quatro anos. A presença e participação tanto de mulheres quanto de homens ressaltou a importância da AMIDI na superação dos desafios enfrentados pelas mulheres indígenas da região. Com a nova diretoria no comando, a AMIDI está pronta para continuar sua jornada na defesa dos direitos das mulheres indígenas e na promoção de práticas sustentáveis que honrem a cultura local e o artesanato.

    A presença da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) foi significativa, com a participação e presença da diretora de referência da região da COIDI, a vice-presidente Janete Alves, os técnicos dos diversos departamentos como membros de setores como a gerente da casa Wariró, Gerente Administrativa/financeira e Assistente de monitoramento do Fundo Indígena do Rio Negro, Secretaria das Associações, Departamento da Juventude e Departamento Jurídico. 

    A colaboração entre a AMIDI e a FOIRN, bem como a representação da FUNAI – CR Rio Negro (através do Coordenador Técnico Local), demonstra uma união de esforços que é fundamental para o avanço dos direitos indígenas e para o fortalecimento da autonomia das comunidades.

    Este evento é um exemplo inspirador do poder da organização coletiva e da importância da liderança feminina indígena. Ele destaca a necessidade contínua de apoiar as mulheres indígenas em suas lutas por direitos e reconhecimento, e serve como um chamado à ação para todos aqueles comprometidos com a justiça social e a sustentabilidade. A semana de mobilização em Iauaretê é um lembrete de que, quando as mulheres se unem, mudanças significativas são possíveis.

    Membros da nova Diretoria da AMIDI:

    Maria das Dores Camargo – Presidente

    Sonia Ferreira – Vice-presidente

    Katiane de Lima – Secretária

    Suplente: Lídia de Lima 

    Imaculada Moreira Dias – Tesoureira

    Suplente: Rosália Izanete

    Conselheiras:

    Cláudia Camargo

    Ilza Rodrigues

    Zenilda Ferreira

  • Mobilização para Consulta Pública: Manutenção e Conservação da BR-307/AM em Cucuí

    Mobilização para Consulta Pública: Manutenção e Conservação da BR-307/AM em Cucuí

    Esta consulta será realizada nos dias 09 e 10 de agosto no distrito de Cucuí, localizada na região da Coordenadoria das Associações Indígenas Balaio, Alto Rio Negro e Xié – CAIBARNX.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) está mobilizando lideranças e parceiros estratégicos para uma reunião de Consulta Pública sobre a manutenção e conservação da BR-307/AM, uma via importante que conecta São Gabriel da Cachoeira ao distrito de Cucuí.

    FOIRN, uma organização sem fins lucrativos que representa 24 povos indígenas, tem sido uma voz ativa na promoção dos direitos e do desenvolvimento sustentável das comunidades indígenas na região do Rio Negro. A reunião de consulta é um exemplo de seu compromisso com a governança territorial e ambiental, assegurando que qualquer projeto de infraestrutura respeite os direitos e as tradições dos povos originários.

    A BR-307, conhecida por suas condições desafiadoras, tem sido um obstáculo para os moradores locais e um fator limitante para o desenvolvimento econômico e social. Relatos destacam a dificuldade de transitar pela estrada, uma vez que a estrada já havia funcionado, mas a manutenção foi deixada de lado e as viagens acabaram sendo limitadas, o que pode levar horas para cobrir distâncias relativamente curtas, como por exemplo, chegar até a comunidade Balaio, que fica pela metade do trajeto de toda a BR, devido ao terreno acidentado e à falta de manutenção adequada.

    A reunião de consulta organizada pela FOIRN é um passo importante para garantir que a voz das comunidades indígenas seja ouvida e considerada nas decisões que afetam diretamente suas vidas e territórios.

    É um exercício de diálogo e colaboração, onde instituições como a Foirn, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai CR/RNG), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Exército Brasileiro e as comunidades indígenas podem trabalhar juntos para encontrar soluções que beneficiem todos os envolvidos.

    A melhoria da BR-307/AM tem o potencial de trazer benefícios significativos, não apenas para a população indígena, mas também para fortalecer a segurança territorial e facilitar o acesso a serviços essenciais como a saúde e a educação. Esta iniciativa reflete a importância de uma abordagem inclusiva e respeitosa no desenvolvimento de infraestruturas em áreas de grande significado cultural e ambiental.

    Acompanhe na integra este evento através da live no canal oficial da FOIRN no Youtube (@foirnrionegroam7392), Instagram @foirn, Facebook e o X (twitter).

  • Seminário Regional de Escuta sobre a Universidade Indígena em São Gabriel da Cachoeira

    Seminário Regional de Escuta sobre a Universidade Indígena em São Gabriel da Cachoeira

    Território Etnoeducacional Rio Negro e Yanomami: Mais de 800 pessoas participaram do seminário, incluindo profissionais de educação, estudantes e público em geral.

    Nesta segunda Feira, 29/07, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), por meio do Departamento de Educação Escolar Indígena (DEEI) junto a instituições como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas, SESU, SECAD o Ministério dos Povos Indígenas, Ministério de Educação realizaram o Seminário Regional de Escuta sobre a Universidade Indígena, no auditório da Escola Estadual de Tempo Integram – CETI, em parceria e apoio da SEDUC, UFAM, IFAM, SEMEDI, APIARN e COPIARN.

    O município de São Gabriel da Cachoeira, está testemunhando um momento histórico com a realização do Seminário Regional de Escuta sobre a Universidade Indígena, o evento teve a abertura na noite do dia 28/07, esse momento reflete o compromisso do país com a educação e a cultura indígena. Este seminário é parte de uma série de consultas públicas organizadas pelo Ministério da Educação (MEC), que visa coletar insumos para a criação de uma universidade que verdadeiramente represente e atenda às necessidades dos povos indígenas.

    O território etnoeducacional Rio Negro e Yanomami foi o anfitrião de um desses seminários, onde mais de 800 participantes, incluindo profissionais de educação, estudantes, lideranças políticos e tradicionais e o público em geral, se reuniram para discutir e compartilhar suas visões sobre o futuro da educação superior indígena. A iniciativa é um passo significativo para garantir que a voz dos povos originários seja ouvida e incorporada no planejamento e implementação da Universidade Indígena.

    A coordenadora de Educação Escolar Indígena da Secadi/MEC, Fernanda Frade, destacou a importância de relacionar a Universidade Indígena com a educação básica e a formação de professores indígenas, enfatizando que muitos desses educadores ainda não possuem ensino superior completo. A inclusão da educação indígena nas políticas públicas é uma demanda histórica dos povos originários, e os seminários são fundamentais para garantir que suas expectativas e necessidades sejam atendidas.

    Os seminários regionais são apenas uma parte de um cronograma mais amplo que inclui encontros em 12 estados brasileiros, demonstrando a abrangência e a seriedade do projeto. Cada seminário é uma oportunidade para fortalecer o diálogo e a colaboração entre o governo, as instituições educacionais e os povos indígenas, assegurando que a futura Universidade Indígena seja um reflexo autêntico da diversidade e riqueza cultural do Brasil.

    Durante o evento, foram divididos Grupos de Trabalho para discutir de acordo com as áreas, da seguinte forma: GT de professores, Estudantes, Mulheres e Lideranças Políticas e Tradicionais.

    As apresentações dos grupos de trabalhos foram muito importantes para esta implementação da universidade indígena em São Gabriel da Cachoeira. Elas permitiram que a comunidade compartilhasse suas tradições, conhecimentos e valores de maneira mais ampla, contribuindo para a preservação e valorização da cultura indígena na região.

    Além disso, proporcionaram um espaço de diálogo e interação entre os diferentes grupos étnicos, promovendo assim a integração e o respeito mútuo. Essa troca de experiências e saberes foi fundamental para fortalecer o projeto e garantir que ele atendesse às reais necessidades e desejos da comunidade indígena.

    Como resultado e encaminhamento da Consulta, ficou definida em votação que a sede ficará em Brasília e o campus em São Gabriel da Cachoeira, a universidade está em processo de implementação, envolvendo consultas e seminários com povos indígenas para garantir que suas vozes e necessidades sejam atendidas.

    O Campus em São Gabriel da Cachoeira, conhecida como a cidade mais indígena do Brasil, é particularmente notável. Ela simboliza um passo importante para a inclusão e o reconhecimento dos povos indígenas na região Norte do país. A implementação de um campus nessa localidade reforça o compromisso com a educação acessível e relevante para as comunidades indígenas.

    A criação da Universidade Indígena é uma resposta às demandas de longa data dos povos originários do Rio Negro, que buscam maior autonomia e participação na gestão educacional. Essa instituição promete oferecer um currículo que respeita e integra o conhecimento indígena, proporcionando uma educação superior que alia tradição e modernidade.

    O Ministério da Educação (MEC) tem desempenhado um papel importante nesse processo, realizando a primeira reunião de implementação e estabelecendo um cronograma para a criação do campus. Além disso, o MEC promoveu seminários de consulta em diversos estados, incluindo São Gabriel da Cachoeira, para ouvir diretamente dos povos indígenas sobre a organização e implementação da universidade.

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) representa uma força vital na luta pela autonomia e sustentabilidade dos povos indígenas na região do Rio Negro, no Amazonas. Com uma estrutura composta por cinco coordenadorias regionais, a FOIRN trabalha incansavelmente para fortalecer as comunidades indígenas em diversas frentes, desde a economia sustentável até a governança territorial e ambiental.

    A FOIRN também se destaca por sua abordagem inclusiva, representando mais de 90 associações de base e 24 povos indígenas, abrangendo uma área que inclui os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. Esta federação é um exemplo de como a organização e a união de esforços podem levar a avanços significativos na defesa dos direitos indígenas e na promoção de um desenvolvimento que respeite a cultura e a biodiversidade da Amazônia.

    Para saber mais sobre a FOIRN e suas coordenadorias regionais, visite o site oficial e foirn.blog.

    Para mais informações ou dúvidas sobre o projeto da Universidade Indígena, o MEC disponibilizou o e-mail universidadeindigena@mec.gov.br, reforçando seu compromisso com a transparência e a participação pública no processo de criação desta importante instituição e também você pode assistir na integra a transmissão ao vivo através do canal oficial da Foirn no Youtube.