A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e o Departamento Especializado de Polícia realizaram uma importante apresentação institucional, marcando um passo importante na transição de gestão e reforçando a comunicação entre as entidades.
Com a presença da Delegada Dra. Grace Jardim, titular da DEP de São Gabriel da Cachoeira/AM, o encontro teve como objetivo levantar as demandas dos povos indígenas e buscar parcerias sólidas na luta pelo nosso território.
Durante a apresentação foi abordou as complexidades da segurança em São Gabriel, um município fronteiriço, e a atuação da FOIRN na defesa dos direitos indígenas na região do Rio Negro. Foi enfatizada a necessidade de uma abordagem ampla de segurança pública que inclua não apenas as áreas urbanas, mas também os distritos e comunidades.
É interessante ver como diferentes organizações estão trabalhando para lidar com os desafios específicos enfrentados nessas áreas, como o combate às atividades ilegais e crimes hediondos. Esse tipo de discussão é fundamental para encontrar soluções eficazes e garantir a segurança e o bem-estar de todos os residentes, especialmente em regiões com características tão singulares.
O diálogo entre FOIRN e o Departamento Especializado de Polícia visou estabelecer um possível acordo de cooperação para a promoção e defesa dos direitos dos povos indígenas nas regiões, buscando mais segurança em todo o município.
Através desse encontro, buscamos fortalecer os planos de governança territorial e ambiental das nossas comunidades, garantindo que nossas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
Juntos, FOIRN e Departamento Especializado de Polícia, trabalhamos em prol de um futuro mais justo e seguro para o Rio Negro.
A Oficina de Práticas de Aperfeiçoamento do Artesanato, realizada em Santa Isabel do Rio Negro, foi uma oportunidade enriquecedora para as artesãs e artesãos locais.
A atividade foi realizada no município de Santa Isabel do Rio Negro no período de 21 a 23 de maio 2024. O evento foi uma oportunidade valiosa para promover o aperfeiçoamento do artesanato e o desenvolvimento econômico e cultural na região do Médio Rio Negro II.
Com o principal objetivo de promover formação de mulheres artesãs e jovens artesãs sobre as práticas de produção e manejo dos recursos naturais renováveis para aprimoramento e aprofundamento do conhecimento técnico para confecção de produtos através da piaçava, arumã e somente naturais.
Possibilitar divulgação e estender para comercialização dos produtos produzidos a fim de gerar benefícios e melhorar a qualidade de vida da população das comunidades. O evento envolveu as artesãs e artesãos locais e outras organizações, incluindo a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e o SEBRAE, levando ainda mais benefícios e oportunidade econômica aos povos indígenas.
A troca de experiências durante a oficina, juntamente com a apresentação das precificações pactuadas no acordo de cogestão e a qualidade dos artesanatos para o escoamento através da Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro – Casa Wariró, certamente contribuiu para o aprimoramento das habilidades e o fortalecimento da cadeia produtiva do artesanato local. Essas iniciativas não apenas ajudam a preservar tradições culturais valiosas, mas também oferecem oportunidades econômicas importantes para as comunidades locais.
Realização: Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, representada por Cleocimara Reis Gomes – Coordenadora Geral do Departamento de Mulheres indígenas do Rio Negro (DMIRN); Sheinne Diana – Articuladora do Departamento de Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (DAJIRN) e Luciane Lima – Coordenadora Departamento de Negócios Socioambientais.
Marivelton Baré Sócio fundador do Podáali participa da Avaliação do Estatuto do Fundo Indígena após 4 anos de fundação.
É significativo ter a participação ativa da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), representada por seu diretor-presidente Marivelton Baré, em eventos importantes como a 1ª Assembleia Extraordinária do Podáali (Fundo Indígena da Amazônia Brasileira), realizada nos dias 21 e 22 de maio de 2024 em Manaus.
A participação de Marivelton Baré como sócio fundador do Fundo Indígena da Amazônia Brasileira junto com a Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal, também destaca o papel importante das organizações indígenas na busca por soluções inovadoras e eficazes para desafios enfrentados pelas comunidades na região amazônica.
A 1ª Assembleia Extraordinária do Podáali, teve como o principal objetivo avaliar o Estatuto do Fundo Indígena após 4 anos de sua fundação, isso reflete um compromisso contínuo com a transparência, prestação de contas e melhoria contínua das estruturas e processos organizacionais.
Essa avaliação é fundamental para garantir que o Fundo Indígena esteja cumprindo efetivamente sua missão e alcançando seus objetivos em apoio às comunidades indígenas da Amazônia. Ao envolver os membros da FOIRN e outras partes interessadas na revisão do estatuto, o Podáali demonstra um compromisso com a participação e a inclusão das vozes das comunidades indígenas no processo decisório, fortalecendo assim a governança democrática e o empoderamento das próprias comunidades.
É emocionante ver a liderança Braz França Baré sendo homenageado (In memoriam) durante o evento, reconhecendo sua contribuição significativa para a luta e os ideais da FOIRN. Marivelton Baré teve a oportunidade de falar sobre a trajetória de Braz França destacando sua dedicação à causa e como sua liderança inspirou e influenciou as gerações futuras, é uma maneira poderosa de manter viva a memória e o legado desses líderes indígenas.
Essa continuidade de compromisso e valores entre as lideranças passadas e presentes da FOIRN é fundamental para garantir a coesão e a força do movimento indígena na região do Rio Negro e além. Essas homenagens não apenas celebram as conquistas do passado, mas também servem como inspiração e guia para os desafios futuros que as comunidades indígenas enfrentarão. Assista o vídeo no Instagram oficial da Foirn.
A presença de lideranças da Coordenação Executiva e organizações de base da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), representantes do Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN) e da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) na assembleia ressalta a importância do evento e a diversidade de perspectivas e vozes envolvidas na avaliação do Estatuto do Fundo Indígena.
A presença dessas lideranças também fortalece a cooperação e colaboração entre as organizações e reforça a unidade em torno de questões importantes para os povos indígenas.
Fortalecendo Cadeias e Conhecimentos Indígenas nos territórios Indígenas.
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), representada por Rosangela Fidelis, gerente administrativo e financeiro da Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro – Casa Wariró, participou do III Intercâmbio de Cadeias de Produtivas da Sociobiodiversidade, na Sede da Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-AC-Rio Branco), no Centro de Formação dos Povos da Floresta, nos dias 13 a 17 de maio de 2024.
O intercâmbio teve um objetivo muito importante e abrangente. Ampliar o conhecimento sobre a sociobiodiversidade é crucial não apenas para fortalecer as cadeias nas Terras Indígenas, mas também para promover a segurança e soberania alimentar, valorizando os conhecimentos indígenas, reconhecendo as questões de gênero e abordando a emergência climática. Essas iniciativas não apenas fortalecem as comunidades indígenas, mas também contribuem para uma abordagem mais holística e sustentável para lidar com desafios globais.
É importante destacar que o I Intercâmbio foi realizado no município de São Gabriel da Cachoeira em 2022, na sede casa Wariró/FOIRN, o II Intercâmbio foi realizado no Xingú na ATIX em 2023 e o III Intercâmbio realizado em Rio Branco -Acre em 2024.
É interessante ver como o intercâmbio se deslocou para diferentes regiões, abrangendo uma variedade de contextos e comunidades indígenas. Isso demonstra um compromisso contínuo com a troca de conhecimentos e experiências em várias partes do país, enriquecendo ainda mais as discussões e colaborações entre os participantes. Cada local oferece suas próprias perspectivas e desafios únicos, contribuindo para uma compreensão mais completa e inclusiva da sociobiodiversidade e das questões relacionadas à segurança alimentar, gênero e emergência climática.
É maravilhoso ver como Edilene Barbosa Paracurú e José Marcondes puderam relembrar e compartilhar suas experiências significativas durante o 1º Intercâmbio em São Gabriel da Cachoeira. Visitar o projeto de Base Comunitária de Turismo de Pesca Esportiva do Rio Marié na comunidade de Tapurucuara Mirim, no médio Rio Negro, certamente proporcionou resultados valiosos sobre práticas sustentáveis de turismo e conservação ambiental.
Além disso, participar da Maloca Casa do Saber e visitar os departamentos técnicos e políticos na sede da FOIRN ofereceu uma oportunidade única de intercâmbio de conhecimentos entre as comunidades indígenas e os parceiros envolvidos no projeto. Essas experiências não apenas enriqueceram suas próprias compreensões, mas também contribuíram para fortalecer as conexões e parcerias dentro e fora das comunidades indígenas.
“O Intercâmbio foi bastante enriquecedor para as iniciativas, passa conhecimentos para fortalecer as cadeias em nosso Território. Os parentes viram a apresentação da FOIRN como exemplo de uma iniciativa do artesanato de forma bem estruturada e que está bem alinhada, tem etiquetas, processos já feitos, ressaltei que tudo isso é graças ao trabalho coletivo, as parcerias, aos projetos e aos gestores que passaram e quem estão hoje representando a Federação.” Frisou Rosangela Fidelis – Gerente administrativo e financeiro da Casa Wariró.
Importante ver que os representantes de outras instituições também reconheceram o valor dos encontros de intercâmbio e a importância de seu foco na preservação do meio ambiente. Essa avaliação positiva destaca como esses eventos não apenas promovem a troca de conhecimentos e experiências, mas também reforçam o compromisso coletivo com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Ao reunir diferentes iniciativas e perspectivas, tais encontros podem inspirar colaborações ainda mais amplas e impactantes, visando a proteção e a promoção da biodiversidade e dos recursos naturais para as gerações presentes e futuras.
Destacamos alguns comentários:
“Vamos rebater a ideia de que indígenas não precisam de dinheiro. As visitas foram muito ricas”. Jaime/OGM.
“O AIC (Fundo de pequenos projetos do Xingu) é uma iniciativa muito importante localmente. A minha pesquisa foi fruto do pequeno edital da RCA, podemos pensar a geração de autonomia através de pequenos fundos.” Edilene/OPIAC.
“Cada região tem sua própria forma de geração de autonomia. Uma das coisas que aprendemos é que é possível ser autônomo com nossas produções e buscar geração de renda para nossos familiares.” Jaime/OGM.
“Estou saindo com muitas ideias para meu trabalho e melhoria das roças na minha região. Esses encontros são importantes para mostrarmos a nossa realidade e pensarmos melhorias.” Tari/ATIX.
“O intercâmbio foi muito produtivo, visitamos muitas iniciativas e vamos levar para nossa comunidade para tentarmos fazer na prática o que aprendemos. Nós podemos incentivar e passar o que aprendemos para frente. Gostei muito da família de agricultores que fomos visitar, eles conseguem produzir muito e vender dentro de um pequeno território. Nós, povos indígenas, temos muita terra e podemos produzir muito também.” Ronaldo/AMIM.
“Essa área era degradada e foi reflorestada, isso é muito impressionante. A cooperativa que visitamos hoje abriu minha mente sobre formas diferentes de produção e vou levar isso para minha comunidade. Divulgar esse conhecimento que para mim é novo.” Makreiton/APINA.
“Estamos buscando sim a autonomia nas nossas comunidades. Não só nós jovens, mas também as mulheres. Essa estrutura do centro de formação é muito inspiradora. Também gostei da criação de quelônios, nunca tinha pensando nisso, vou levar isso para minha comunidade. Todas as coisas que vi aqui viraram um norte. É uma experiencia nova.” Sinézio/CIR.
“Vou levar para minha aldeia, é uma nova experiencia para mim, as coisas que foram apresentadas não acontecem na minha comunidade, vou levar essas novas experiencias comigo. Vou levar tudo o que aprendi para o encontro de mulheres e para a assembleia da minha associação. Podemos pensar em fazer outras coisas.” Julieta/Iepé.
Estiveram presentes no intercambio membros da RCA representando várias organizações e a equipe da CPI-AC: Julieta Tiriyó/Iepé, Thiago Arruda/CTI, Edilene/OPIAC, Rosângela Fidelis/FOIRN, Ronaldo Anicá/AMIM, Sinézio Mota/CIR, Oscar Apinagé/Wyty-Cate, Iramar Yanomami/Hutukara, José Marcondes/AMAAIAC, Makreito Waiãpi/APINA, Vera Olinda/CPI AC, Jaime Mayuruna/OGM, Dorines/OPIAC, Tariaiup Kayabi/ATIX, Miaraip Kaiabi/ISA e Talita Alves/RCA.
Lideranças indígenas de 15 comunidades membros das ACIBRN e instituições parceiras se reúnem para avaliar e planejar o projeto de turismo de base comunitária do rio Marié.
A Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (ACIBRN), realizou junto a FOIRN e a empresa Untamed Angling do Brasil (UAB) a Reunião do Comitê gestor de Turismo de Base Comunitária do Rio Marié, na comunidade na Tapurucuara Mirim nos dias 19 e 20 de maio de 2024.
Este evento reuniu lideranças indígenas de 15 comunidades membros das ACIBRN e instituições parceiras para avaliar e planejar o projeto, de turismo de base comunitária através da FOIRN, ACIBRN e UNTAMED ANGLING DO BRASIL – UAB.
O encontro marcou o fim da primeira fase de um contrato de 10 anos e o início do planejamento para a temporada 2024/2025. A equipe refletiu sobre os desafios superados e as conquistas alcançadas ao longo dos anos, celebrando o progresso e delineando metas ambiciosas para o futuro.
Durante a reunião foram pautados os assuntos de interesse dos membros da Associação: I) Prestação de contas da empresa parceira 2023/2024; II) Prestação de contas da FOIRN para as comunidades sobre os recursos de 2023/2024; III) Prestação de contas do coordenador da pesca e a operação.
E além dos assuntos em pautas, foram feitas as apresentações da empresa sobre os avanços e impactos e a a apresentação da ACIBRN sobre os Planos de trabalho dos parceiros e novos projetos:
-A UAB apresentou sobre os avanços e impacto social nos primeiros 10 anos;
– Apresentação da ACIBRN sobre os trabalhos em andamentos avanços e desafios;
-Plano de trabalho dos parceiros e novos projetos.
A realização do comitê gestor nas comunidades indígenas é fundamental para a prestação de contas do projeto de pesca esportiva de base comunitária, bem como para a avaliação da temporada de pesca e das atividades de vigilância e monitoramento da região. Este comitê permite uma gestão transparente e participativa, envolvendo diretamente as comunidades locais na tomada de decisões.
Através da prestação de contas, asseguramos que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente e conforme os objetivos do projeto, promovendo a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais. Além disso, a avaliação contínua da temporada de pesca e das ações de vigilância e monitoramento possibilita ajustes necessários e o aprimoramento das práticas de manejo, garantindo a proteção dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades envolvidas.
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) representada pela Diretora Jante Alves Dessana, estava participando da 88ª Sessão da Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres – CEDAW, em Genebra – Suíça, junto coma a delegação de mulheres, esse é um evento relacionado à avaliação do Brasil.
A participação da delegação em uma agenda com a Ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gomes, e a delegação do Estado Brasileiro, junto com movimentos sociais presentes em Genebra, em 22/5, destaca o engajamento contínuo das organizações indígenas e da sociedade civil na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.
Essa reunião proporcionou uma oportunidade importante para dialogar sobre questões fundamentais relacionadas aos direitos das mulheres indígenas no Brasil, incluindo o acesso à saúde, educação, justiça e participação política. Ao envolver tanto representantes do Estado quanto da sociedade civil, essa agenda demonstra um esforço colaborativo para identificar desafios e buscar soluções para garantir o pleno respeito e reconhecimento dos direitos das mulheres indígenas no país.
A leitura por Janete Alves Dessana, diretora da FOIRN, das recomendações das mulheres indígenas da Amazônia ao governo brasileiro e a entrega do documento “Mulheres Indígenas do Rio Negro e Seus Direitos na CEDAW” para a Secretária de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça, Sheila de Carvalho, representam passos importantes na defesa dos direitos das mulheres indígenas. Essa ação demonstra um compromisso sério em garantir que as vozes e preocupações das mulheres indígenas sejam ouvidas e consideradas nas políticas e práticas governamentais.
Ao apresentar as recomendações e o documento, Janete Alves Dessana e a FOIRN estão enfatizando a importância da implementação efetiva da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW) para proteger e promover os direitos das mulheres indígenas, especialmente aquelas que vivem na região do Rio Negro. Essa ação não apenas destaca as questões específicas enfrentadas pelas mulheres indígenas, mas também busca a colaboração e o compromisso do governo brasileiro em abordar essas questões de maneira significativa e inclusiva.
Texto: Comunicação Foirn
Base de Informação: ISA e RCA
Foi realizada no Palácio das Nações em Genebra, a Sessão de avaliação do Brasil na CEDAW – Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres.
A incidência liderada por instituições Indígena e indigenista, como a AMIM, FOIRN, Iepé, ISA e RCA, com o apoio da Race & Equality, o Comitê CEDAW cobra o governo brasileiro em diversos temas que foram reportados nos relatórios enviados sobre a situação das mulheres indígenas na Amazônia Brasileira.
Temas como saúde indígena, reconhecimento dos sistemas de saúde indígenas e dos conhecedores tradicionais como parteiras, pajés e benzedeiros, aumento das taxas de mortalidade de câncer de útero em mulheres indígenas, a insuficiência de profissionais e mulheres ginecologistas e obstetras para atendimento das mulheres indígenas; o aumento da violência dentro dos territórios, o uso prejudicial de álcool, o aumento das taxas de suicídio e a ausência de um programa específico para combater a violência contra meninas e mulheres indígenas nesses territórios foram abordados pelas membras do Comitê.
A CEDAW destacou ainda a situação da vulnerabilidade dos territórios indígenas transfronteiriços, que fazem fronteiras com os três maiores produtores de cocaína do mundo, no estado do Amazonas.
A necessidade de consulta perante os projetos de desenvolvimento e infraestrutura que afetam os direitos territoriais indígenas também foram mencionados.
Foi destacada a importância da Amazônia Brasileira e o papel das mulheres indígenas e a proteção dos conhecimentos tradicionais para a promoção da Justiça climática no mundo.
A preocupação com as demarcações e a tese do marco temporal, prevista na Lei 14.701/2023, também foram pontuadas na reunião de avaliação do Brasil pela CEDAW.
Em resposta, o governo brasileiro reconheceu a falta de acesso e o preconceito que mulheres indígenas e negras sofrem nas instituições de saúde e se comprometeu em priorizar que médicas mulheres atendam mulheres indígenas e a avançar no reconhecimento dos conhecedores tradicionais.
O Comitê Cedaw irá trabalhar para concluir o relatório final com as considerações das membras e as Recomendações ao Estado Brasileiro.
Destacamos a importância dos Quadros de Referência Interna dos Departamentos, Conselhos e Projetos, visando fortalecer a estrutura organizacional e promover o desenvolvimento sustentável das Associações Filiadas.
Durante três dias consecutivos, foram realizados os trabalhos da primeira etapa de transição entre a diretoria atual da gestão (2021 a 2024) da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e os diretores eleitos nas assembleias regionais. Essa diretoria coordena e representa cinco coordenadorias regionais.
A responsabilidade maior institucional é do diretor presidente, de poder conduzir junto com todos os membros, departamentos e setores. E durante esses 3 primeiros dias foi apresentado e repassado as ferramentas e instrumentos institucionais, a parte funcional, operacional, estrutura, projetos, programas, ações que estão em desenvolvimento e o que está sendo implementado dentro do território, e também os avanços, desafios e os obstáculos
A gestão atual está fazendo um trabalho com transparência daquilo que foi construído junto com a rede de parceiros que a instituição tem atualmente. Além de defender os direitos coletivos dos povos indígenas do rio Negro, foi apresentado também as iniciativas e os compromissos de gestão que extrapolam o mandato, que são compromissos institucionais que asseguram os direitos dos povos indígenas.
E no dia 09/05, inicia uma nova etapa da transição que é também a discussão junto com os nossos parceiros promissores. Sobretudo, o Instituto Socioambiental – Programa Rio Negro que acompanha a FOIRN desde 1993, desde as ações conjuntas, das iniciativas, das pautas e temáticas.
Serão três dias à frente com o ISA, e em seguida será com a FUNAI/CR Rio Negro, a SESAI e com outras instituições.
Essa primeira etapa é do dia 6 até o dia 16 de maio, após isso as atividades e ações continuarão, e no dia 26 de junho será realizada a assembleia extraordinária da FOIRN e nos dias 27 e 28 de junho será realizada a Assembleia Geral eletiva da Federação, onde serão eleitos a nova presidência com seus respectivos suplentes que vão assumir nos próximos meses a partir de agosto de 2024 o mandato de gestão da nossa maior organização do rio Negro, que é a FOIRN é conhecida como representante dos 24 povos, que tradicionalmente habitam esse território do Rio Negro, que compreende e abrange os municípios de Barcelos, de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, 4 troncos linguísticos distintos, 18 línguas faladas em todo o território.
Segue com os 37 anos de luta, desafios, conquistas, avanços, perspectivas, diálogo, exemplo de controle social e de representação moral coletiva como qualquer outra organização tem feito, para poder honrar a luta das nossas lideranças, que é um controle social nato, não é submisso ao governo e a nenhuma instituição ou empresas, não é manobrada e muito menos manipulada.
Marivelton Baré reafirma que FOIRN tem a sua autonomia, posicionamento, luta por aquilo que é de direito do coletivo.
“Aquilo que é de direito, a gente luta e aquilo que não é nosso dever e obrigação, a gente cobra que seja implementado e assim a gente vem avançando nesses 37 anos, convido você a poder seguir os nossos trabalhos e olhar as nossas atividades e assim também ser uma pessoa solidária, apoiadora. Acompanhe os nossos trabalhos para saber das agendas onde teremos muitas realizações e também visita aos territórios. Aí já te né? De todo um trabalho que a gente tem que fazer. A luta continua e Unidos venceremos!”
Reunião institucional entre FOIRN, DSEI/ARN, CONDISI, também pautou sobre a situação da Saúde Indígena no Território do Rio Negro e Ações Interinstitucionais.
Hoje, 06/05, os diretores recém eleitos e a diretoria atual da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) reuniu – se com Valmir Delgado – Coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro (DSEI/ARN), Valdenir França – Assessor da SESAI na Região Norte e Jovânio Vilagelin – Presidente do Conselho Distrital da Saúde Indígena (CONDISI) para tratar sobre a agenda de visitas da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) à região do Rio Negro.
Diretor Dário Baniwa, Valdenir França – Assessor da SESAI na Região Norte. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN. Diretor presidente, Marivelton Baré e presidente do CONDISI, Jovânio Vilagelin. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.
Durante a reunião, também foram discutidos sobre a colaboração e a troca de informações entre as instituições são fundamentais para garantir a eficiência das ações de saúde voltadas às comunidades indígenas. Essa parceria é essencial para o fortalecimento e a importância do diálogo e da cooperação entre as entidades envolvidas para coordenar ações interinstitucionais que visam melhorar as condições de saúde nessa região.
A união dessas entidades em prol de um objetivo comum fortalece a colaboração e a busca por soluções efetivas, mostrando um compromisso conjunto com a saúde dos povos indígenas. Este tipo de iniciativa representa um passo significativo na promoção do diálogo e da cooperação entre diferentes organizações em prol de um bem maior.
Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.Jovânio Vilagelin – presidente do CONDISI. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.Edison Gomes Baré – Diretor eleito de referencia da Caibarnx. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.
Através da troca de conhecimentos e experiências, essas entidades têm a oportunidade de traçar estratégias mais eficientes e de ampliar o impacto positivo de suas ações. Além disso, a reunião serve como um momento importante para sensibilizar e mobilizar a sociedade em geral sobre as questões que envolvem a saúde e o bem-estar das comunidades indígenas, promovendo assim uma maior conscientização e engajamento.
Diretor presidente, Marivelton Baré e Valmir Delgado – Coordenador distrital do DSEI/ARN. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.Em destaque: Diretor Dário Baniwa de referencia da Nadzoeri e Valdenir França – Assessor da SESAI na Região Norte. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.
Ao dialogarem sobre as principais situações e necessidades do território, a FOIRN, DSEI/ARN e CONDISI demonstram um compromisso sólido com a busca por soluções que abordem de forma abrangente as necessidades específicas das populações indígenas, levando em consideração suas tradições, culturas e saberes. Essa abordagem holística e colaborativa pode gerar impactos positivos significativos e promover uma mudança real no cenário da saúde indígena no Território do Rio Negro, trazendo benefícios tangíveis para as comunidades locais e fortalecendo os laços de solidariedade e cooperação entre as instituições envolvidas.
As lideranças eleita e reeleitas para a diretoria da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), visando a nova gestão de 2024 a 2028. Este evento marca o início de um novo ciclo para o movimento indígena do Rio Negro.
A reunião de transição que se inicia neste dia 06 e vai até o dia 16/05, é muito importante para a comunidade indígena do Rio Negro. O encontro é destinado aos diretores recém-eleitos da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro e tem como objetivo principal apresentar a estrutura atual de funcionamento conforme o estatuto social e regimento interno da instituição, com seus referidos departamentos políticos, jurídicos, administrativos financeiros e técnicos.
A diretoria atual e os diretores eleitos e reeleitos, membros do departamento jurídico, comunicação e secretaria. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.
E também os trabalhos em conjunto com parceiros institucionais, e assim iniciar o planejamento para a nova gestão que se estenderá a partir de agosto de 2024 à julho de 2028. O clima durante o evento está repleto de expectativas e entusiasmo, sinalizando o início de um novo ciclo para o movimento indígena da região do Rio Negro.
Os participantes terão oportunidades de entender e compartilhar ideias e visões para melhorar e fortalecer a representação e os direitos das comunidades indígenas do Rio Negro, demonstrando um compromisso renovado com a luta pelos interesses e bem-estar de seu povo. Este encontro representa uma oportunidade para a união e a colaboração, onde as lideranças eleitas podem traçar planos e estratégias para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgirão nos próximos quatro anos.
Além disso, a reunião de transição destaca o compromisso coletivo com a promoção da cultura, tradições e sustentabilidade das comunidades indígenas do Rio Negro. Com um olhar para o futuro, esta reunião representa um momento crucial para definir prioridades e metas, capacitando os diretores eleitos a liderar de forma eficaz durante o período da nova gestão. Este é um momento de renovação e esperança para a comunidade indígena do Rio Negro, marcando o início de um capítulo emocionante em sua jornada.
Ao centro diretores eleitos: Edison Gomes e Hélio, ladeados por diretores reeleitos: Dário e Janete. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.Em destaque, Marivelton Rodrigues Baré – Diretor Presidente da FOIRN. Foto: Joelson – DECOM/FOIRN.
Isso demonstra um compromisso com a transparência e responsabilidade da atual gestão da FOIRN em mostrar o funcionamento, parceiros, parcerias e projetos da instituição e sua representação. A transparência e responsabilidade são pilares fundamentais para o funcionamento eficaz de qualquer instituição, garantindo a confiança e o apoio da comunidade. Ao demonstrar o compromisso com esses valores, a gestão atual reforça o seu comprometimento com a integridade e a prestação de contas.
Além disso, ao destacar os parceiros, parcerias e projetos da instituição, é possível evidenciar o impacto positivo que a organização tem na sociedade, bem como sua abertura para colaborações e iniciativas que promovam o bem-estar coletivo. Essa representação reflete a diversidade e amplitude das atividades desenvolvidas, fornecendo uma visão abrangente do trabalho e do alcance da instituição.
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) tem desempenhado um papel crucial na melhoria do acesso à comunicação e informação para as comunidades indígenas da região. A entrega de mais uma antena de internet para a comunidade Comixi, sede da Associação Parawami localizada no Rio Demeni, é um exemplo tangível desse compromisso.
Sob a liderança do diretor presidente, Marivelton Baré, e o vice-coordenador da CAIMBRN, João Barroso, a FOIRN continua a promover o desenvolvimento e a conectividade nessas áreas remotas.
A disponibilidade de internet traz consigo oportunidades significativas para educação, comunicação e acesso a serviços essenciais. Essa conquista representa um passo importante rumo à redução da exclusão digital e ao fortalecimento das comunidades locais.
A FOIRN, por meio de iniciativas como esta, demonstra um compromisso notável com o progresso e o bem-estar das populações indígenas, construindo pontes para um futuro mais inclusivo e equitativo nas Terras indígenas Yanomami.