Tag: Turismo de Pesca

  • Projeto de Turismo de Base Comunitária: Pesca Esportiva no Rio Marié

    Projeto de Turismo de Base Comunitária: Pesca Esportiva no Rio Marié

    Hoje, 09/02, a primeira antena Starlink foi entregue ao Vice-presidente da Associação das Comunidades Indígenas do Baixo e Médio Rio Negro (ACIBRN), para ser instalada no Posto de Vigilância Base 01 no Rio Marié, sendo que no total há três posto de vigilância para monitoramento da área de atuação do projeto de turismo.

    Além disso, como prioridade, as comunidades associadas à ACIBRN receberão antenas de internet starlinks, esse resultado faz parte do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) da FOIRN.

    Isso garantirá a comunicação interna e externa, além do monitoramento dos projetos, ampliando a comunicação indígena no Rio Negro com melhor alcance e qualidade.

    Esse trabalho é resultado da parceria entre a empresa UNTAMED AMAZON, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas, o Instituto Socioambiental e as comunidades indígenas envolvidas na associação e que operam este projeto.

  • Reunião do Comitê Gestor do Projeto de Pesca Esportiva do Rio Marié, em Arurá

    Reunião do Comitê Gestor do Projeto de Pesca Esportiva do Rio Marié, em Arurá

    Durante os dias 27 e 29 de maio, a FOIRN e os líderes indígenas se reuniram com parceiros na comunidade Arurá, localizada no médio Rio Negro, para discutir e avaliar o projeto de Turismo Comunitário de Pesca Esportiva do Rio Marié.

    Plenária da reunião. Foto: Joelson Felix – DECOM/FOIRN

    A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) juntamente com as 14 comunidades indígenas do Rio Marié realizaram a reunião do comitê gestor do turismo de base comunitária e conta com a presença do parceiro o Instituto Socioambiental para apoio técnico e assessoria a atividade.

    A reunião do comitê pode ser realizada desde que pelo menos uma das partes contratuais esteja presente, como associações, comunidades ou empresas parceiras, com a presença da Funai.

    O objetivo da reunião foi apresentar, de forma transparente, a prestação de contas da FOIRN, associação, comunidades e empresa, com relação aos valores recebidos durante a temporada de 2022/2023. A reunião foi conduzida pelo presidente da Foirn Marivelton Baré, com a participação da comissão da associação ACIBRN e da técnica de turismo Tifani Máximo.

    Marivelton Baré, diretor Presidente da FOIRN Foto: Joelson Felix – DECOM/FOIRN

    O Projeto Marié é o primeiro de base comunitária em territórios indígenas que mais gerou recursos econômicos e se tornou o maior projeto de pesca esportiva de base comunitária no Brasil. Os empresários responsáveis pelo projeto relataram que a temporada 2022/2023 (setembro 2022 a fevereiro 2023) foi a melhor, apesar das dificuldades enfrentadas durante a pandemia. Entretanto, é preciso garantir que os recursos cheguem às comunidades e que a vigilância seja mantida para evitar a entrada ilegal de turistas que possam prejudicar o projeto.

    Vigilantes Indígenas. Foto: Joelson Felix – DECOM/FOIRN

    Os guias foram bastante elogiados, embora a vigilância seja uma tarefa complicada, uma vez que se observa a entrada de pessoas pescando no rio. Para melhorar a situação, avaliou-se a necessidade de reforçar a assistência jurídica para regularização das associações, além de outros ajustes no repasse de recursos.

    Foi proposto um plano de trabalho para renovar o contrato do projeto Marié por mais 10 anos, incluindo a criação da primeira escola modelo de guias de pesca indígenas do Brasil, oficinas e cooperativas para confecção de iscas de fly para as mulheres das comunidades, e melhoria do plano de ação para as comunidades. Também se discutiu a necessidade de equilíbrio salarial, plano de carreira e apoio técnico para organização das comunidades.

    A próxima reunião do Comitê Gestor Operacional será em agosto na comunidade Tapuruquaramirim, com foco na oficina com as comunidades, e em setembro, na escolha da nova direção da Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro (ACIBRN).

  • TURISMO DE PESCA ESPORTIVA| Avaliação e Renovação de Contrato do Projeto de Base Comunitária do Rio Jurubaxi

    TURISMO DE PESCA ESPORTIVA| Avaliação e Renovação de Contrato do Projeto de Base Comunitária do Rio Jurubaxi

    Indígenas beneficiados pelo projeto se reuniram nos dias 12 e 13 de abril na comunidade Acariquara município de Santa Isabel do Rio Negro – Am para avaliar e renovar o contrato do Projeto de Base Comunitária Pesca Esportiva da Terra Indígena Jurubaxí Téa.

    A reunião contou com a presença de Empresários Ian Arthur de Sulocki e Alexandre Arruda Corraiolado da TAPAKAUA, Elder Santos – Coordenador Geral do Projeto e Secretário da Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN), Yago Pereira – Jovem Gestor, Tifane Araújo – Coordenadora e Técnica de Turismo, Jéssica Martins – Assessora do ISA, Adriano Silva – Advogado do Departamento Jurídico da FOIRN, Guilherme Veloso – CTL/FUNAI/SIRN, Leôncio – Coordenador Local, Vigilantes, Monitores e moradores da comunidade Acariquara e São  Francisco, para avaliação, prestação   de contas e renovação do contrato do projeto de pesca do rio Jurubaxi Téa.

    “Na abertura da reunião houve uma apresentação sobre a importância de ter amor entre os parentes, sendo destacada a frase: o amor acima de tudo. Foram apresentadas três bandeiras com as imagens representativas, onça  significando a resistência  e luta constante dos comunitários, imagem simbólica de um indígena representando os povos, a terceira com Tucunaré representando o projeto, a preservação  e comprometimento da comunidade com o meio ambiente”. Relata Raritom Baré – Comunicador Indígena.

    O projeto atua nesta região há cinco anos, ao longo da atuação, houve desafios e conquista, por isso foi preciso avaliar por todos os envolvidos, desde os comunitário e parceiros para que este projeto fosse implementado com muita responsabilidade e respeito com o meio ambiente, fortalecendo a sustentabilidade e economia na terra indígena.

    O empresário Yan demonstrou o seu compromisso com a comunidade nos valores acordados com as comunidades, apresentando todos os gastos e pagamentos realizados diretamente para ACIMRN fazer a gestão do benefício coletivo das comunidades efetuando as compras das demandas da comunidade.

    A ACIMRN também apresentou a prestação de contas das demandas que as comunidades conseguiram efetuaram em compras e pagamentos de serviços prestados.

    Os participantes do projeto demonstraram satisfeitos com o resultado obtidos durante a temporada.

    Por fim, houve a revisão e atualização do Plano de Manejo onde foi alterada, a liberação de dois lagos do Fundo e Pala que estavam em preservação para a pesca nesta nova temporada do projeto.

    O termo de contrato também foi reavaliado e aprovado pelos envolvidos do projeto e assinado por representantes da empresa TAPAKAUA, ACIMRN, FOIRN, LIDERES DA COMUNIDADE ACARIQUARA e SÃO FRANCISCO.

  • TURISMO| Termo de Referência para estabelecer parceria e contrato de turismo de pesca esportiva no Rio Negro, Terra Indígenas Médio Rio Negro I e Alto Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, Amazonas 

    TURISMO| Termo de Referência para estabelecer parceria e contrato de turismo de pesca esportiva no Rio Negro, Terra Indígenas Médio Rio Negro I e Alto Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, Amazonas 

    A Associação Akhó Iwí em conjunto com a Foirn convidam empresas interessadas em estabelecer parceria para operar o turismo de pesca esportiva no rio Curicuriari nas Terras Indígena Alto Rio Negro e Médio Rio Negro I, São Gabriel da Cachoeira, Amazonas a apresentar propostas de trabalho dentro das condições expostas no presente Termo de Referência. É recomendado que as propostas detalhem todos os pontos expostos no documento e justifiquem caso proponham alterações.

    As propostas devem ser enviadas para a FOIRN, via sedex (Endereço avenida Álvaro Maia 79, Centro, São Gabriel da Cachoeira, CEP: 69750000) e por e-mail: foirn@foirn.org.br com cópia por e-mail (TRPESCAESPORTIVA@GMAIL.COM)  TR até o dia 21 de Abril de 2023. As propostas que não forem postadas e recebidas por email dentro do prazo serão automaticamente desclassificadas.

    Os termos dessa parceria irão garantir a execução de uma operação de turismo de pesca esportiva num modelo de gestão compartilhada entre as comunidades indígenas e a empresa parceira selecionada, respeitando o protagonismo e a autonomia dessas comunidades indígenas nas decisões acerca da operação. As operações de turismo devem ser organizadas de acordo com a legislação pertinente, de forma que salvaguardam os modos de vida tradicionais das comunidades indígenas, seus recursos naturais e permitam o fortalecimento das suas associações representativas e a proteção territorial.

    O processo de seleção de empresas parceiras é uma iniciativa das comunidades indígenas que tem por objetivo receber propostas diversas para escolher a melhor parceria. Este termo de referência (TR) não está sujeito às regras de um processo de chamamento público. Cabe às comunidades proponentes decidir sobre a parceria a ser estabelecida.

    Sessão de Informação 

    Em apoio à iniciativa indígena e de acordo com a competência legal da FUNAI está em processo de confirmação a realização de um uma sessão aberta de informação com as empresas sobre este Termo de Referência no dia 06 de abril de 2023, na sede da FUNAI em Brasília. Conforme a confirmação desta agenda a informação ficará disponível no site da FOIRN.

    Resultado

    As propostas recebidas serão abertas conjuntamente no dia 24 de abril, para avaliação preliminar dos critérios dos Termos de Referência. As propostas das empresas que cumprirem os critérios do TR serão discutidas e analisadas em oficinas com as comunidades indígenas, com acompanhamento da Akhó Iwí, FOIRN, FUNAI, ISA, IBAMA e encaminhadas ao Ministério Público Federal. As empresas poderão ser contactadas pela FOIRN para eventuais ajustes.O resultado será divulgado até o dia 22 de maio no site da FOIRN.

    Está vetada a participação de quaisquer outros interessados nas atividades do processo de seleção. A FOIRN e Ahkó Iwí, em nome das comunidades, solicitam que as empresas e seus intermediários não busquem contato com as lideranças ou moradores das comunidades e informam que quaisquer atitudes que caracterizem pressão, aliciamento ou assédio, serão documentadas e denunciadas ao Ministério Público Federal, podendo implicar na desclassificação da empresa, bem como aplicação de medidas legais cabíveis.

    As comunidades indígenas reservam-se ao direito de desclassificar a(s) empresa(s) que agirem de má fé na tentativa de desestruturar o processo de ordenamento pesqueiro.

    Critérios para participação no processo seletivo

    1. Comprovar idoneidade da(s) empresa(s) envolvidas na proposta e de seus representantes legais (certidões negativas cíveis, trabalhistas e criminais);
    • Apresentar certificado de regularidade da empresa para operar no Estado do Amazonas e em São Gabriel da Cachoeira (Cadastro Técnico Federal – CTF, CadasTur e se comprometer a efetuar o cadastro na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Gabriel da Cachoeira antes da assinatura do contrato caso ainda não seja cadastrado);
    • Possuir disponibilidade para trabalhar em parceria com comunidades indígenas com a perspectiva de repartição de benefícios financeiros equivalentes;
    • Atender às exigências legais para ingresso em Terras Indígenas;
    • Respeitar os Planos de Manejo de Pesca das TIs Médio Rio Negro I e Alto Rio Negro. 

    6.     Possuir infraestrutura adequada e legalizada para operar turismo de pesca em Terra Indígena;

    7.    Prover, antes do início da temporada, os investimentos iniciais para estruturação da operação: a) insumos para vigilância e monitoramento, b) capacitações e estudos, e c) Estrutura das comunidades;

    8.    Apresentar Plano de negócios e expectativa de resultados financeiros para o período de 6

         anos;

    9.    Apresentar Calendário operacional das temporadas (empresa individual ou consórcio);

    10.  Promover a capacitação e contratação de condutores de turismo de pesca indígenas (guias de pesca).

    11. Apresentar portfólio (currículo) que descreva as atividades operacionais em que a empresa atua (obrigatório) e experiências prévias positivas com comunidades indígenas e ribeirinhas (desejável);

    12. Apresentar plano de compra de produtos indígenas alimentícios e culturais e/ou apoio na capacitação para produção.  

    Modelo de Contratação

    1.         O contrato será de 5 anos a 10 anos podendo ser renovado após avaliação entre as partes;

    2.         As parcerias podem ser estabelecidas por uma única empresa ou por um consórcio de empresas. No caso de consórcio, cabe às empresas envolvidas elaborar uma única proposta com a especificação do rodízio e calendário de operação conjunta.

    3.         Não serão permitidas concessões, em hipótese alguma, ou realização da operação por empresas que não aquelas selecionadas pelas comunidades;

    4.         A Ahko Iwí e a FOIRN serão as contratantes e gestoras do contrato, representando legalmente as comunidades associadas da Ahko Iwí participantes do projeto nas TIs Médio Rio Negro I, Alto Rio Negro.

    O contrato conterá: a descrição do objeto (projeto), as obrigações de cada parte, a forma de repartição dos benefícios para as comunidades buscando equivalência nos ganhos financeiros entre as partes, as salvaguardas ambientais e sociais, a forma de término do contrato, assim como multas para o caso de seu descumprimento.

     As propostas a serem apresentadas devem ser elaboradas segundo os critérios descritos a seguir, considerando o caráter experimental do modelo que está sendo construído. Os dados de monitoramento serão analisados ao final de cada temporada para avaliar a segurança e continuidade da operação, incluindo a capacidade de suporte e a segurança socioambiental do projeto. Conforme os resultados do monitoramento e da avaliação da parceria, na primeira temporada, a quantidade poderá ser redefinida, aumentando ou diminuindo o esforço de pesca na temporada seguinte e assim sucessivamente para a segunda e terceira temporada de operação.

    O início da temporada de pesca ficará condicionado ao cumprimento das exigências do contrato, com destaque para os investimentos iniciais de estruturação da vigilância, que deverão estar em pleno funcionamento antes do início da primeira temporada. 

    Mesmo no caso de propostas que tenham por objetivo iniciar a operação de turismo de pesca apenas em 2024, a assinatura de contrato e os compromissos de vigilância e monitoramento para 2023 são obrigatórios e inadiáveis.

    Para saber mais como e quem pode participar, acesse aqui a íntegra do Termo de Refêrencia.

  • Turismo de pesca esportiva de base comunitária se fortalece em São Gabriel da Cachoeira e em Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas

    Turismo de pesca esportiva de base comunitária se fortalece em São Gabriel da Cachoeira e em Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas

    Seguindo instruções normativas da Funai e da PNGATI, As associações Indígenas Ahkó Iwí e ACIR lançarão em breve editais para chamada de parceiros comerciais  para atuar no rio Curicuriari, afluente do rio Negro, e em trecho do Rio Negro em Santa Isabel.

    O protagonismo indígena na elaboração de propostas de turismo de base comunitária chega com força neste início de 2023. Oito comunidades indígenas de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, se reuniram entre os dias 20 e 28 de janeiro para construir o plano de Turismo de Pesca Esportiva no Rio Curicuriari, afluente na margem direita do Rio Negro. O Curicuriari é também cenário de uma das mais belas paisagens da Amazônia, com vista privilegiada para a Serra do Curicuriari, conhecida como Bela Adormecida, um lugar sagrado para os povos indígenas rionegrinos . 

    Simultaneamente, a Associação das Comunidades Indígenas do Rio Negro ACIR também lidera um processo de ordenamento pesqueiro para elaboração do Plano de Turismo de Pesca esportiva em sua área de abrangência no Médio Rio Negro, no município de Santa Isabel do Rio Negro.

    As agendas de ordenamento do turismo de pesca esportiva são coordenadas pelas Associações Indígenas Ahkó Iwí (Água e Terra, na língua Tukano e nheengatu) e ACIR  e contam com a participação de assessores da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), do Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Brasileiro do Meio e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas/Coordenação Regional do Rio Negro (FUNAI/CRRN). A regulamentação do turismo em terra indígena é feita através de uma instrução normativa da Funai (03/2015), que segue diretrizes da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas (PNGATI).

    A PNGATI (decreto 7.747/12) prevê em seu eixo V “o apoio a iniciativas indígenas sustentáveis de etnoturismo e de ecoturismo, respeitada a decisão da comunidade e a diversidade dos povos indígenas, promovendo-se, quando couber, estudos prévios, diagnósticos de impactos socioambientais e a capacitação das comunidades indígenas para a gestão dessas atividades”.

    Abertura de edital – Chamada de parcerias

    Seguindo experiências prévias e bem sucedidas na região do Médio Rio Negro, onde associações indígenas filiadas à Foirn já vem desempenhando o turismo de pesca esportiva de base comunitária, a Ahkó Iwí e a ACIR buscarão parcerias comerciais para desenvolver esse trabalho no rio Curicuriari  e no Rio Regro, respectivamente. Serão abertos dois editais em março  visando a seleção de um parceiro para cada operação, como já ocorre nos rios Marié e Uneuixi. A expectativa é de que ainda no primeiro semestre os contratos entre as associações e os parceiros possam ser assinados para que a operação regularizada ocorra a partir da temporada de 2023. 

    Esse é um importante passo para a gestão territorial e ambiental nas Terras Indígenas Médio Rio Negro I e Médio Rio Negro II . A união entre a associação e instituições parceiras do projeto, como ISA, Foirn e Funai fortalecem o processo participativo e protagonizado pelas comunidades indígenas. A Ahkó Iwí a ACIR informam que a região possui um histórico de turismo de pesca esportiva predatória e irregular, assim como de exploração do rio e dos indígenas por invasores. Agora as comunidades estão construindo conjuntamente sua proposta para atuar com um parceiro comercial levando em conta os  impactos socioambientais e culturais da atividade. Acompanhe e siga o blog e as redes sociais da Foirn para ter mais informações e acessar os editais, a serem publicados em março. Mais informações em turismo@foirn.org.br.

  • Operação da FUNAI apreendeu turistas realizando atividades de pesca esportiva sem autorização em Terra Indígena Médio Rio Negro II e Terra Indígena Teá (AM)

    Ação de fiscalização da FUNAI apreende turistas realizando pesca esportiva ilegal em Terras Indígenas Médio Rio Negro II e TI Téa. Foto: FUNAI
    Ação de fiscalização da FUNAI apreende turistas realizando pesca esportiva ilegal em Terras Indígenas Médio Rio Negro II e TI Téa. Foto: FUNAI

    No dia 23 de outubro de 2014, em operação de vigilância e fiscalização das Terras Indígenas Médio rio Negro II e Rio Téa, a Coordenação Regional do Rio Negro de São Gabriel da Cachoeira – CRRN/FUNAI, apreendeu os apetrechos de pesca de Turistas de Pesca Esportiva que se encontravam ilegalmente dentro da área indígena. Os turistas foram levados pelas empresas Amazon Sport Fishing e Marreco Pesca Esportiva.

    Desde 2013 a empresa Amazon Sport Fishing tem promovido acordos e negociações ilegais com lideranças das comunidades integrantes da Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas – ACIR. Os acordos são estabelecidos sem que sejam feitos os estudos de impactos ambientais necessários, sem qualquer medida de monitoramento ou manejo e mesmo sem a garantia da participação de todas as comunidades, gerando conflitos sociais.

    No dia 13 de abril deste ano a ACIR, com apoio da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN e da CRRN-FUNAI realizaram uma reunião e consulta ampliada com as 12 comunidades pertencentes à ACIR, para a discussão sobre atividades produtivas, dentre elas a possibilidade de realização do turismo de Pesca Esportiva, haja vista que já havia o assédio por empresas de pesca na região. Tomando como base as experiências prévias onde os empresários prometiam benefícios mas que, ao final, não cumpriam com o acordado, as comunidades se posicionaram contra a atividade em seu território tradicional. As lideranças enfatizaram que não havia garantia de preservação das áreas e que isso colocava em risco a sustentabilidade de seus descendentes.

    A operação da FUNAI apreendeu os turistas dentro da Terra Indígena sem autorização para ingresso conforme determina a lei e realizando atividade de pesca proibida, o que se caracteriza enquanto crime ambiental (Lei n° 9605/98).

    Os donos das empresas não estavam no local. Ambas as empresas já haviam sido comunicadas que a atividade era ilegal e que só poderia ocorrer se fosse de interesse das comunidades, após ampla consulta (OIT 169) e realização dos estudos de impactos socioambientais necessários, para garantir que a atividade não coloque em risco a segurança alimentar ou os modos de vida das populações indígenas.

    Os materiais apreendidos serão encaminhados para a Polícia Federal a qual irá instaurar um inquérito para investigação e punição dos responsáveis.

    Apetrechos de Pesca Esportiva que se encontravam ilegalmente dentro da Terra Indígena. Foto: FUNAI
    Apetrechos de Pesca Esportiva que se encontravam ilegalmente dentro da Terra Indígena. Foto: FUNAI

    Ao longo do ano de 2013 e início de 2014, com acompanhamento dos órgãos competentes, foi organizado processo participativo com as comunidades da Associação das Comunidades Indígenas do Baixo Rio Negro – ACIBRN, na Terra Indígena Médio Rio Negro I e II, realizando-se reuniões, oficinas, estudos ambientais e socioculturais.

    Tais atividades culminaram para a regularização do turismo de pesca esportiva no Rio Marié. Esta experiência serve como referência de sustentabilidade com garantia de repartição de benefícios coletivos e da segurança ambiental dos rios e lagos.